QUERO TER SEMPRE ASAS SOLTAS. QUERO ENCONTRAR MEU ACONCHEGO. AGORA ALIMENTO MEU SER COM PLENITUDE,POIS ENCONTREI UMA RAZÃO PARA VOLTAR E ESSA RAZÃO É A VIDA...
sábado, 2 de novembro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
A LENDA DO MONTE FUJI
No cimo do Monte Fuji ou Fuji-no-Yama (a montanha de Fuji) está situado o templo de Sengen-sama. Dizem que, em tempos antigos, essa Deusa pairava em uma nuvem luminosa acima da cratera, assistida por servos invisíveis aos olhos dos mortais, prontos a atirar em suas profundezas qualquer peregrino que não tivesse um coração puro.
Não é surpreendente descobrir que inúmeras lendas foram criadas em torno do Fuji e desta Deusa, que dizem ser a própria alma da esplendorosa montanha, que por sua vez, tem seu nascimento relatado como o mais fantástico de todos os nascimentos, quando, em tempos longínquos, inusitadamente surgiu da noite para o dia.
Uma lenda sobre a Deusa do Fuji
Uma famosa história envolvendo o Fuji-san e a Deusa do Fuji relata sobre os poderes de cura da Deusa, que ajuda os necessitados, mas somente os de coração verdadeiramente puro.E coração extremamente puro tinha o jovem Yosoji, que em tempos longínquos, encontrava-se desesperado pela mãe que estava enferma, acometida de varíola, como tantas outras pessoas na Aldeia em que ele e sua mãe viviam.
Yosoji, então, resolveu consultar o místico Kamo Yamakiko, uma espécie de feiticeiro da aldeia, sobre o que fazer para a sua mãe melhorar, pois a qualquer momento poderia ser arrebatada pela morte.
O feiticeiro mandou Yosoji ir a um regato que descia do lado sudeste do Monte Fuji.
“Perto da nascente deste regato está o altar do Deus da Longa Vida. Tome dessa água e dê para sua mãe beber. Isso bastará para curá-la, concluiu o feiticeiro”.
Cheio de esperança, Yosoji encetou marcha rumo ao regato e, quando chegou a uma encruzilhada, ficou em dúvida quanto à direção tomar. Enquanto ponderava a respeito viu que dele se aproximava, vinda da floresta, uma linda jovem vestida de branco que lhe disse para segui-la até o lugar onde nascia o precioso regato junto ao altar do Deus de Longa Vida.
Uma vez no regato, ela lhe disse que bebesse e que enchesse a cuia com aquela água borbulhante para dar a sua mãe. Isso feito, a linda jovem o acompanhou até o ponto que haviam se encontrado e disse: “Encontre-me neste mesmo lugar dentro de três dias, porque você precisará de mais doses desta água”.
Depois de cinco visitas a esse local sagrado, Yosoji exultou ao ver que sua mãe estava muito bem, como muitos dos aldeões que haviam tido o privilégio de beber daquela sagrada água. A bravura de Yosoji foi proclamada em alto e bom tom, juntamente com o feiticeiro que recebeu muitos presentes devido a seu conselho oportuno.
Yosoji, porém, que era uma pessoa honesta, no fundo de seu coração sabia que todo louvor cabia à linda jovem que havia sido seu guia. Desejava agradecer-lhe muito e, com essa finalidade, uma vez mais rumou para o regato.
Ao chegar ao altar do Deus da Longa Vida, viu que o regato havia secado. Muito surpreso e com grande tristeza no coração, ajoelhou-se e pediu que aparecesse aquela que havia sido tão boa para sua mãe, pois o que ele mais desejava era poder agradecer tanto quanto ela merecia.
Após a súplica, Yosoji levantou a cabeça e viu a moça diante de si. Então, com palavras elegantes e sinceras, expressou toda a sua gratidão. Pediu a ela, que havia sido seu guia e a quem devia o restabelecimento de sua mãe, dissesse como se chamava. Porém, a jovem, embora sorrisse docemente, calava seu nome.
Sempre sorrindo, ela sacudiu no ar um galho de camélia e pareceu que as belas flores acenavam para algum espírito invisível que estavam à distância. Em resposta ao aceno florido, desceu uma nuvem do Monte Fuji que envolveu a linda jovem e a transportou para amontanha sagrada de onde ela viera.
Dado esse fato, Yosoji ficou sabendo que a Deusa do Fuji fora sua guia. Ajoelhou-se em êxtase, observando a figura que partia e teve consciência de que, além de agradecimento, em seu coração existia amor.
Durante a ascensão, a Deusa do Fuji lhe atirou o galho de camélia. Uma lembrança ou talvez um sinal de que ela o amava também.
“Fujiyama,
Tocado por seu hálito divino, retornamos à forma de Deus.
Teu silêncio é canto, teu canto é o canto do Céu.
Nossa terra de preocupação e febre se transforma em um lar de evidente doçura numa morada distante da terra onde homens nascem apenas para morrer.
Nós, filhas e filhos japoneses, enaltecendo sua serena majestade, o orgulho de Deus, imprimimos nossas sombras em teu seio, o mais suave lugar da eternidade.
Ô maravilha de face branca, ô sublimidade, ô beleza!
Mil rios carregam tua sagrada imagem no espelho de suas águas.
Todas as montanhas erguem-se para ti como maré que sobre, na esperança de ouvir teu comando.
Veja! Os mares que circundam o Japão perdem toda a sua agressividade, bafejados por um vai-e-vem de berços.
À vista de tua sombra, como alguém em um sonho poético, perto de ti esquecemo-nos de morrer.
A morte doce e a vida mais doce que a morte.
Somos mortais e também deuses, tuas inocentes companhias.…
Ó Fuji imortal!”
DEUSAS DE AVALON
Todas as Deusas são uma Única Deusa pois só existe um Fogo Iniciador e um Princípio de Sabedoria
Vir a conhecê-las é um processo para toda a vida - essa resumida compilação visa servir como introdução à informação não está de maneira nenhum completa, mas serviria como um indicador para direcionar o estudante em seu caminho.
Nos contos do Mabinogion e no Ciclo Irlandês, podemos observar a busca pelas Deusas de Avalon e suas múltiplas facetas, invocadas na imagem de rainhas, sacerdotisas, Deusas... Mulheres que normalmente desempenhavam um papel importante nas terras célticas, qualificadas nos dons da cura e da soberania, tanto na criação como na transformação. Elas foram conhecidas como as mantenedoras dos mistérios divinos.
As Deusas que possuem uma forte ligação com a Ilha Sagrada de Avalon, são as Deusas irlandesas: Dana, Brighid e Morrighan. Além das Deusas galesas, conhecidas como as guardiãs dos mistérios: Arianrhod, Blodeuwedd, Branwen, Cerridwen e Rhiannon.
As mulheres normalmente eram trazidas de todas as ilhas britânicas, das terras célticas, habitantes de pequenas aldeias e até de outros lugares distantes, para estudar em Avalon. Qualificadas na cura e nas artes mágicas da criação e da morte, são conhecidas como as mantenedoras dos mistérios das Deusas.
Ao ver o mundo dessa forma, os pagãos integram-se de forma mais profunda com o mundo em que vivem, aprendendo a desfrutar das mudanças, dos ciclos e das transformações que afetam nosso ambiente externo e também o interno - a nossa paisagem interior.
Em contato com a Natureza e seus deuses e deusas, os pagãos vivem a vida plenamente, compreendem melhor os processos de nascimento, morte e renascimento que se refletem num dia, num ano ou na existência da mais antiga das árvores.
Uma vez que a Grande Mãe é a própria Natureza, fica claro então que essa Natureza possui uma faceta Bondosa, sem dúvida; mas possui igualmente uma faceta Terrível. Não temos como fugir disso. Destrua sua visão idílica de deusas bondosas e caridosas, sempre prontos a nos ajudar. Conheça as deusas em sua plenitude.
Dá trabalho, mas é profundamente recompensador.
Dá trabalho, mas é profundamente recompensador.
Dana - Deusa Mãe da Irlanda
"Filhos da Deusa irlandesa Dana ou Danann, representa o clã da unidade familiar."
Deusa da fertilidade, da vida e da abundância. Dana ou Danu era a Deusa-mãe da tribo dos Tuatha Dé Danann, povos da Deusa ou tribos de Dana. Seu nome significa "Conhecimento", alguns estudiosos acreditam que Dana e Ana sejam a mesma divindade.
Os membros da tribo que permaneceram na Irlanda formaram os "Daoine Sídhe", que literalmente significa "Povo das fadas". Habitantes do Sídhe ou colinas sagradas, os povos do Outro Mundo ou Avalon, a Ilha da Eterna Juventude (Tir na nÓg), conhecidos também como "Os que sempre vivem", pois guardavam o segredo da imortalidade.
Brighid - Deusa amada por todos
"Bride tem um pomar, doce jardim do outro lado da montanha
Maçãs crescem nas árvores e são colhidas duas vezes por ano
As abelhas fazem mel que levam para todas as direções cardeais
Aspergindo doçura sobre todas as estradas do meu amor."
Maçãs crescem nas árvores e são colhidas duas vezes por ano
As abelhas fazem mel que levam para todas as direções cardeais
Aspergindo doçura sobre todas as estradas do meu amor."
A Senhora da inspiração poética (o imbas - a iluminação divina), da cura e da fertilidade. Brighid é a Deusa da forja, da arte, da poesia e da cura, além de ter uma forte ligação com os bardos e os xamãs. Brighid também é a Deusa do fogo sagrado, a centelha da vida, que até os dias de hoje conserva-se o costume do fogo perpétuo, mantido no seu templo, que fica na província de Leinste, leste da Irlanda.
Nos mitos arthurianos, a espada que simboliza Arthur é Excalibur, forjada por mulheres em Avalon, na Ilha das Maçãs. Brighid também tinha um pomar mágico de maçãs, na qual as abelhas viajavam para obter seu néctar abençoado. Filha de Dagda é associada à Imbolc e as águas doces de poços ou fontes, que ficavam próximos às colinas feéricas, além de ser considerada à guardiã dos poços sagrados.
Morrighan - A Grande Rainha
"Morrigan, a filha de Ernmas, prosseguiu para anunciar a batalha e a grande vitória."
Deusa da guerra e do amor físico, Morrighan, em gaélico irlandês é Mhór Ríoghain, a Grande Rainha, patrona dos campos de batalha. Senhora Suprema da Guerra, possuía uma forma mutável e o poder mágico de predizer o futuro. Os mitos nos dizem que ela faz parte da tribo dos Tuatha Dé Danann.
Morrighan se envolve com o herói celta CuChulainn, no ciclo de Ulster, em "O Roubo do Gado de Regamna". Cuchulainn encontra Morrighan dirigindo uma novilha em seu território, não reconhece a Deusa e dirige-lhe vários insultos, enigmaticamente, ela diz: "Eu guardo a sua morte."
Outra referência são os mitos arthurianos, na batalha final de Camelan, Arthur é retirado dos campos de guerra por Morgan Le Fay, fazendo uma alusão à Deusa Morrighan, quando ele, finalmente, é levado para Avalon.
Arianrhod - A Roda de Prata
"Arianrhod de aspecto louvável é a madrugada da serenidade."
Arianrhod, a virgem que dá a luz aos filhos Lleu e Dylan, depois de passar num teste de magia feito pelo seu tio, Math. Filha de Dôn e Belenos, irmã de Gwydion, é a Deusa da terra e da fertilidade, na tradição galesa. Senhora do renascimento em Avalon, associada à constelação Corona Borealis, seu nome literalmente significa "Roda Prateada" e sua morada nas estrelas é conhecida como a espiral da vida.
Seu castelo estelar também é chamado “Caer Arianrhod”, sendo considerada a guardiã da torre de vidro entre os mundos. Arianrhod é a representação da Mãe que é sempre virgem, pura. Aquela que dá à luz, mas que não pertence a nenhum homem.
Blodeuwedd - Deusa do Amanhecer
"Nove poderes de nove flores,
Nove poderes em mim combinados;
Nove botões de plantas e árvores...
Longos e brancos são meus dedos,
Como a nona onda do mar."
Nove poderes em mim combinados;
Nove botões de plantas e árvores...
Longos e brancos são meus dedos,
Como a nona onda do mar."
Blodeuwedd é reverenciada em Avalon como a Deusa dos novos começos e da capacidade de renovação. Sua história pode ser encontrada no trecho do Mabinogion chamado de Math, filho de Mathonwy, que foi feita a partir de nove tipos de flores silvestres, por Math e Gwydion, para ser a esposa de Lleu (filho de Arianrhod), que depois foi transformada em coruja por causa da sua traição contra o marido.
Existem muito mais nessa história do que os olhos podem perceber... O nome Blodeuwedd significa "Rosto de Flor", representada muitas vezes, como um lírio branco. Deusa do amanhecer nos mitos galeses é associação à coruja e aos mistérios de Avalon.
Branwen - A filha de Llyr
"Ela foi uma das três matriarcais da ilha, a mulher mais bela do mundo!"
A Deusa Branwen é a personificação da soberania e a representação suprema de Avalon. Há um capítulo inteiro do Mabinogion que carrega seu nome - Branwen, a filha de Llyr. O Corvo Branco e irmã de Bran, o Abençoado. Tornou-se Rainha da Irlanda e posteriormente, foi extremamente maltratada por seu marido, ao insultar o povo irlandês.
Branwen foi obrigada a trabalhar como copeira e da sua cozinha-prisão, treinou um estorninho para levar mensagens de volta ao País de Gales, descrevendo sua situação e pedindo ajuda. Bran liderou uma expedição para resgatá-la, mas foi ferido mortalmente e Branwen morreu de tristeza ao saber. Branwen é a Deusa galesa do amor e da justiça.
Cerridwen - A Senhora do Caldeirão
"Eu obtive minha Inspiração do caldeirão de Cerridwen."
Nos contos de “Hanes Taliesin”, Cerridwen é reverenciada em Avalon como uma sábia anciã. É a Deusa galesa da transformação, cujo o caldeirão adentramos para renascer. O caldeirão é um dos principais símbolos de Cerridwen, associado à fertilidade, a regeneração e ao renascimento, o awen sagrado.
O Bardo Taliesin, Druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara-se um grande mago, após tomar algumas gotas de uma poderosa poção que Cerridwen preparava para o seu filho, Avagddu, no Caldeirão da Inspiração.
O caldeirão também é uma analogia ao Graal, que pode curar todos os males, reviver os mortos e curar os enfermos. Cerridwen vive ao lado de um lago, em Avalon, sendo a detentora do Caldeirão da vida e da morte.
Rhiannon - A protetora dos cavalos
"E os pássaros de Rhiannon...
Cantavam para Ela lá no Outro Mundo,
Trazendo-lhe muitas alegrias."
Cantavam para Ela lá no Outro Mundo,
Trazendo-lhe muitas alegrias."
Rhiannon é representada pela égua branca, a rainha galesa do Outro Mundo, cujos pássaros poderiam confortar as almas sofredoras. É a Deusa dos encantamentos e da fertilidade, equivalente à Macha, na mitologia irlandesa e Epona, na mitologia galesa. Rhiannon teve seu filho roubado logo que ele nasceu e foi acusada, injustamente, por sua morte, descrito nos contos do Mabinogion em Pwyll, o Príncipe de Dyfed.
Sua poderosa presença é evocada em Avalon, por sua personalidade única e de origem misteriosa. É a Rainha soberana, que transmite todo seu poder através das suas palavras, inspirando-nos à sabedoria e a paciência.
Essas Deusas são muito mais do que os escritores dizem delas. Quando suas lendas foram finalmente, elas já tinham sido reduzidas em tamanho – elas não eram mais Deusas, mas sim mulheres mortais, rainhas, criações de magos, e pertencentes ao folclore das fadas. O patriarcado não foi bondoso com elas também, pois suas histórias são contadas mais em relação aos homens em suas vidas.
Outras Deusas que possuem relações com Avalon são: Brigit, Anu, Danu, Morgan, e outras incontáveis Deusas locais trazidas a Ilha pelas mulheres que eram treinadas como sacerdotisas. Seguramente, elas traziam suas tradições locais para a Ilha.
É conhecido por nós então que essas cinco – Blodeuwedd, Arianrhod, Rhiannon, Cerridwen e Branwen, são as guardiãs da Ilha Sagrada de Avalon .
É conhecido por nós então que essas cinco – Blodeuwedd, Arianrhod, Rhiannon, Cerridwen e Branwen, são as guardiãs da Ilha Sagrada de Avalon .
Procure pelo que está escrito, mas olhe além das palavras. Esses são os símbolos a serem explorados, atributos a serem compreendidos, e se você pesquisar profundamente...as Deusas por Elas mesmas irão revelar suas verdadeiras histórias para você...
Essa é a mensagem de Avalon, as Deusas celtas e dos mistérios arthurianos. Quando a dedicação é sincera e a busca constante, os caminhos se abrem e a verdade sempre nos é revelada. Bênçãos plenas do Céu, da Terra e do Mar!
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