terça-feira, 12 de março de 2013

MITOLOGIA NÓRDICA 2

FRIGG


A bela Frigg
A esposa de Odin. Era a mais bela dentre as deusas, rainha do Æsir e das deusas do céu. Vinda do clã do Ásynjur, é uma deusa da união, do matrimônio, da fertilidade, do amor, da gerência da casa e das artes domésticas. Suas atividades primordiais nos relatos míticos mostram-na como a esposa e mãe, embora suas funções sejam bem mais abrangentes.

Apesar de deter o dom da profecia não revela o que sabe, sendo a única entre os deuses a ter permissão para sentar-se, como Odin, em seu trono e assim poder ver o mundo e o que acontece fora de Asgard. Frigg também vai à caça sagrada juntamente com seu marido. A posição de esposa do supremo lider da mitologia Viking dá a bela Frigg privilégios e poderes que por vezes suscitam a inveja.

Frigg fala com as flores
Conforme a mitologia, era tão adorada pelo povo nórdico quanto o próprio Odin. O seu nome demonstra primazia posto que é a primeira entre as deusas. É a mãe de Balder e torna-se incansável quando, em razão dos sonhos que o filho tem sobre a própria morte, anda pelos reinos da Natureza, implorando a tudo e a todos, sob juramento, que nunca venham infligir qualquer sofrimento a Balder. Assim ela o faz com o fogo, a água, os metais, as pedras, árvores animais e pássaro.

Infelizmente, Frigg deixa de pedir a um pequeno feixe de visco que cresce a oeste de Valhalla. Tomando conhecimento de tal fato Loki, a partir de um pequeno ramo do visco faz um dardo ou adapta-o a ponta de uma lança (informação essa que varia conforme o autor mitológico escolhido) e faz com que Hod, o irmão cego de Balder, atire na sua direção. A flecha, lança ou dardo, atinge Balder que cai morto.

Frigg é apresentada sob muitos nomes e como uma belíssima mulher, vestida e adornada com penas de falcão e gavião, tendo a cintura um molho de chaves. Ainda, associa-se à deusa o fuso, o eixo da roca e o visco.

FREYJA
Freyja
O relato mitológico sobre Freyja, filha de Njord e irmã de Freyr é belíssimo, cheio de desejos e lirismo. Conta-se que sua morada, em Asgard, a dourada cidade dos deuses, chama-se Sessrumir. Ela é considerada a maior entre as deusas da fertilidade. É a divindade do amor e também da morte.

Assim como Odin, Freyja tem ligações com o mundo dos mortos e, sempre que o visita, ela volta de lá com o poder de desvendar o futuro. Freyja viaja numa carruagem puxada por dois felinos. A deusa também era conhecida como a Senhora das Feiticeiras, ligava-se à Volva que era uma irmandade de sacerdotisas, praticante de magia xamânica. Atribuía-se-lhe, ainda, o poder de viajar sob a forma de pássaros.

O colar de Brissing
Ela tinha sido mulher de Odin, que a abandonou por Frigg porque que acreditava que ela gostava mais de enfeites do que dele. Há, inclusive, uma narrativa que fala sobre o encontro da deusa, numa caverna, com quatro anões, talentosos artífices joalheiros, que estavam com um colar de ouro extraordinário, perfeito, belo, o Colar de Brisings.

Encantada Freyja é tomada pela a idéia de que o colar deve ser dela. Insiste com os anões para que esses o vendam, mas, o único preço a ser pago aos donos da jóia, segundo o mito, seria a deusa passar uma noite com cada um deles. Ela, aceita o preço exigido. Todavia, Loki vê o ajuste firmado e delata-a a Odin. Raivoso, este determina que Loki tome o colar de Freyja.

A fabulosa beleza de Freyja é lendária. Todos a desejam. Multiplicam-se as sagas sobre sua formosura. Assim, há a história sobre o caso do gigante que tendo construído as muralhas de Asgard a pede como pagamento de seu trabalho. Outra saga, envolvendo a deusa e também a Thor, é a de Thrym que rouba o martelo de Thor e impõe como condição de devolvê-lo que Freyja lhe seja dada em resgate.

FREYR
O maior dos deuses da fertilidade
Freyr é o deus patrono da Suécia e da Islândia. Ele é o maior dos deuses da fertilidade. Irmão de Freyja, filho de Njord e Skadi. Ele controla o brilho do sol e a precipitação da chuva; ele propicia a fertilidade da terra; ele traz a paz e a prosperidade para os homens. Freyr é casado com Gerd. Ele era um Vanir, originalmente, mas foi aceito entre os Aesir depois da guerra entre as duas raças de deuses.

Freyr tem como tesouros o navio mágico Skidbladnir, feito pelos anões, que pode ser dobrado e colocado no bolso; um elmo de ouro cujo timbre é um javali, Gullinbursti; e o seu cavalo Blodighofi (Casco Sangrento) que não teme o fogo. Freyr tinha também uma espada mágica que movia-se sozinha, desferindo golpes, ele perdeu-a durante uma batalha com os gigantes. Frey é apresentado como um belíssimo exemplar masculino, por vezes é mostrado excessivamente viril, como meio de lembrar a sua característica de fertilidade e de ser bem dotado para tal.

TYR

Diz a mitologia que Tyr é Filho de Odin, segundo umas fontes ou de Hymir, segundo outras. Tyr é o Deus da Batalha. A saga mais famosa de Tyr narra como ele perdeu uma mão: uma das crias de Loki, o lobo Fenrir, vive solto em Asgard. Fenrir, perigoso, mas do tamanho de qualquer outro lobo, Odin permite que ele continue por lá, diferentemente dos seus irmãos. Porém, Fenrir cresce descomunalmente e então, muitos oráculos predizem que o grande lobo irá, um dia, devorar o próprio Odin.
Os deuses resolvem, então, que Fenrir precisa ser agrilhoado. Fabricam uma corrente, chamada Laeding e questionam a Fenrir se ele é bastante forte para se libertar dela. Observando a corrente a fera admite e aceita ser amarrado a ela. Os deuses enrolam-no todo com a corrente e afastam-se. Enchendo o peito e pressionando a corrente aquela se rompe, para a alefria do lobo e horror dos deuses.

Outra amarra é feita, ainda mais potente e extremamente pesada. Os deuses a chamam Dromi. O monstruoso lobo é então provocado: "Se partires esta corrente, este feito será conhecido nos nove mundos." Fenrir aprecia a corrente, acuradamente, decidindo assentir com o desafio. Para o seu desconforto, os elos são bem mais fortes e tornam bem mais difícil a prova, mas, depois de muita força de Fenrir, Dromi se parte, libertando-o.

Anões os reis da forja
As divindades estão surpresas, aterrorizadas e confabulam entre si. Odin, deus supremo, recorda-se dos anões que são os melhores ferreiros que existem. Com uma proposta de pagamento em ouro e riquezas é enviado um mensageiro de nome Skirnir para Svartalfheim. Os anões aceitam a proposta e decidem fazer alguma coisa que prenda o monstro.

Após algum tempo, o mensageiro regressa com uma corrente atípica , trançada em macia fita, à semelhança da seda e a quem chamaram Gleipnir. Perscrutador, Odin indaga de que material os anões fizeram aquela corrente. Diz a saga que Skirnir respondeu: "De seis coisas. Do som que um gato faz quando caminha, da barba de uma mulher, das raízes de uma montanha, dos tendões de um urso, do hálito de um peixe e do cuspe de um pássaro."


Fenrir e Gleipnir
Estupefatos os deuses se mostram descrentes, entretanto o mensageiro recorda-os de que os anões artífices são senhores de conhecimentos diferentes, estranhos aos demais.

Em vista da nova possibilidade, os deuses, mais uma vez buscam Fenrir convencendo -no a ir com eles a Ilha de Lyngvi, que ficava no Lago Amsvartnir, situando-se no meio. Na ilha mostram ao lobo a nova corrente Gleipnir. O monstro não entende o porquê da apresentação daquela fitinha e que não representaria nenhum heroismo livrar-se dela. Surge, porém, uma suspeita quando os deuses persistem na idéia, havendo uma desconfiança do lobo de que a corrente tenha sido confeccionada com mágica. Os deuses prometem soltá-lo se ele não conseguir se livrar.


A bravura de Tyr
O carnívoro, receoso, sugere que só se deixará amarrar se durante o ato, um dos deuses permanecer com a mão dentro de sua boca, o que seria uma amostra da lisura deles. Apenas Tyr demonstra tal intrepidez, colocando sua mão direita entre as mandíbulas do colossal animal. Fenrir debate-se, em luta, contra a fita Gleipnir, entretanto quanto mais se debate mais prisioneiro se torna. Enlouquecido, decepa a mão de Tyr. A fera foi aprisionada, somente será libertada com a chegada do Ragnarok.

Tyr é ovacionado e tem a admiração de todos. Como vingança, por ter perdido a sua mão, o deus sustem a boca de Fenrir com uma espada, mantendo-a aberta o que, também, o impedia de fazer barulho. Desse modo o colosso ficou acorrentado até a chegada do fim dos tempos. O deus passou a ter mais uma denominação: "a sobra do Lobo", que é uma metáfora poética significando Glória. Para os nórdicos Tyr significa "deus", de forma que ao ser usado no nome de alguém como Hangatyr, que uma das denominações atribuídas a Odin, deu-lhe o significado de "deus dos enforcados".

 

DEUSA HECATE

HECATE



A deusa Hecate ou Hécate (em grego antigo: Εκάτη, Hekátē) é mais comumente dada como filha dos titãs Perses e Astéria (Noite-Estrelada), mas como todos os mitos mais antigos, as lendas não são muito claras, devido à escassez de registros escritos e documentos, e em alguns mitos ela aparece como filha de Tártaros e Nyx; ou, mais raramente, de Zeus e Hera, o que não faz muito sentido, justamente por se tratar de um mito tão antigo, provavelmente anterior aos deuses do Olimpo. Mas aparentemente não tão antigo quanto os primeiros deuses ligados à criação, pois há fortes indícios que seu culto não se iniciou na Grécia, mas depois foi incorporado aos mitos gregos, portanto a versão mais aceita é a primeira: Perses e Astéria.
Hécate, em grego, significa "a distante”, embora alguns atribuam a origem do nome à palavra egípcia Hekat que significaria "Todo o poder", já que supostamente Hécate teria se originado em mitos do sudoeste asiático e posteriormente assimilada para a religião greco-romana.
Ela enviava aos humanos os terrores noturnos e aparições de fantasmas e espectros. Também era considerada a deusa da magia e da noite, mas somente em seus aspectos mais terríveis e obscuros.
Era associada a Ártemis, mas havia a diferença de que Ártemis representava a luz lunar e o esplendor da noite. Também era associada à deusa Perséfone, a rainha dos infernos, ou seja, o Tártaro, lugar onde Hécate vivia acompanhada por uma matilha de lobos. Os gregos chamavam-na de A Megera dos Mortos.
Nos mitos Hecate está sempre relacionada com feitiços e obscuridade, portanto, os magos e bruxas da Antiga Grécia lhe faziam oferendas com cachorros e cordeiros negros no final de cada lua nova.
Era representada com três corpos e três cabeças, ou um corpo e três cabeças. Levava sobre a testa o crescente lunar (tiara chamada de pollos), uma ou duas tochas nas mãos e com serpentes enroladas em seu pescoço.
Era uma deusa muito temida, pois se tratava de uma poderosa bruxa por quem até mesmo os deuses do Olimpo tinham temor. Quando aconteceu a fusão entre os mitos gregos com os da Antiga Roma, quando esta dominou a Grécia, os romanos assimilaram Hécate a Trívia, deusa das encruzilhadas, embora a relação dada entre ambas não seja tão perfeita como em outros casos da mitologia.
Hécate se uniu primeiramente com Fórcis e foi mãe do monstro Cila e depois com Aestes [ou Eetes], de quem gerou a feiticeira Circe. Em outros mitos, Cila era uma ninfa que foi transformada por Circe num monstro marinho.
O cipreste estava associado a Hécate. Seus animais eram os cachorros, lobos e ovelhas negras.
Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a senhora. Eram esses os aspectos que podia assumir, cada um deles ligado a uma das três fases da lua (na antiguidade grega só se atribuíam à lua três fases).
Hecate era associada tanto ao bem quanto ao mal. Na forma de anciã, inspirava medo e terror, era tida como malévola, cruel e inflexível, mas como donzela e mãe lhe eram atribuídas outras qualidades e lhe chamavam “a mais amável”.
Nos mitos, seu papel foi sempre secundário. Participou da Titanomaquia (a guerra entre os deuses olimpianos e os Titãs) como aliada de Zeus, embora dois dos Titãs fossem seus pais. Foi tão valiosa a sua ajuda, que
Zeus não se poupou na recompensa e concedeu-lhe uma devida parte em todos os domínios, oferecendo-lhe poder sobre a terra, o céu e o mar e, até, sobre o submundo que a Deusa tornou a sua moradia. Era, portanto uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha. Os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias.


Hécate ajudou Deméter a procurar sua filha Perséfone quando esta foi raptada por
Hades e combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, o cão de três cabeças que toma conta dos portões do Tátaro e que faz companhia a ela no mundo subterrâneo.
De Todos os animais que lhe eram consgrados, os cães eram os seus preferidos, daí o motivo dela enfrentar Hércules tentando proteger Cérbero.


Apesar de ter escolhido o Tártaro como sua moradia, durante a noite ela ainda sai do submundo e caminha pelo nosso mundo, fazendo-se acompanhar do seu séquito de fantasmas e anunciada pelo ladrar dos cães, os seus animais mais queridos. Por sua constante presença na Terra e por acreditarem que durante seus passeios noturnos ela podia ser vista por aqueles que viajavam durante a noite, ela era considerada, entre todos os deuses, a que vivia mais próxima dos homens, apesar do signifcado de seu nome [a distante].

Hecate era a mais antiga forma grega da Deusa Tríplice, uma divindade Noturna da vida e da morte. Possuía títulos como “Rainha do Mundo dos Espíritos”, “Deusa da Bruxaria”, Deusa da Lua Minguante, guardiã das encruzilhadas, senhora dos mortos e rainha da noite.
Ela era homenageada com procissões em que se carregavam tochas e oferendas para as conhecidas "ceias de Hécate".
Lendas de Hécate eram contadas por todo o Mediterrâneo. Especialmente para os trácios, Hécate era a Deusa da Lua, das horas de escuridão e do submundo. Parteiras eram ligadas a ela, pois os gregos e trácios acreditavam que ela controlava o nascimento, a vida e a morte.
Segundo essas lendas, Hecate era cultuada pelas guerreiras amazonas como a Deusa da Lua Nova, uma das três faces da Lua, a regente do
Submundo, e conduzia uma carruagem puxada por dragões. Era uma deusa caçadora que sabia de seu papel no reino dos espíritos e todas as forças secretas da Natureza estavam sob o seu controle. Todos os animais selvagens lhe eram consagrados e por isso algumas vezes era representada com três cabeças de animais.


Outros de seus símbolos eram a chave e o caldeirão. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas de suas mãos e as solas dos pés com hena.
Seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aegina, no golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.
Um de seus animais sagrados era a rã, um símbolo da concepção. Outro animal sagrado era o cão.
Era chamada de A Deusa das Transformações, pois regia várias passagens da vida, e podia alterar formas e idades.
Hécate era considerada como o terceiro aspecto da Lua, a Megera ou a Anciã (Portadora da Sabedoria).
No início, Hécate não era uma Deusa ruim. Após a queda do matriarcado, os gregos a cultuavam como uma das rainhas do Submundo e governante da encruzilhada de três caminhos.
É uma Deusa que tem inúmeros atributos e provavelmente seja a menos compreendida da mitologia grega.
Ela não reina apenas sobre a bruxaria e a morte, mas também sobre o nascimento, o renascimento e a renovação.
Em tudo o que se refere a essa deusa existe sempre a triplicidade, por isso ela possuia diferentes títulos e atributos. Como Perseis, a destruidora, ela inspirava medo e terror, no entanto, em seu aspecto de Atalos, a delicada, era vista como uma divindade doce e protetora, zelava pelos homens e livravá-os de roubos e assassínios, e ajudava as crianças a atravessar os perigosos anos da infância sem grandes problemas.
[Obs.: É historicamente provado e registrado que na antiguidade a mortandade infantil era muito grande, devido a diversos fatores, como por exemplo piores condições de vida, mas principalmente devido aos parcos recursos da medicina naquela época, o que fazia muitas crianças perecerem de diversas doenças antes de chegarem a idade adulta, por isso o período da infância era considerado um dos mais perigosos e difíceis de se atravessar.]

Como Skylakagetis, ela era a Senhora dos cães, sua protetora, e fazia-se sempre acompanhar por um enorme cão negro. No Passado esse cão havia sido Hécuba, esposa do Rei Príamo de Tróia, pai de Heitor e Alexandre (ou Páris para os gregos), mas também de Polidomus, que era filho mais novo de Hécuba e Príamo. Hécuba encontrou Polidomus esfaqueado, ainda bebê, pelo rei da Trácia, por casião da invasão de Tróia. Possuída pela dor e desesperp de ver o filho morto, Hécuba matou o assassino e atirou-se da torre, mas os Deuses tiveram pena dela e antes que tivesse atingido o chão transformaram-na num cão que Hécate imediatamente adotou e consevava sempre em sua companhia.
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Representação moderna de Hecate


Hécate era evocada pelos gregos para protegê-los dos perigos e das maldições, e para tanto havia na entrada de cada casa um altar em que lhe eram feitas libações. Havia também altares nos cruzamentos onde era costume deixar comida para os pobres, e todos os meses, na noite sem lua, os gregos, pelo menos os atenienses, celebravam esta deusa deixando uma oferta de comida para os pobres em frente à porta de suas casas.

Hécate, portanto, tinha um lado tão benéfico e generoso, quanto outro sombrio e assustador, mas foi provavelmente graças à campanha cristã em transformar os antigos deuses em demônios, que se acentuaram seus aspectos obscuros e a forma como esse mito é interpretado e visto nos dias de hoje.

REPRESENTAÇÕES CLÁSSICAS DA DEUSA:


































OUTROS MITOS LIGADOS A HECATE:
Seus pais: os Titãs Perses, o destruídor, e Astéria, a noite estrelada. Sendo filha de Perses, Hécate, em um de seus aspectos, ficou também conhecida como Perseis, a destruidora [Não confundir com a oceânide Perseis, que era uma das filhas de Oceanus].
Nyx, a noite, foi a mãe de todos os Titãs, portanto, avó de Hécate, mas em alguns mitos aparece como sua mãe.
As duas deusas estão tão intimamente ligadas, mas como se fossem opostos uma da outra, que muitas vezes Ártemis é cofundida como uma das faces de Hécate, no caso a virgem, mas na verdade são duas deusas distintas. Enquanto Ártemis representa a luz da lua e o esplendor da noite, e vive no Olimpo, ou seja, nas alturas, Hécate é o lado escuro da lua e vive no submundo, o mundo dos mortos, que os gregos acreditavam ficar no subsolo da Terra. Ambas também são caçadoras.

Perséfone era outra divindade que era sempre associada a Hecate, pois ambas dividem o título de senhoras do submundo, Hécate por direito e antiguidade e devido á sua própria natureza, pois atua tanto sobre a vida como sobre a morte, e Perséfone na qualidade de esposa de Hades, Senhor absoluto do Tátaro, que lhe coube quando, após derrotar os Titãs, os três deuses mais poderosos dividiram entre si o mundo: Os céus e a Terra para Zeus, os mares e oceanos para Poseidon, o Mundo os Mortos para Hades. Quando Hades sequestrou Perséfone para casar-se com ela, enquanto ela colhia flores na Terra, foi Hécate que ajudou a localizá-la. Deméter, mãe de Perséfone, ficou inconsolável e pediu a intervenção de Zeus. Fez-se um acordo, então, no qual Perséfone passaria metade do ano no Olimpo na companhia de sua mãe e a outra metade vivendo no Tártaro, junto a seu esposo, período esse em que Hécate se faz presente como sua amiga e companhia. A forte ligação entre essas deusas fez que Pérsefone também fosse confundida com o aspecto mais jovem de Hécate, sendo Deméter a mãe e Hécate propriamente dita a anciã, como se essas três deusas se juntassem para formar uma trindade. Mas essa interpretação também é errada, talvez causada pela dificuldade da mente moderna em assimilar Hécate como uma deusa tríplice, porém única, ou seja três em uma só, o que provavelmene causou a idéia errônea de que na verdade seriam três deusas distintas, porém interligadas.


Trívia era a deusa romana que correspondia à Hécate dos gregos. Com o sincretismo entre as duas mitologias, passaram a ser cultuadas como uma única deusa.

Fórcis era um deus marinho, filho de Pontos, o mar, e Gaia, a terra. Da união de Fórcis e Hécate nasceu o monstro Cila. De acordo com alguns mitos, Cila não nasceu monstruosa, mas era uma ninfa que a feiticeira Circe transformou em um monstro marinho.

Eetes foi um rei lendário da Cólquida, atual Geórgia. Ele era filho de Hélios [sol ou luz do sol] e Perseis, que era uma das oceânides, filhas de Oceanus. Eetes, às vezes também chamado Aestes, era neto dos Titãs Hiperião [ou Hiperion] e Teia, por parte de pai, e de Oceanus e Tétis por parte de mãe. Existem diferentes versões sobre esse mito. Numa dessas versões Eetes se uniu a Hécate e dessa união nasceu a feiticeira Circe, que transformava homens em animais, preferencialmente porcos. Em outra versão Circe não é sua filha, e sim sua irmã, portanto filha também de Hélios e Perseis. Mas em ambas as versões Eetes está ligado a Hécate, pois posteriormente veio a casar-se com a ninfa Asterodia, sua primeira esposa, que de a luz a Calcíope e Medéia.
Medéia veio a tornar-se uma poderosa feiticeira, e como tal, seguidora de Hécate, que é a deusa da magia, mentora e protetora dos magos e bruxas. Circe e Medéia são as mais célebres feiticeiras da mitologia grega, ambas devotas e seguidoras de Hécate, a quem provavelmente deviam seus grandes poderes.


A Rainha Hécuba, esposa de Príamo, rei de Tróia, depois de matar o assassino de seu filho mais jovem, esfaqueado ainda bebê em seu berço, atirou-se de uma torre, mas os deuses se apiedaram e a transformaram num enorme cão negro antes que tocasse o chão, Hécate, então a acolheu e e passou a trazê-la sempre em sua companhia.