sexta-feira, 18 de setembro de 2015

DEUSA GAIA


Poder da Deusa Gaia

Praticamente todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existe um grande organismo (consciência, Gaia) feminino regendo a vida da Terra.
Todos os cultos da fertilidade e do renascimento da natureza, da vegetação, na primavera,  eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava (continua doando, sem limites) e sustentava a vida, regulando e alimentando todos os processos vitais do planeta.
No terceiro quarto do século XX, a ciência passou a estudar com interesse e seriedade a hipótese da Terra ser um organismo vivo, consciente e auto-regulável.
 A adoção de modelos biológicos para entender o planeta, em substituição aos modelos mecanicistas e termodinâmicos, foi um gigantesco passo para a reintegração do homem com a natureza.
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A entrada do terceiro milênio não é apenas um marco cronológico.
 É a possível passagem para um novo ciclo de consciência da humanidade, mais próximo da noção com a unicidade da vida.
 A Hipótese Gaia é uma tese científica elaborada pelo químico inglês James Lovelock, em 1972, formulando a teoria de que a Terra é um organismo vivo, inteligente, consciente, integrado e interativo.
Essa hipótese foi fortalecida pelos trabalhos da bióloga norte-americana Lynn Margullis, no campo da microbiologia, comprovando a dinâmica dos organismos biológicos em resposta a diferentes tipos de ação humana, sempre para manter um equilíbrio entre os diversos sistemas de vida do planeta.
A Hipótese Gaia adicionada às teorias holísticas, à nova física quântica, à física relativista, às teorias de campo unificado e às recentes descobertas da Teoria das Supercordas caracteriza uma nova maneira de se perceber a realidade.
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Essa nova visão do mundo abre, pela primeira vez, um fosso entre o mundo que vemos através dos sentidos e o mundo revelado pela nova ciência, o que evidencia a idéia oriental de Maya, significando que o mundo que percebemos é uma ilusão.
 A realidade em si mesma é muito diferente do que aparenta ser para os sentidos humanos.
Uma parede, aparentemente sólida, é na realidade uma nuvem de elétrons em movimento próximo a velocidade da luz, havendo tanto espaço entre os átomos constituintes dessa parede, que poderia se dizer que a parede, na verdade, é um vasto espaço vazio, com uma aparência de solidez causada pelo movimento das partículas.
Da mesma forma, o planeta Terra concebido como o organismo Gaia é um fluxo efervescente de movimentos e mudanças constantes, sempre buscando a harmonia e o equilíbrio, compensando as perdas de energia.
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A hipótese Gaia tem esse nome por resgatar um antigo conceito da deusa-mãe, proveniente das antigas religiões pré-arianas, em que a Mãe Natureza era personificada através dos nomes regionais de GaiaÍsis, Hathor, Démeter, Ceres, Freya, Kali, Athena, Ishtar, Kwan Yin, etc.
Praticamente todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existe um grande organismo (consciência, Gaia) feminino regendo a vida da Terra.
 Todos os cultos da fertilidade e da vegetação eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava e sustentava a vida, regulando e alimentando todos os processos vitais do planeta.
Os homens (e as mulheres) da antiguidade tinham uma clara noção de que Gaia era responsável pelos ciclos da natureza, de cuja harmonia e equilíbrio os homens (a humanidade) dependem para sobreviver.
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Eles sabiam que a natureza (Gaia)  era generosa, porém reativa, e que reagiria com fúria avassaladora  para manter seu equilíbrio vital, caso esse equilíbrio natural fosse perturbado.
A natureza É naturalmente abundante, a escassez e a carência foi criada pelo ignorância e o egoísmo da humanidade.
Por isso, Gaia era concebida no Egito como a generosa e consoladora Ísis, mas também como a terrível e destruidora deusa leoa Seckmet.
 Da mesma forma, os hindus percebiam Gaia como a nutridora mãe Kali, mas também como a terrível Durga, a deusa da morte com seu colar de crânios humanos.
 Essas alegorias significam que Gaia rege os processos de criação, nutrição e também de destruição das formas, quando há desequilíbrio.
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Gaiaa deusa-mãe da Natureza, representa a personificação dos processos vitais que mantêm a vida no planeta Terra, estando esses processos relacionados também à reciclagem das formas de vida, com reaproveitamento de todos os resíduos para a reconstrução de novas formas.


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