quinta-feira, 15 de agosto de 2013

HÉSTIA






Héstia – a deusa protetora dos lares

Depois de uma longa pausa, eis que estamos de volta com a nossa série sobre Mitologia Grega. E desta vez vamos apresentar uma das deusas mais doces do Olimpo, mas menos conhecida também.



A deusa Héstia, uma das irmãs de Zeus, nasceu logo depois de Hera e Deméter. Apesar de não ser muito citada nas histórias, era uma das deusas mais queridas entre os deuses do Olimpo e mortais. A doce Héstia era considerada a personificação da segurança do lar, da moradia, do aconchego da família. Apesar de seu temperamento maternal, Héstia preferiu se manter virgem fazendo voto de castidade perante o Héstia – a deusa protetora dos lares

Depois de uma longa pausa, eis que estamos de volta com a nossa série sobre Mitologia Grega. E desta vez vamos apresentar uma das deusas mais doces do Olimpo, mas menos conhecida também.
 
 
senhor dos deuses, seu irmão, Zeus. Permanecendo assim solteira e firme em sua decisão, recebeu de Zeus a honra de ser cultuada sempre em todos os lares e templos, e respeitada por todos os deuses e mortais.
A mais gentil e preciosa das deusas era adorada por toda parte como protetora das cidades e das famílias. Tendo como simbolo o fogo da lareira, sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos e quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria instalado o poder político da nova cidade.
Os viajantes, ao chegarem a uma cidade de destino, tinham como costume fazer um sacrifício em honra à deusa antes de qualquer outra coisa.
Com toda a sua simplicidade e gentileza, a deusa jamais era esquecida, por mais tímida que fosse e por mais que preferisse não aparecer muito, estava sempre presente no coração de todos. Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros e para os romanos tinha o nome de Vesta.
Em Roma, suas sacerdotisas eram chamadas vestais. As vestais faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais.
Resumindo: uma deusa discreta, amável, protetora e querida.



EOSTRE

Eostre


Eostre era a Grande Deusa Mãe saxônica da Alvorada, da Luz Crescente da Primavera e o Renascimento da Vegetação.


Era conhecida pelos nomes: Ostare, Ostara, Ostern, Eostra, Eostur, Austron e Aysos.
Esta Deusa estava também associada a lebres, coelhos e ovos.
A Deusa Eostre pode relacionar-se com a Deusa Eros grega e a Deusa Aurora romana, ambas Deusas do Amanhecer, e com Ishtar e Astarté da Babilônia, ambas deusas do amor.
Segundo a Lenda, Eostre encontrou um pássaro ferido na neve. Para ajudar o animalzinho transformou-o em uma lebre, mas a transformação não se processou completamente e o coelho permaneceu com a habilidade de colocar ovos. Como agradecimento por ter salvado sua vida, a lebre decorou os ovos e levou-os como presente para a Deusa Eostre.

A Deusa maravilhou-se com a criatividade do presente e, quis então, compartilhar sua alegria com todas as crianças do mundo. Criou-se assim, a tradição de se ofertar ovos decorados na Páscoa, costume vigente em nossos dias atuais.
Os ovos são símbolos de fertilidade e vida. Uma tradição antiga dizia que se deveriam pintar os ovos com símbolos equivalentes aos nossos desejos. Mas, sempre um dos ovos deveria ser enterrado, como presente para a Mãe Terra.
A Lebre da Páscoa era o animal sagrado da nossa deusa teutónica da Primavera, Eostre, a Deusa Lunar que dava fertilidade a terra e tinha cabeça de Lebre.


A palavra inglesa para Páscoa, Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar.


O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera, ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março.
A Lebre, que é o animal sagrado da deusa da Primavera, é assim, por isso, um símbolo de fertilidade, de renovação e do regresso da Primavera.
Dizia-se, no século XVIII (e ainda hoje em algumas regiões), que quem comesse carne de lebre seria belo durante sete dias. Nos Vosges, era necessário comê-la durante sete dias seguidos.


Segundo os "Evangelhos das Rocas": “Quando alguém se põe em caminho para um lugar, e uma lebre vem ao seu encontro, é muito mau sinal. Para evitar todos os perigos, deve voltar-se três vezes ao lugar de onde veio, para depois continuar o caminho; então estará fora de perigo".


Esse preconceito do encontro com a lebre, assinalado pelo cura Thiers do séc. XVII, pode ser geral, sendo encontrado em todas as regiões da França.
Na região de Lannion, várias lebres são as almas de senhores condenados a se tornar animais tímidos, porque, quando vivos, puseram o mundo todo a tremer.
Eoster também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher orvalho para banhar-se em rituais. Acreditava-se que o orvalho colhido nesta época do ano estava impregnado com as energias da purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.

FESTIVAL DE OSTARA
(21-23/03)


Este festival também é conhecido como Eostre, em honra à Deusa. Este cerimonial deriva da palavra inglesa "East" (Leste), que é a posição do sol nascente. Muitas bruxas colocam seus altares nesta posição para honrar a Deusa Eostre. No Hemisfério Norte, (21-23) de março, é quando o Inverno se despede dando lugar para o florescer de toda a vegetação. Por isso, Ostara é um festival do fogo e da fertilidade, que celebra o retorno triunfal do Sol e da fertilidade da Terra.
É com a primavera que também renascem nossos corações e nossos espíritos vibram em harmonia com as forças da vida.
É quando nossas mentes se tornam um terreno fértil para a sabedoria e nossos ouvidos sensíveis às palavras que alento que se encontram no vento. É quando podemos nos sentir completos e eternos.
Este é um dia especial para se honrar a juventude, a alegria de viver e a música. Na terra a renovação se faz, envolvendo-nos de vida e esperança.
É tempo de plantar e celebrar os primeiros vestígios da fertilidade da Terra e do renascimento do Sol. É época de cantar e dançar em torno das fogueiras, ornadas com grinaldas de flores na cabeça, comungando com a terra e a primavera. É tempo de honrarmos a Deusa Eostre!
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa.
O ovo também está associado ao crescimento e a novos começos, vamos então tornar um ovo mágico e fazer com contenha dentro dele todas as nossas esperanças e desejos para a vinda da nova estação?

Verde - Para o crescimento e a prosperidade;
Vermelho ou Cor-de-rosa - Para o amor e a união;
Roxo - Para o desenvolvimento psíquico e crescimento espiritual;
Amarelo - Para novos começos e sucesso nos estudos;
Azul - Para a paz e serenidade;
Laranja - Para o poder e energia;


As Deusas que animam a mitologia antepassada, movem-se por nossas almas e atuam de maneira inquietadora. Os cenários dos antigos roteiros hoje são visíveis nos enredos que encenamos, por mais que as variações sejam milenares.
Ler as histórias das Deusas nos faz mais uma vez nos religar com as zonas atemporais do psiquismo. Quando elas acordam algo dentro de nós, as Deusas estão de volta e se movimentando no estilo invisível.
Assim, a velha e antiga história de sempre, a mescla de Deusas e mortais, pousada nos penhascos do tempo, contemplam as cavernosas profundidades da alma.



FOTOS DE DEUSAS