_Letra "C"
Cabala_ A Cabala é um método simples e preciso que averigua e define a posição do ser humano no universo.
A sabedoria da Cabala nos diz por que o homem existe, por que nasce, por que vive, qual é o propósito de sua vida, de onde vem e para onde vai quando completa sua vida neste mundo.
A Cabala é um método para alcançar o mundo espiritual. Ensina-nos sobre ele, e ao estudá-lo vamos desenvolvendo um sentido adicional. Com a ajuda deste sentido podemos estabelecer contato com os mundos superiores.
A Cabala não é um estudo abstrato ou teórico, mas pelo contrário, muito prático. O homem aprende sobre si mesmo, quem é e como é. Aprende o que deve fazer agora para mudar, etapa por etapa, passo a passo. Enfoca seu estudo para seu próprio interior.
Toda a experimentação se realiza sobre si mesmo, em si mesmo. É por isso que a Cabala se denomina “A Sabedoria Oculta”. Através dela, a pessoa experimenta mudanças internas, que só esta sente ou sabe que estão acontecendo. É uma atividade, própria, específica e peculiar, ocorre no interior do ser humano.
A palavra “Cabala” se deriva do verbo em hebreu “lekabbel”, isto é, receber. A Cabala descreve os motivos das ações como “o desejo de receber”. Este desejo se refere à recepção de diversas classes de influências. Para isso, cada um está disposto, em geral, a investir um grande esforço. A questão é: Como alcançar o máximo de influências pagando o preço mínimo? Cada um tenta responder a esta pergunta a sua maneira.
Este desejo de receber se desenvolve e cresce de acordo a uma ordem determinada. No início, procura o prazer dos sentidos, depois vai atrás do dinheiro e a honra. Um desejo ainda mais poderoso retorna sedento de poder.
Talvez depois desenvolva a busca da espiritualidade, a qual representa a cúspide da pirâmide. Quem reconhece quão grande é esta meta, começa a buscar os meios para alcançá-la. Ao passar pelos períodos do desejo, a pessoa se familiariza com suas habilidades e limitações.
A Cabala se ocupa do que não podemos capturar nem controlar. Não sabemos como são criados os sentimentos. Maravilhamos-nos ante as experiências do doce, o amargo, o agradável, o áspero, etc. Não conseguimos construir instrumentos científicos para examinar nossos sentimentos, nem sequer no campo da Psicologia, da Psiquiatria e demais ciências humanas. Os fatores da conduta permanecem ocultos a nosso entendimento.
A Cabala é como a matemática dos sentimentos; toma todos nossos sentimentos e desejos, os divide e dá uma fórmula matemática exata para cada fenômeno, a cada nível, para cada tipo de compreensão e de sentimento. É um trabalho de sentimentos combinados com intelecto.
Para os principiantes, a cabala utiliza geometria, matrizes e diagramas. Os que avançam encontrarão uma ciência exata que examina os sentimentos. Ao estudar, sentirão cada sentimento, e ao mesmo tempo o compreenderão. Saberão que nome lhe dar, segundo seu poder, direção e caráter.
A sabedoria da Cabala é um método antigo e provado, mediante o qual o ser humano pode receber uma consciência superior, alcançando a espiritualidade. Este é seu objetivo real no mundo. Se alguém sente um desejo e um anelo de espiritualidade, poderá dar-lhe leito mediante a sabedoria da Cabala, outorgada pelo Criador.
A palavra “Cabala” descreve a meta do cabalista: alcançar tudo aquilo do que o ser humano seja capaz, como ser pensante, a mais elevada de todas as criaturas.
A Astrologia Cabalística emprega o arquétipo da ARVORE DA VIDA para dar luz sobre as tendências mais importantes da personalidade de um ser humano concreto e assim ajudar-lhe a se conhecer para potencializar as boas tendências e metamorfosear as más.
Em nosso caso trabalhamos com a Cabala hebréia cristianizada por considerar que o MISTÉRIO DO GOLGOTA produz uma nova situação no planeta e novas possibilidades para o gênero humano.
Para aqueles que sua ARVORE DA VIDA lhes mostra um THIFERET muito ativo a eleição de um caminho espiritual avaliado pela Tradição ou a eleição de um caminho iniciativo será da maior importância. Mas, muitos caminhos iniciativos - os genuínos- também costumam ter um fundamento na Cabala.
Cabiros_Os cabiros (kábeiroi, em grego), são deuses ctônicos, propiciadores da fertilidade e das riquezas. Costumam ser representados com martelos e tenazes, como auxiliares de Hefesto e deuses do fogo e da metalurgia e usando barretes pontudos.
Seu nome pode estar relacionado ao do deus indiano Kubera, ao grego kóbalos (espécie de pequenos dáimones), ao eslavo antigo kobi ("espírito protetor"), ao alemão Kobold, ao francês gobelin e ao inglês goblin, palavras aproximadamente equivalentes a "duende".
Seu santuário mais famoso se localizava na Samotrácia, embora seu culto se ramificasse por várias regiões, chegando até mesmo a Mênfis, segundo Heródoto. Embora a origem e a natureza dessas divindades menores sejam interpretadas de maneiras diversas pelos mitógrafos antigos, os Cabiros, segundo a tradição mais comum, eram quatro.
Passavam por filhos de Hefesto e Cabiro ou, segundo outras versões, Hefesto, unindo-se a Cabiro, foi pai de Casmilo, tendo este gerado os outros três: Axiero, Axioquersa e Axioquerso, identificados respectivamente com Hermes, Deméter, Perséfone e Hades. Seus locais de culto, além da Samotrácia, encontravam-se em Lemnos, Imbros e nas vizinhanças de Tebas.
Como divindades de mistérios, não podiam ser invocados impunemente, a não ser por iniciados. Integravam normalmente o cortejo de Hera, a protetora dos amores legítimos, já que o ápice de uma iniciação, télos ho gámos, é exatamente o casamento.
Após a época clássica, os Cabiros se tornaram, como os Dióscuros, Cástor e Pólux, os protetores da navegação, daí o conselho de Orfeu para que os argonautas se iniciassem nos mistérios da Samotrácia.
Cacto_grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regiões secas, entre os quais estão os cactos – plantas da Família das Cactáceas. Mesmo atravessando longos períodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos.
Suas formas são variadas, a maioria tem espinhos e alguns dão flores muito vistosas, atraindo insetos, pássaros e até morcegos!
Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com dois centímetros de altura, por exemplo) ou ter até dez metros de altura. Algumas espécies dão frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.
Cagliostro, Alessandro_uma das mais contraditórias e expressivas personalidade dos bastidores espiritualistas do "século das luzes". Nascido em 1748, sua curta e intensa existência encerrou a transição de um longo ciclo de obscurantismo e o alvorecer de novas e sublimes luzes espirituais. Suas curas eram extraordinárias. Oferecer de graça o que de graça recebera, era o seu lema, jamais aceitando qualquer tipo de pagamento pelos benefícios prestados, ao contrário, distribuindo os próprios bens aos necessitados que o cercavam. Críticos historiadores infensos ao novo espiritualismo nascente, o próprio processo inquisitorial que Roma cuidadosa e paciente preparou contra Cagliostro para poder matá-lo, atestam o seu grande poder metapsíquico.
"Ele e seus companheiros foram acusados de ter preparado com sortilégios essa revolução, a queda da Bastilha, a perseguição do clero, etc. Mas o certo, que ressalta da própria sentença do Papa, é que Cagliostro foi apenas clarividente como Gazzotte e a senhora Lille, que no mesmo período profetizaram os diversos acontecimentos que se iam dar".
Em 26 de agosto de 1795, a Revolução Francesa, prevista por ele, encontra-o agonizante, em coma, encarcerado no Castelo de Sant´Angelo, em Roma, pelo crime de ser médium.
Caldéia_A Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica. A região da Caldéia é uma vasta planície formada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em largura. Os Caldeus foram uma tribo que viveu no litoral do Golfo Pérsico e se tornou parte do Império da Babilônia.
Câmara Ardente (Chambre Ardente)_Tribunal estabelecido pelo rei Luis XIV, para investigar casos de envenenamento ocorridos entre a nobreza francesa, no período de 1679 a 1682. Esses assassinatos estariam relacionados à bruxaria. A expressão “câmara ardente” foi também usada para designar vários outros tribunais que, posteriormente, julgaram casos de feitiçaria e bruxaria.
Campanella, Tomaso_Nascido em Stilo, na Calábria, em 05/09/1568 (faleceu maio 1639), Campanella foi batizado Giovano Domenico Campanella, e depois tomou o nome de Frei Tommaso Campanella, ao receber o hábito dominicano, aos 15 anos (1583), foi a Nápoles em 1589, sem permissão da sua congregação, publicar Philosophia Sensibus Demonstrata (Filosofia Demonstrada pelos Sentidos), em defesa de Telésio. Neste seu trabalho, Campanella reflete a preocupação de Telésio de uma aproximação empírica dos problemas filosóficos. Atitude semelhante Campanella terá mais tarde para com Galileu. A partir de então os escritos de Campanella salientam a necessidade da experiência humana como uma base para a filosofia. O sujeito sensciente (consciência pela via do sentir) sente primeiro a si mesmo e depois o calor, isto é, sente o calor através de si mesmo mudado pelo calor. O livro motivou sua prisão e julgamento por heresia. A audácia de suas idéias e expressões provoca suspeitas e acusações contra ele. Seus pensamentos haviam se afastado tanto da ortodoxia Dominicana que ele foi denunciado à inquisição. Primeiro processo em 1591 e em 1592. É preso sob suspeita de obter conhecimentos de fonte diabólica.
Cassandra_Filha de Príamo e de Hércuba. Recebeu de Apolo o dom de vaticinar o futuro tendo, porém, faltado a uma promessa ao deus, este, para vingar-se, fê-la passar por doida, de modo que, ninguém acreditava nas suas predições. Após a guerra de Tróia, Agamenon levou-a como escrava para a Grécia, onde Clitemnestra a mandou matar.Castañeda, Carlos_Antropólogo e escritor norte-americano, Carlos César Araña Castañeda nasceu em 1925, em Cajamarca, no Peru. Embora o autor tenha afirmado que nasceu em São Paulo, no Brasil, no seio de uma família abastada de origem italiana, dez anos antes, registros de imigração publicados pela revista norte-americana Time contradizem as suas pretensões.
Não obstante, perduram duas versões quanto ao seu percurso de vida. Enquanto que algumas fontes indicam que em 1948 acompanhou a família na sua mudança para Lima, dando ingresso no Colegio Nacional de Nuestra Señora de Guadalupe e estudando depois Pintura e Escultura na Escola Nacional de Belas Artes, outras dizem ter sido criado pelos avós no interior do Brasil, levado para um colégio interno em Buenos Aires, entrando nos Estados Unidos da América aos quinze anos de idade.
De 1955 a 1959, estudou Parapsicologia na City College de Los Angeles, passando depois à Universidade da Califórnia como estudante de Antropologia e tomando a cidadania norte-americana.
No Verão de 1960 terá conhecido um tal Don Juan Matus, um velho índio pertencente à tribo yaqui, numa estação de camionagem em Nogales, no estado do Arizona. Começando a uma longa amizade, Castañeda veio a descobrir que Don Juan era um feiticeiro, um diablero , pelo que decidiu tornar-se seu discípulo. No curso da sua iniciação, foi-lhe apresentado Don Genaro Flores, um índio mazateca que teria participado no seu processo de aprendizagem. A aprendizagem dependeu particularmente da utilização de alucinógenos, tais como o cacto peyotl e cogumelos psilocibos , como meios para despertar a consciência e alargar a percepção. Temendo um esgotamento nervoso, Castañeda decidiu parar com as experiências em 1965.
Em 1968 publicou The Teachings of Don Juan: a Yaqui Way of Knowledge (Os Ensinamentos de Don Juan), um relato das suas vivências junto dos índios mexicanos. A obra foi apresentada como tese de licenciatura e aceite pela Universidade da Califórnia, que a publicou pela primeira vez, detendo sobre ela os direitos de autor.
Nesse mesmo ano, regressou ao México, dando início a uma segunda fase de aprendizagem que durou até 1971, e da qual resultaria A Separate Reality: Further Conversations With Don Juan (1971). Seguiu-se, em 1972, Journey To Ixtlan: The Lessons of Don Juan , que seria aceite pela sua universidade como tese de doutoramento.
Não obstante o fato de ter visto a sua obra reconhecida a nível acadêmico, têm sido levantadas dúvidas quanto à credibilidade científica de Castañeda, quer pelo fato de nunca ninguém ter visto Don Juan, quer pela ausência de expressões do idioma yaqui. Castañeda publicou onze livros, todos eles dedicados ao onirismo xamânico, que marcaram fortemente a direção do movimento New Age .
Catarina de Médicis_Rainha francesa de origem italiana. Nasce em Florença, filha de Lorenzo de Médici, duque de Urbino. Casa-se aos 14 anos com Henrique, filho do rei Francisco I da França. Mãe de dez filhos tenta influir no reinado do marido, que assume o trono como Henrique II entre 1547 e 1559.
No entanto, é preterida em favor da amante do rei, Diana de Poitiers. Após a morte de Henrique II e de seu filho mais velho, Francisco II, Catarina obriga Diana a devolver as jóias da coroa, com as quais fora presenteada, e a se retirar da corte.
Sobe ao trono Carlos XI, ainda menor de idade, em 1560, e Catarina torna-se regente da França. Esforça-se por conter os conflitos religiosos que dividem o país, procurando manter imparcialidade em relação aos protestantes (ou huguenotes), liderados por Gaspar de Coligny, e aos católicos, liderados pela casa de Guise.
Durante as guerras civis, contudo, que começam em 1562, fica contra os huguenotes. Os confrontos entre os dois grupos são abrandados em 1570 com a instituição da liberdade de culto, mas dois anos mais tarde, no dia 24 de agosto, Coligny é executado e as tropas dos Guise matam 300 mil huguenotes, no episódio conhecido como Noite de São Bartolomeu.
Durante o período em que permanece no poder, até 1574, amplia o palácio do Louvre, constrói o palácio das Tulherias e aumenta o acervo da biblioteca de Paris. Morre em Blois em 15.
Cátaros_O mesmo século XII que assistiu ao zelo religioso expressado nas cruzadas, foi também, paradoxalmente, uma época de crescente desilusão com a Igreja católica e com as maneiras terrenas do clero. Desde suas origens humildes como uma entre as muitas seitas do Império romano, a Igreja tornara-se uma instituição de riqueza e privilégio. Com freqüência, padres e bispos viviam no luxo, ao mesmo tempo em que se entregavam a práticas espúrias tais como perdoar pecados em troca de dinheiro. Em grande parte, foi como reação contra o fausto e o esplendor indecoroso da Igreja que o catarismo se enraizou, primeiramente no norte da Itália, e depois por todo o sul da França.
Com medo da repressão da Igreja, os primeiros cátaros mantiveram sua fé em segredo. Em pouco tempo, porém, a seita atraiu tantos seguidores, que pôde passar a agir abertamente sob a proteção de senhores feudais poderosos, capazes de desafiar o papa. No sul da França, o catarismo e outro movimento vagamente semelhante, conhecido como waldensianismo, tornaram-se, na prática, as religiões oficiais.
As teologias cátara e católica estavam em nítido conflito. Do ponto de vista católico, a salvação vinha através do sofrimento físico de Jesus, um ser espiritual que havia ingressado na carne de modo a redimir a humanidade morrendo na cruz. Segundo os cátaros, a redenção da humanidade não vinha da morte de Cristo, e sim do exemplo de vida que levou a terra. Os cátaros negavam também que o mundo físico imperfeito pudesse ter sido criado por um Deus perfeito; tal como os gnósticos e maniqueístas antes deles, os cátaros rejeitavam a visão bíblica da criação e, com efeito, todo o Antigo Testamento. Um cátaro alcançava a salvação mediante o conhecimento da verdadeira origem e destino da humanidade e através da renúncia ao mundo satânico da carne, de uma vida de abstinência e pobreza.
Ao contrário dos católicos, os cátaros acreditam na reencarnação; se uma pessoa fracassasse em uma vida, alegavam, teria a oportunidade de ter sucesso em outra. Rejeitavam o batismo, a cruz como símbolo, a confissão individual e todos os ornamentos religiosos. Os serviços eclesiásticos eram simples e podiam ser realizados em qualquer parte. Consistiam de uma leitura do evangelho, um sermão breve, uma bênção e a Oração do Senhor. A abordagem “de volta ao básico” da liturgia feita pelos cátaros antecipou a simplicidade de algumas das seitas protestantes de épocas posteriores.
O catarismo tinha duas classes, ou graus. Os leigos eram conhecidos como crentes. Não se exigia que seguissem as rígidas regras de abstinência reservadas para os perfecti, ou bonhommes (homens bons) eleitos, que formavam a hierarquia da igreja cátara. Qualquer pessoa que desejasse juntar-se aos perfecti, homem ou mulher, teria que enfrentar um período de prova nunca inferior a dois anos. Durante esse tempo, a pessoa renunciava a todos os bens terrenos, vivia comunalmente com outros perfecti e se abstinha de vinho e carne. Para evitar as tentações da carne, os iniciados não podiam ter qualquer contato com o sexo oposto e faziam um voto de jamais dormir nus. No final do período de prova, o noviço recebia o consolamentum, um rito que combinava características de batismo, confirmação e ordenação, conduzido em público diante de uma grande congregação. Nesse rito, o iniciando respondia a uma série de perguntas feitas por um veterano da igreja, e depois prometia viver uma vida de pobreza, abstinência e obediência a Deus e aos evangelhos.
A igreja católica fez o que pôde para combater a expansão da heresia cátara. Em primeiro lugar, tentou atrair os cátaros de volta ao rebanho despachando missões de catequese formadas por monges cistercianos, lideradas pelo chefe da ordem, o futuro São Bernardo de Clairvaux. Os monges fizeram poucas conversões, e a recalcitrância dos hereges desanimou Bernardo, cujos esforços para alcançá-los foram respondidos por vaias e apupos pelas ruas de Toulouse.
As regiões cátaras do sul da França estavam sob o controle político do conde Raymond VI de Toulouse, também seguidor da fé cátara. O diálogo entre as autoridades cátaras e as católicas interrompeu-se quando um escudeiro do conde assassinou um enviado especial do papa Inocêncio III a Toulouse. O assassinato deixou o papa tão enraivecido que ele, literalmente, não conseguiu falar durante dois dias. Então, ele declarou que os cátaros eram “piores que o próprio sarraceno” (termo cristão para os mulçumanos) e convocou uma cruzada para varrer a heresia de uma vez por todas. Seu apelo foi respondido com presteza por muitos cavaleiros franceses, levados a agir por diversas razões. Tratava-se da primeira cruzada dirigida contra o inimigo na Europa, de modo que não exigia nem o tempo, nem as despesas necessárias para uma cruzada na Terra Santa. Também, além da salvação prometida a todos os que se unissem à cruzada por quarenta dias pelo menos, os recrutas podiam contar com a posse dos despojos materiais do território conquistado.
A cruzada (Albigense) foi lançada em 1209, com vinte mil cavaleiros montados à frente de um enorme exército. Em sua primeira grande vitória, os cruzados tomaram a cidade de Beziers e massacraram quase todos os habitantes, entre eles muitos que se consideravam católicos leais.
Quando perguntaram ao legado papal como distinguir entre hereges e católicos, dizem que ele respondeu:
“Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus”.
Contudo, a fé cátara era forte e as legiões papais enfrentaram um a longa luta. Quase quarenta anos se passaram antes que os cruzados esmagassem a última resistência armada e células secretas de fiéis cátaros sobreviveram por mais meio século. Uma medida do peso do catarismo sobre seus seguidores pode ser vista na disposição destes para o martírio. Milhares de pessoas, diante da opção entre a morte e a conversão ao catolicismo, negaram-se a renunciar a sua fé. Morreram, às vezes de fome, acorrentados às paredes de calabouços, mas em geral queimados publicamente em grandes piras. Diante da perseguição e da tortura, alguns optaram pelo rito cátaro da Endura, uma forma santificada de suicídio pelo jejum.
Assim, por mais um quarto de século se estenderia esta guerra e em 1243 o arremedo de resistência da região havia cessado quase que completamente. Dentre os pontos que ainda resistiam, o mais importante foi Montségur.
Sitiada durante dez meses e resistindo bravamente, capitulou em março de 1244.
Mesmo parecendo exterminado, o catarismo não morreu. Grupos isolados continuaram a exercê-lo influenciando vários outros grupos que depois chegaram ao Languedoc: valdenses, hussitas, adamitas, anabatistas e os camitas, que depois se refugiaram em Londres no início do século XVIII.
Os intelectuais modernos têm por hábito considerar os cátaros como sendo sábios, místicos ou "iniciados" detentores de segredos cósmicos. Isto fortalece o poder de uma lenda que diz respeito a um TESOURO CÁTARO.
Entretanto, esta lenda parece ter foros de realidade.
Naquela época corria a notícia de que os cátaros possuíam um fabuloso tesouro místico, muito mais importante do que a riqueza material. No cerco de Montségur, isto é fato, se tem a notícia de que dois fugitivos, dois perfecti, desceram o monte na calada da noite, arriscando as suas vidas para salvarem um precioso tesouro. Foram bem sucedidos!
Presumia-se que este fabuloso tesouro estava escondido em Montségur e depois de salvo nunca mais se ouviu comentários a seu respeito. O fato é que pelo menos vinte, dos que vigiavam Montségur e que pertenciam à milícia invasora, tornaram-se perfecti, devido à impressão neles provocada por algo que presenciaram num festival organizado pelos cátaros, numa trégua que lhes foi concedida devido ao seu fornecimento de reféns , para que pudessem comemorar um certo dia 14 de março.Celtas_Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a provocar medo nos inimigos.
Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa Brígida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. As cerimônias e os rituais ficavam sob responsabilidade dos druidas, o sacerdote dos celtas.
Os belgas foram à última tribo de celtas que chegou na região da Britânia. Os belgas estabeleceram-se na área onde hoje é a Inglaterra. Foram habitar nas florestas e nas clareiras da região, ao contrário dos outros povos celtas que preferiram morar nas regiões montanhosas.
O príncipe belga mais conhecido deste período foi Cimbelino. Com sua capacidade de conquistas, tornou-se senhor de quase toda região sudeste da Inglaterra. Fundou nesta área a cidade de Camulodunum, próxima a cidade inglesa atual de Colchester.
Ceromancia_ A ceromancia é a leitura da sorte por meio da interpretação da chama e da cera da vela. A palavra vem da junção de cero (cera) e mancia (forma de adivinhação).
A leitura pode feita de duas formas: queimar uma vela e lançar a cera sobre uma superfície lisa, seca e preferencialmente de madeira. Devem ser feitas perguntas diretas e objetivas. Depois que a cera esfriar na superfície, deve observar as figuras formadas. São elas que representam os problemas e as possíveis soluções para a pergunta feita.
Para utilizar essa técnica é preciso estar em um lugar calmo e silencioso.
Chacras_Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital. Antes de mais, é necessário saber que não somos apenas um corpo físico.
Tal como todos os sistemas do Universo, o Ser Humano é um ser energético e, mais do que isso, ele é um verdadeiro transformador de energia.
O ser humano é composto por vários corpos, desde o mais denso (Físico) ao mais subtil (Causal), por Centros Energéticos (Chacras), por Canais (Nadis), Meridianos, Órgãos, Glândulas, Músculos, Plexos de Nervos, etc.
Todo este composto energético é resultante da dinâmica entre a energia Yin (feminina, receptiva) e de energia Yang (masculina, ativa).
A sabedoria da Cabala nos diz por que o homem existe, por que nasce, por que vive, qual é o propósito de sua vida, de onde vem e para onde vai quando completa sua vida neste mundo.
A Cabala é um método para alcançar o mundo espiritual. Ensina-nos sobre ele, e ao estudá-lo vamos desenvolvendo um sentido adicional. Com a ajuda deste sentido podemos estabelecer contato com os mundos superiores.
A Cabala não é um estudo abstrato ou teórico, mas pelo contrário, muito prático. O homem aprende sobre si mesmo, quem é e como é. Aprende o que deve fazer agora para mudar, etapa por etapa, passo a passo. Enfoca seu estudo para seu próprio interior.
Toda a experimentação se realiza sobre si mesmo, em si mesmo. É por isso que a Cabala se denomina “A Sabedoria Oculta”. Através dela, a pessoa experimenta mudanças internas, que só esta sente ou sabe que estão acontecendo. É uma atividade, própria, específica e peculiar, ocorre no interior do ser humano.
A palavra “Cabala” se deriva do verbo em hebreu “lekabbel”, isto é, receber. A Cabala descreve os motivos das ações como “o desejo de receber”. Este desejo se refere à recepção de diversas classes de influências. Para isso, cada um está disposto, em geral, a investir um grande esforço. A questão é: Como alcançar o máximo de influências pagando o preço mínimo? Cada um tenta responder a esta pergunta a sua maneira.
Este desejo de receber se desenvolve e cresce de acordo a uma ordem determinada. No início, procura o prazer dos sentidos, depois vai atrás do dinheiro e a honra. Um desejo ainda mais poderoso retorna sedento de poder.
Talvez depois desenvolva a busca da espiritualidade, a qual representa a cúspide da pirâmide. Quem reconhece quão grande é esta meta, começa a buscar os meios para alcançá-la. Ao passar pelos períodos do desejo, a pessoa se familiariza com suas habilidades e limitações.
A Cabala se ocupa do que não podemos capturar nem controlar. Não sabemos como são criados os sentimentos. Maravilhamos-nos ante as experiências do doce, o amargo, o agradável, o áspero, etc. Não conseguimos construir instrumentos científicos para examinar nossos sentimentos, nem sequer no campo da Psicologia, da Psiquiatria e demais ciências humanas. Os fatores da conduta permanecem ocultos a nosso entendimento.
A Cabala é como a matemática dos sentimentos; toma todos nossos sentimentos e desejos, os divide e dá uma fórmula matemática exata para cada fenômeno, a cada nível, para cada tipo de compreensão e de sentimento. É um trabalho de sentimentos combinados com intelecto.
Para os principiantes, a cabala utiliza geometria, matrizes e diagramas. Os que avançam encontrarão uma ciência exata que examina os sentimentos. Ao estudar, sentirão cada sentimento, e ao mesmo tempo o compreenderão. Saberão que nome lhe dar, segundo seu poder, direção e caráter.
A sabedoria da Cabala é um método antigo e provado, mediante o qual o ser humano pode receber uma consciência superior, alcançando a espiritualidade. Este é seu objetivo real no mundo. Se alguém sente um desejo e um anelo de espiritualidade, poderá dar-lhe leito mediante a sabedoria da Cabala, outorgada pelo Criador.
A palavra “Cabala” descreve a meta do cabalista: alcançar tudo aquilo do que o ser humano seja capaz, como ser pensante, a mais elevada de todas as criaturas.
A Astrologia Cabalística emprega o arquétipo da ARVORE DA VIDA para dar luz sobre as tendências mais importantes da personalidade de um ser humano concreto e assim ajudar-lhe a se conhecer para potencializar as boas tendências e metamorfosear as más.
Em nosso caso trabalhamos com a Cabala hebréia cristianizada por considerar que o MISTÉRIO DO GOLGOTA produz uma nova situação no planeta e novas possibilidades para o gênero humano.
Para aqueles que sua ARVORE DA VIDA lhes mostra um THIFERET muito ativo a eleição de um caminho espiritual avaliado pela Tradição ou a eleição de um caminho iniciativo será da maior importância. Mas, muitos caminhos iniciativos - os genuínos- também costumam ter um fundamento na Cabala.
Cabiros_Os cabiros (kábeiroi, em grego), são deuses ctônicos, propiciadores da fertilidade e das riquezas. Costumam ser representados com martelos e tenazes, como auxiliares de Hefesto e deuses do fogo e da metalurgia e usando barretes pontudos.
Seu nome pode estar relacionado ao do deus indiano Kubera, ao grego kóbalos (espécie de pequenos dáimones), ao eslavo antigo kobi ("espírito protetor"), ao alemão Kobold, ao francês gobelin e ao inglês goblin, palavras aproximadamente equivalentes a "duende".
Seu santuário mais famoso se localizava na Samotrácia, embora seu culto se ramificasse por várias regiões, chegando até mesmo a Mênfis, segundo Heródoto. Embora a origem e a natureza dessas divindades menores sejam interpretadas de maneiras diversas pelos mitógrafos antigos, os Cabiros, segundo a tradição mais comum, eram quatro.
Passavam por filhos de Hefesto e Cabiro ou, segundo outras versões, Hefesto, unindo-se a Cabiro, foi pai de Casmilo, tendo este gerado os outros três: Axiero, Axioquersa e Axioquerso, identificados respectivamente com Hermes, Deméter, Perséfone e Hades. Seus locais de culto, além da Samotrácia, encontravam-se em Lemnos, Imbros e nas vizinhanças de Tebas.
Como divindades de mistérios, não podiam ser invocados impunemente, a não ser por iniciados. Integravam normalmente o cortejo de Hera, a protetora dos amores legítimos, já que o ápice de uma iniciação, télos ho gámos, é exatamente o casamento.
Após a época clássica, os Cabiros se tornaram, como os Dióscuros, Cástor e Pólux, os protetores da navegação, daí o conselho de Orfeu para que os argonautas se iniciassem nos mistérios da Samotrácia.
Cacto_grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regiões secas, entre os quais estão os cactos – plantas da Família das Cactáceas. Mesmo atravessando longos períodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos.
Suas formas são variadas, a maioria tem espinhos e alguns dão flores muito vistosas, atraindo insetos, pássaros e até morcegos!
Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com dois centímetros de altura, por exemplo) ou ter até dez metros de altura. Algumas espécies dão frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.
Cagliostro, Alessandro_uma das mais contraditórias e expressivas personalidade dos bastidores espiritualistas do "século das luzes". Nascido em 1748, sua curta e intensa existência encerrou a transição de um longo ciclo de obscurantismo e o alvorecer de novas e sublimes luzes espirituais. Suas curas eram extraordinárias. Oferecer de graça o que de graça recebera, era o seu lema, jamais aceitando qualquer tipo de pagamento pelos benefícios prestados, ao contrário, distribuindo os próprios bens aos necessitados que o cercavam. Críticos historiadores infensos ao novo espiritualismo nascente, o próprio processo inquisitorial que Roma cuidadosa e paciente preparou contra Cagliostro para poder matá-lo, atestam o seu grande poder metapsíquico.
"Ele e seus companheiros foram acusados de ter preparado com sortilégios essa revolução, a queda da Bastilha, a perseguição do clero, etc. Mas o certo, que ressalta da própria sentença do Papa, é que Cagliostro foi apenas clarividente como Gazzotte e a senhora Lille, que no mesmo período profetizaram os diversos acontecimentos que se iam dar".
Em 26 de agosto de 1795, a Revolução Francesa, prevista por ele, encontra-o agonizante, em coma, encarcerado no Castelo de Sant´Angelo, em Roma, pelo crime de ser médium.
Caldéia_A Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica. A região da Caldéia é uma vasta planície formada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em largura. Os Caldeus foram uma tribo que viveu no litoral do Golfo Pérsico e se tornou parte do Império da Babilônia.
Câmara Ardente (Chambre Ardente)_Tribunal estabelecido pelo rei Luis XIV, para investigar casos de envenenamento ocorridos entre a nobreza francesa, no período de 1679 a 1682. Esses assassinatos estariam relacionados à bruxaria. A expressão “câmara ardente” foi também usada para designar vários outros tribunais que, posteriormente, julgaram casos de feitiçaria e bruxaria.
Campanella, Tomaso_Nascido em Stilo, na Calábria, em 05/09/1568 (faleceu maio 1639), Campanella foi batizado Giovano Domenico Campanella, e depois tomou o nome de Frei Tommaso Campanella, ao receber o hábito dominicano, aos 15 anos (1583), foi a Nápoles em 1589, sem permissão da sua congregação, publicar Philosophia Sensibus Demonstrata (Filosofia Demonstrada pelos Sentidos), em defesa de Telésio. Neste seu trabalho, Campanella reflete a preocupação de Telésio de uma aproximação empírica dos problemas filosóficos. Atitude semelhante Campanella terá mais tarde para com Galileu. A partir de então os escritos de Campanella salientam a necessidade da experiência humana como uma base para a filosofia. O sujeito sensciente (consciência pela via do sentir) sente primeiro a si mesmo e depois o calor, isto é, sente o calor através de si mesmo mudado pelo calor. O livro motivou sua prisão e julgamento por heresia. A audácia de suas idéias e expressões provoca suspeitas e acusações contra ele. Seus pensamentos haviam se afastado tanto da ortodoxia Dominicana que ele foi denunciado à inquisição. Primeiro processo em 1591 e em 1592. É preso sob suspeita de obter conhecimentos de fonte diabólica.
Cassandra_Filha de Príamo e de Hércuba. Recebeu de Apolo o dom de vaticinar o futuro tendo, porém, faltado a uma promessa ao deus, este, para vingar-se, fê-la passar por doida, de modo que, ninguém acreditava nas suas predições. Após a guerra de Tróia, Agamenon levou-a como escrava para a Grécia, onde Clitemnestra a mandou matar.Castañeda, Carlos_Antropólogo e escritor norte-americano, Carlos César Araña Castañeda nasceu em 1925, em Cajamarca, no Peru. Embora o autor tenha afirmado que nasceu em São Paulo, no Brasil, no seio de uma família abastada de origem italiana, dez anos antes, registros de imigração publicados pela revista norte-americana Time contradizem as suas pretensões.
Não obstante, perduram duas versões quanto ao seu percurso de vida. Enquanto que algumas fontes indicam que em 1948 acompanhou a família na sua mudança para Lima, dando ingresso no Colegio Nacional de Nuestra Señora de Guadalupe e estudando depois Pintura e Escultura na Escola Nacional de Belas Artes, outras dizem ter sido criado pelos avós no interior do Brasil, levado para um colégio interno em Buenos Aires, entrando nos Estados Unidos da América aos quinze anos de idade.
De 1955 a 1959, estudou Parapsicologia na City College de Los Angeles, passando depois à Universidade da Califórnia como estudante de Antropologia e tomando a cidadania norte-americana.
No Verão de 1960 terá conhecido um tal Don Juan Matus, um velho índio pertencente à tribo yaqui, numa estação de camionagem em Nogales, no estado do Arizona. Começando a uma longa amizade, Castañeda veio a descobrir que Don Juan era um feiticeiro, um diablero , pelo que decidiu tornar-se seu discípulo. No curso da sua iniciação, foi-lhe apresentado Don Genaro Flores, um índio mazateca que teria participado no seu processo de aprendizagem. A aprendizagem dependeu particularmente da utilização de alucinógenos, tais como o cacto peyotl e cogumelos psilocibos , como meios para despertar a consciência e alargar a percepção. Temendo um esgotamento nervoso, Castañeda decidiu parar com as experiências em 1965.
Em 1968 publicou The Teachings of Don Juan: a Yaqui Way of Knowledge (Os Ensinamentos de Don Juan), um relato das suas vivências junto dos índios mexicanos. A obra foi apresentada como tese de licenciatura e aceite pela Universidade da Califórnia, que a publicou pela primeira vez, detendo sobre ela os direitos de autor.
Nesse mesmo ano, regressou ao México, dando início a uma segunda fase de aprendizagem que durou até 1971, e da qual resultaria A Separate Reality: Further Conversations With Don Juan (1971). Seguiu-se, em 1972, Journey To Ixtlan: The Lessons of Don Juan , que seria aceite pela sua universidade como tese de doutoramento.
Não obstante o fato de ter visto a sua obra reconhecida a nível acadêmico, têm sido levantadas dúvidas quanto à credibilidade científica de Castañeda, quer pelo fato de nunca ninguém ter visto Don Juan, quer pela ausência de expressões do idioma yaqui. Castañeda publicou onze livros, todos eles dedicados ao onirismo xamânico, que marcaram fortemente a direção do movimento New Age .
Catarina de Médicis_Rainha francesa de origem italiana. Nasce em Florença, filha de Lorenzo de Médici, duque de Urbino. Casa-se aos 14 anos com Henrique, filho do rei Francisco I da França. Mãe de dez filhos tenta influir no reinado do marido, que assume o trono como Henrique II entre 1547 e 1559.
No entanto, é preterida em favor da amante do rei, Diana de Poitiers. Após a morte de Henrique II e de seu filho mais velho, Francisco II, Catarina obriga Diana a devolver as jóias da coroa, com as quais fora presenteada, e a se retirar da corte.
Sobe ao trono Carlos XI, ainda menor de idade, em 1560, e Catarina torna-se regente da França. Esforça-se por conter os conflitos religiosos que dividem o país, procurando manter imparcialidade em relação aos protestantes (ou huguenotes), liderados por Gaspar de Coligny, e aos católicos, liderados pela casa de Guise.
Durante as guerras civis, contudo, que começam em 1562, fica contra os huguenotes. Os confrontos entre os dois grupos são abrandados em 1570 com a instituição da liberdade de culto, mas dois anos mais tarde, no dia 24 de agosto, Coligny é executado e as tropas dos Guise matam 300 mil huguenotes, no episódio conhecido como Noite de São Bartolomeu.
Durante o período em que permanece no poder, até 1574, amplia o palácio do Louvre, constrói o palácio das Tulherias e aumenta o acervo da biblioteca de Paris. Morre em Blois em 15.
Cátaros_O mesmo século XII que assistiu ao zelo religioso expressado nas cruzadas, foi também, paradoxalmente, uma época de crescente desilusão com a Igreja católica e com as maneiras terrenas do clero. Desde suas origens humildes como uma entre as muitas seitas do Império romano, a Igreja tornara-se uma instituição de riqueza e privilégio. Com freqüência, padres e bispos viviam no luxo, ao mesmo tempo em que se entregavam a práticas espúrias tais como perdoar pecados em troca de dinheiro. Em grande parte, foi como reação contra o fausto e o esplendor indecoroso da Igreja que o catarismo se enraizou, primeiramente no norte da Itália, e depois por todo o sul da França.
Com medo da repressão da Igreja, os primeiros cátaros mantiveram sua fé em segredo. Em pouco tempo, porém, a seita atraiu tantos seguidores, que pôde passar a agir abertamente sob a proteção de senhores feudais poderosos, capazes de desafiar o papa. No sul da França, o catarismo e outro movimento vagamente semelhante, conhecido como waldensianismo, tornaram-se, na prática, as religiões oficiais.
As teologias cátara e católica estavam em nítido conflito. Do ponto de vista católico, a salvação vinha através do sofrimento físico de Jesus, um ser espiritual que havia ingressado na carne de modo a redimir a humanidade morrendo na cruz. Segundo os cátaros, a redenção da humanidade não vinha da morte de Cristo, e sim do exemplo de vida que levou a terra. Os cátaros negavam também que o mundo físico imperfeito pudesse ter sido criado por um Deus perfeito; tal como os gnósticos e maniqueístas antes deles, os cátaros rejeitavam a visão bíblica da criação e, com efeito, todo o Antigo Testamento. Um cátaro alcançava a salvação mediante o conhecimento da verdadeira origem e destino da humanidade e através da renúncia ao mundo satânico da carne, de uma vida de abstinência e pobreza.
Ao contrário dos católicos, os cátaros acreditam na reencarnação; se uma pessoa fracassasse em uma vida, alegavam, teria a oportunidade de ter sucesso em outra. Rejeitavam o batismo, a cruz como símbolo, a confissão individual e todos os ornamentos religiosos. Os serviços eclesiásticos eram simples e podiam ser realizados em qualquer parte. Consistiam de uma leitura do evangelho, um sermão breve, uma bênção e a Oração do Senhor. A abordagem “de volta ao básico” da liturgia feita pelos cátaros antecipou a simplicidade de algumas das seitas protestantes de épocas posteriores.
O catarismo tinha duas classes, ou graus. Os leigos eram conhecidos como crentes. Não se exigia que seguissem as rígidas regras de abstinência reservadas para os perfecti, ou bonhommes (homens bons) eleitos, que formavam a hierarquia da igreja cátara. Qualquer pessoa que desejasse juntar-se aos perfecti, homem ou mulher, teria que enfrentar um período de prova nunca inferior a dois anos. Durante esse tempo, a pessoa renunciava a todos os bens terrenos, vivia comunalmente com outros perfecti e se abstinha de vinho e carne. Para evitar as tentações da carne, os iniciados não podiam ter qualquer contato com o sexo oposto e faziam um voto de jamais dormir nus. No final do período de prova, o noviço recebia o consolamentum, um rito que combinava características de batismo, confirmação e ordenação, conduzido em público diante de uma grande congregação. Nesse rito, o iniciando respondia a uma série de perguntas feitas por um veterano da igreja, e depois prometia viver uma vida de pobreza, abstinência e obediência a Deus e aos evangelhos.
A igreja católica fez o que pôde para combater a expansão da heresia cátara. Em primeiro lugar, tentou atrair os cátaros de volta ao rebanho despachando missões de catequese formadas por monges cistercianos, lideradas pelo chefe da ordem, o futuro São Bernardo de Clairvaux. Os monges fizeram poucas conversões, e a recalcitrância dos hereges desanimou Bernardo, cujos esforços para alcançá-los foram respondidos por vaias e apupos pelas ruas de Toulouse.
As regiões cátaras do sul da França estavam sob o controle político do conde Raymond VI de Toulouse, também seguidor da fé cátara. O diálogo entre as autoridades cátaras e as católicas interrompeu-se quando um escudeiro do conde assassinou um enviado especial do papa Inocêncio III a Toulouse. O assassinato deixou o papa tão enraivecido que ele, literalmente, não conseguiu falar durante dois dias. Então, ele declarou que os cátaros eram “piores que o próprio sarraceno” (termo cristão para os mulçumanos) e convocou uma cruzada para varrer a heresia de uma vez por todas. Seu apelo foi respondido com presteza por muitos cavaleiros franceses, levados a agir por diversas razões. Tratava-se da primeira cruzada dirigida contra o inimigo na Europa, de modo que não exigia nem o tempo, nem as despesas necessárias para uma cruzada na Terra Santa. Também, além da salvação prometida a todos os que se unissem à cruzada por quarenta dias pelo menos, os recrutas podiam contar com a posse dos despojos materiais do território conquistado.
A cruzada (Albigense) foi lançada em 1209, com vinte mil cavaleiros montados à frente de um enorme exército. Em sua primeira grande vitória, os cruzados tomaram a cidade de Beziers e massacraram quase todos os habitantes, entre eles muitos que se consideravam católicos leais.
Quando perguntaram ao legado papal como distinguir entre hereges e católicos, dizem que ele respondeu:
“Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus”.
Contudo, a fé cátara era forte e as legiões papais enfrentaram um a longa luta. Quase quarenta anos se passaram antes que os cruzados esmagassem a última resistência armada e células secretas de fiéis cátaros sobreviveram por mais meio século. Uma medida do peso do catarismo sobre seus seguidores pode ser vista na disposição destes para o martírio. Milhares de pessoas, diante da opção entre a morte e a conversão ao catolicismo, negaram-se a renunciar a sua fé. Morreram, às vezes de fome, acorrentados às paredes de calabouços, mas em geral queimados publicamente em grandes piras. Diante da perseguição e da tortura, alguns optaram pelo rito cátaro da Endura, uma forma santificada de suicídio pelo jejum.
Assim, por mais um quarto de século se estenderia esta guerra e em 1243 o arremedo de resistência da região havia cessado quase que completamente. Dentre os pontos que ainda resistiam, o mais importante foi Montségur.
Sitiada durante dez meses e resistindo bravamente, capitulou em março de 1244.
Mesmo parecendo exterminado, o catarismo não morreu. Grupos isolados continuaram a exercê-lo influenciando vários outros grupos que depois chegaram ao Languedoc: valdenses, hussitas, adamitas, anabatistas e os camitas, que depois se refugiaram em Londres no início do século XVIII.
Os intelectuais modernos têm por hábito considerar os cátaros como sendo sábios, místicos ou "iniciados" detentores de segredos cósmicos. Isto fortalece o poder de uma lenda que diz respeito a um TESOURO CÁTARO.
Entretanto, esta lenda parece ter foros de realidade.
Naquela época corria a notícia de que os cátaros possuíam um fabuloso tesouro místico, muito mais importante do que a riqueza material. No cerco de Montségur, isto é fato, se tem a notícia de que dois fugitivos, dois perfecti, desceram o monte na calada da noite, arriscando as suas vidas para salvarem um precioso tesouro. Foram bem sucedidos!
Presumia-se que este fabuloso tesouro estava escondido em Montségur e depois de salvo nunca mais se ouviu comentários a seu respeito. O fato é que pelo menos vinte, dos que vigiavam Montségur e que pertenciam à milícia invasora, tornaram-se perfecti, devido à impressão neles provocada por algo que presenciaram num festival organizado pelos cátaros, numa trégua que lhes foi concedida devido ao seu fornecimento de reféns , para que pudessem comemorar um certo dia 14 de março.Celtas_Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a provocar medo nos inimigos.
Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa Brígida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. As cerimônias e os rituais ficavam sob responsabilidade dos druidas, o sacerdote dos celtas.
Os belgas foram à última tribo de celtas que chegou na região da Britânia. Os belgas estabeleceram-se na área onde hoje é a Inglaterra. Foram habitar nas florestas e nas clareiras da região, ao contrário dos outros povos celtas que preferiram morar nas regiões montanhosas.
O príncipe belga mais conhecido deste período foi Cimbelino. Com sua capacidade de conquistas, tornou-se senhor de quase toda região sudeste da Inglaterra. Fundou nesta área a cidade de Camulodunum, próxima a cidade inglesa atual de Colchester.
Ceromancia_ A ceromancia é a leitura da sorte por meio da interpretação da chama e da cera da vela. A palavra vem da junção de cero (cera) e mancia (forma de adivinhação).
A leitura pode feita de duas formas: queimar uma vela e lançar a cera sobre uma superfície lisa, seca e preferencialmente de madeira. Devem ser feitas perguntas diretas e objetivas. Depois que a cera esfriar na superfície, deve observar as figuras formadas. São elas que representam os problemas e as possíveis soluções para a pergunta feita.
Para utilizar essa técnica é preciso estar em um lugar calmo e silencioso.
Chacras_Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital. Antes de mais, é necessário saber que não somos apenas um corpo físico.
Tal como todos os sistemas do Universo, o Ser Humano é um ser energético e, mais do que isso, ele é um verdadeiro transformador de energia.
O ser humano é composto por vários corpos, desde o mais denso (Físico) ao mais subtil (Causal), por Centros Energéticos (Chacras), por Canais (Nadis), Meridianos, Órgãos, Glândulas, Músculos, Plexos de Nervos, etc.
Todo este composto energético é resultante da dinâmica entre a energia Yin (feminina, receptiva) e de energia Yang (masculina, ativa).
Os quatro Corpos:
Corpo Físico(formado pelo Corpo Físico Denso e pelo Corpo Físico Etéreo) e que todos sabemos o que é, porque o vemos;
Corpo Emocional (corpo subtil, de maior vibração energética, onde se alojam as emoções);
Corpo Mental (corpo ainda mais subtil e de maior vibração energética, onde se alojam os pensamentos, as idéias, etc.);
Corpo Causal (corpo mais subtil ainda e de maior vibração energética que faz a ligação às Energias de Planos Superiores e mais subtis).
Corpo Emocional (corpo subtil, de maior vibração energética, onde se alojam as emoções);
Corpo Mental (corpo ainda mais subtil e de maior vibração energética, onde se alojam os pensamentos, as idéias, etc.);
Corpo Causal (corpo mais subtil ainda e de maior vibração energética que faz a ligação às Energias de Planos Superiores e mais subtis).
Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital.
Os chacras estão alojados no nosso Corpo Físico Etérico que é um corpo energético com uma vibração mais elevada e subtil que a do Corpo Físico Denso e que envolve este completamente; ambos estão ligados por correntes de energia, tal como os outros corpos; o Corpo Físico Etéreo absorve do ambiente níveis subtis de energia e conduz esta energia para o Corpo Físico Denso, através das glândulas endócrinas; o sistema endócrino controla o equilíbrio hormonal do Corpo Físico Denso; desse equilíbrio depende o equilíbrio das nossas emoções; do equilíbrio das nossas emoções depende o equilíbrio da nossa atividade mental... e, por conseguinte, da nossa saúde.
Cada chacra está associado a uma parte de nós mesmos, a uma parte da nossa consciência, a um dos nossos corpos subtis, a uma cor, a uma nota musical, determinados órgãos, funções e sistemas físicos, glândulas, plexo de nervos, a um dos nossos sentidos, a um dos elementos (Terra, Fogo, Água, Ar, Éter).
Quando um chacra, mesmo que dos menores, está em desequilíbrio, todo o sistema de chacras fica desequilibrado, pois eles estão todos inter-relacionados. Todos os chacras são igualmente importantes e necessários.
Um chacra é determinado pela intersecção de dois ou mais nadis (canais por onde circula a energia). Sabemos que existem mais de 72.000 nadis, portanto, é fácil ter uma idéia de quantos chacras existem no corpo humano. Alguns muito pequenos, e cada um com uma função muito específica correspondendo diretamente a certos órgãos, glândulas e tipos de emoções.
Os chacras estão todos interligados e ficam desequilibrados tanto por "excesso", como por "defeito", ou seja, por hiper atividade ou atividade reduzida. A maior parte das vezes os desequilíbrios são provocados por bloqueios que têm origem nas emoções; porém, é preciso compreender que o processo também é inverso. Este processo está intimamente relacionado com a nossa consciência, e é por isso muito importante realçar que não são os exercícios "exaustivos" para alinhar chacras que fazem aumentar o nosso nível de consciência, mas é exatamente o inverso: quanto maior é o nosso nível de consciência, mais harmoniosamente funcionam os nossos chacras .
Existem sete chacras principais, alojados ao longo da coluna vertebral,
três inferiores:(assim chamados porque localizados abaixo do coração)Chacra Raiz , Chacra do Hara e Chacra do Plexo Solar;
três superiores (porque localizados acima do coração): Chacra Laríngeo, Chacra Frontal e Chacra da Coroa;
e um ao centro, o Chacra Cardíaco que é o ponto de encontro dos dois tipos de energia: Espírito e Matéria.
Circe_Circe, figura legendária da mitologia grega, é retratada como filha de Hélio, deus-sol e da ninfa Pérsia. Por ter envenenado seu marido, o rei dos sármatas, que habitava o Cáucaso, foi obrigada a exilar-se na ilha de Eana, localizada no litoral oeste da Itália.
O nome da ilha “Eana" se traduz como "prantear" e dela emanava uma luz tênue e fúnebre. Esta luz identificava Circe, como a "Deusa da Morte". Era também associada aos vôos mortais dos falcões, pois assim como estes, ela circundava suas vítimas para depois enfeitiçá-las.
O grito do falcão é "circ-circ" e é considerado a canção mágica de Circe que controla tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma.
Antigos escritores gregos citavam-na como "Circe das Madeixas Trançadas", pois podia manipular as forças da criação e destruição através de nós e tranças em seus cabelos. Como o círculo, ela era também a tecelã dos destinos.
Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões.
O arquétipo de Circe é, antes de tudo, a figura de uma mulher independente, consciente de seus desejos e sua feminilidade. Circe representa o amor, a paixão irracional e um poder incrível. Ela nos traz à luz da nossa força interior, que não só representa a sexualidade, mas também os tesouros do inconsciente.
A grande mensagem contida no mito Circe reside no fato de nos permitir ver e aceitar os desafios que nossa jornada nos propõe e de assumirmos a responsabilidade de nossas escolhas. Circe nos encoraja a fazermos bom uso de nosso poder interior, para ditarmos o caminho de nosso próprio destino.
Circe nos diz que:
Depois da dor, vem o saber
Do saber, surge o crescimento
O crescimento nos leva a transformação
Da transformação emana o poder.
Círculo_Quem deseja realizar práticas meditativas, relaxamento, limpeza espiritual ou rituais variados deverá escolher um lugar especial que será seu Centro de Poder ou Círculo Sagrado.
Escolha-o com calma, e uma vez que o encontre saiba que deverá nutrir este espaço todos os dias, mantendo-o limpo, organizado e livre de qualquer forma de energia negativa, pois é neste lugar que se darão as tuas comunicações com o Universo. Quando o tenha definido, senta-te por um momento no chão, toca cada lugar com tuas mãos, caminha ou deita-te onde sente que seja o teu Círculo Sagrado. É importante que marques este lugar de alguma maneira como teu espaço. A seguir inunda este lugar com tua energia inspirando e expirando pela boca como se estivesse enviando um vento de luz brilhante ou chamas douradas que queimam todos os detritos presentes no ambiente, estas chamas movem-se em todas as direções. Em certo momento notarás que o lugar está limpo, pois ele adquire um aspecto brilhante, onde se pode perceber luzes que cintilam ao teu redor; então será a hora de realizar respirações mais pausadas e longas, para que desta forma possas expandir tua consciência e tua aura. Poderás notar que existe uma aquietação, ou um aumento de temperatura, mas certamente em poucos dias sentirás diferença entre fazer um exercício dentro de teu Círculo Sagrado ou realizar a mesma prática sem nenhum tipo de cuidado ou sem delimitar um lugar adequado.
Uma das funções do Círculo De Poder é conter, fortalecer e intensificar as energias criadas e invocadas no ritual. Também serve para proteger de influências hostis ou distrações externas.
O perímetro onde se realiza o ritual deve ser adequado em tamanho e funcionalidade, pois depois que se cria o círculo para realizar um exercício não se deve abandonar o lugar, pois tal procedimento poderá desfazer a função protetora de um espaço sagrado e permitir que energias contrárias entrem para perturbar ou causar algum problema no decorrer do ritual.
O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o mundo dos Deuses. Dentro dele atuamos além de tempo, limite e espaço.
Clariaudiência_Clariaudiência segundo a Doutrina Espírita é a faculdade mediante a qual o médium ouve vozes, sons, palavras, ruídos, sem a utilização do sentido da audição física, que estão além da percepção normal de nossa audição física comum.
Clarividência_A clarividência é a capacidade de ver com clareza. É a visão da própria alma, que percebe a realidade num nível mais amplo e elevado. Seu surgimento é conseqüência natural do desenvolvimento espiritual humano na medida em que a pessoa devota-se ao crescimento interior e aproxima-se de estados de consciência sutis.
Concentração_A concentração é o uso da mente focada em um determinado objeto; é a capacidade de abstrair-se num ponto, focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar. Por isso é uma tarefa difícil que exige muito controle mental. Ao tentar a concentração vai notar que não conseguirá por muito tempo, pois divagará em outros pensamentos que invadirão sua mente sem serem convidados. A mente não pára nunca de produzir pensamentos, por isso é tão difícil controlá-la. Aprender a se concentrar exige, em muitos casos, uma mudança de paradigmas.
Condores, Cidade dos_Em 1965 foi descoberta na região de Payatea , no versante oriental dos Andes , uma imensa cidade de 42 quilômetros quadrados (Do Bulletin mensuel de la Religion do Soleil Inca , Soleil Inca , 25 Passage des Princes , Paris .) É conhecida como a Cidade dos Condores por causa das numerosas esculturas dessas aves de rapina encontradas nos muros.
Também foram encontradas figuras que representam criaturas com grandes auréolas sextavadas e raios solares em volta da cabeça. A arquitetura da Cidade de Condores é de estilo muito diferente de todos os outros encontrados no Peru, e suas origens parecem se perder no tempo , ou pelo menos ter a mesma idade da Tiahuanaco antiga , que era antediluviana. Em certos meios circula a opinião de que essa misteriosa cidade , desconhecida do rei Pachacutec em 1450 e dos chachepoyas que moram naquela região da Amazônia peruana , foi possivelmente uma colônia muito progressiva da Atlântida.
Cone de poder_As bruxas e bruxos trabalham com energias. Esse cone de poder nada mais é do que você trabalhar a energia de forma a direcioná-la para seu objetivo. Você foca a sua intenção dentro do ritual.
Conjuro_Imprecação mágica na qual se evocam os Deuses ou as energias do outro mundo.
Consciência_A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.
Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência. Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".
Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.
Corpus-Hermeticum_O conjunto de textos denominado Corpus Hermeticum escrito entre 100 e 300 d.C. no Egito, resulta de um complexo sincretismo religioso, de múltiplas influências. Ocorreu no período da Pax Romana (Paz Romana), que colocou o Egito em contato com o restante do Império. Escrito na primeira pessoa por Toth ou Hermes Trismegisto (três vezes sagrado), contando as coisas que lhe revelou seu contato com o nous, espécie de divindade absoluta. Durante os séculos seguintes, atribuiu-se erroneamente a esses textos uma exagerada antigüidade, situando-o na época das grandes pirâmides. Tal atributo lhe valeu uma leitura reverente e atenta que teve importante influência na ciência do Renascimento, quando quase tudo o que fora escrito na Antigüidade era lido como revelação fundamental.
Correspondências_O Bruxo usa a correspondência para controlar as forças sobrenaturais. A lógica atrás dessas associações é obvia. Mercúrio, o mais rápido planeta que órbita ao redor do Sol, corresponde a mercúrio, o mais móvel dos metais. Vênus, sob o nome grego de Afrodite, pode ter sido identificada com o cobre porque a ilha de Chipre, o maior produtor de cobre da Antiguidade, era lugar consagrado a essa deusa. Marte está associado ao cavalo, ao ferro, à guerra e à cor vermelha (sangue). É sabido também que a cor vermelha está associada, até hoje, à paixão, à rebelião, à sexualidade, etc.
Cósmica, Consciência_Consciência, conhecimento, de que, como ser vivo, cada pessoa se encontra ligada a todos os seres do Universo.
Coven_Coventículo ou Conciliábulo é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo, dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família. Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida. Um Coven mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora. Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.
Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro. Mais que tudo, um Coven é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A união é uma simbiose mágica. O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos.
Reza o ditado: "Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue" .
Cristalomancia_é o uso dos cristais ou pedras semipreciosas para supostamente prever o futuro; podendo ser por meio da uma bola de cristal ou de jogos com pequenas pedras.A bola de cristal é um instrumento das artes adivinhatórias, muito popular entre os videntes. A cristalomancia é também muito praticada pelas bruxas, mais com um propósito filosofico.
Cristianismo_Ao contrário do que se pensa, o cristianismo não foi imediatamente adotado pelo povo europeu ao ser declarado religião oficial do Império Romano. Esta conversão dos Romanos ao catolicismo teve motivos políticos, e não teve grande penetração fora dos centros urbanos. A grande massa da população permaneceu fiel a seus deuses antigos. Os cultos antigos, então, receberam a denominação pejorativa de "pagãos" (pagani, plural de paganu, "morador do campo"), por ter como foco de resistência à nova religião o povo dos campos, longe das cidades e das zonas de comércio e ensino.
Os missionários cristãos, com o tempo, passaram a ter mais aceitação nas cidades, mas continuavam sendo repelidos no campo, nas montanhas e nas regiões distantes, verdadeiros enclaves da Antiga Religião. Houve ainda uma tentativa de reativar o paganismo e o culto aos Deuses antigos como religião oficial do Império Romano. Esta última esperança deveu-se ao Imperador Juliano (conhecido como "O Apóstata"), que reinou no século IV AC. Mas, como sabemos, essa tentativa não foi frutífera, derrubada pela própria conjuntura da época, onde já se pressentia o poder de manipulação, domínio e intriga do cristianismo, evidenciado nos séculos seguintes.
Um dos ardis utilizados pelos cristãos era o de apropriar-se de festividades pagãs como orações religiosas de sua própria religião. Assim, por exemplo, o festival do solstício de inverno, onde se comemorava o nascimento do Deus-Sol, transformou-se no Natal cristão. Também o festival de Samhain, comemorado em intenção dos mortos, recebeu o nome de Dia de Todos os Santos, logo seguido pelo dia de Finados. A despeito destas tentativas, as tradições pagãs continuaram mantendo sua força. A partir de um decreto do Papa Gregório, os cristãos também se apossaram dos locais sagrados da Antiga Religião e, derrubando os templos ali existentes, erigiram suas igrejas. Os Deuses de cada santuário foram transformados em santos e santas (um exemplo é Santa Brígida, da Irlanda, na verdade a Deusa Bhríd, protetora do fogo e dos partos).
Quando os cristãos deram-se conta da importância da Deusa-Mãe para as pessoas, aumentaram a proeminência da virgem maria no culto cristão. Mitos e práticas pagãs foram, sistematicamente, absorvidas, distorcidas e transformadas em ritos cristãos. Esculturas de temas pagãos foram incluídos em igrejas e capelas.
O maior exemplo de sincretismo entre costumes pagãos e cristãos é o cristianismo irlandês, que ainda hoje conserva hábitos célticos mesclados a liturgias cristãs. Os padres tinham a seu favor o tempo, o poder e a força. Os pagãos tinham que lutar sozinhos contra a profanação de seus templos, crenças e costumes. Desta maneira, o povo simples dos campos foi acostumando-se à nova religião, e gradualmente, foi sendo convertido. Mas os sacerdotes restantes da Antiga Religião não se renderam à nova ordem. Juntamente com pessoas ainda fiéis às antigas crenças, mantiveram o culto ao Deus de Chifres e à Deusa Mãe.
As crenças pagãs, enfatizando a adoração aos Deuses e a realização dos festivais de fertilidade, foram amalgamando-se à magia popular, criando a Bruxaria Européia. A magia popular consistia em um conjunto de feitiços feitos com o uso de ervas, bonecos e diversos outros meios. Estes feitiços tinham como objetivo a cura, a boa sorte, atrair amores, e fins menos nobres, como a morte de algum inimigo. São práticas desenvolvidas a partir do que restara da magia simpática pré-histórica, unidas ao conhecimento xamânico dos povos bárbaros.
Os teólogos cristãos passaram então a sustentar que a Bruxarianão existia. Assim, pretendiam terminar com a credibilidade dos bruxos e anular sua influência. Foi um período de relativa paz para a Arte. Mas logo os cristãos perceberam que seus esforços para exterminar completamente o paganismo não haviam dado resultado. Fizeram então mais uma tentativa: transformaram o Deus de Chifres na personificação do Mal, do Antideus, do Inimigo.
A natureza dos Deuses pagãos é completamente diferente da do todo-poderoso "senhor de bondade" dos cristãos. Nossos Deuses são quase "humanos", pois têm características tanto "boas" quanto "más". A teologia cristã já pressupunha a existência de um antagonista a seu jeová (o "Satan" hebraico do Antigo Testamento e o "diabolos" do Novo): um Inimigo. Ele ainda não possuía forma definida e, quando era representado, o era em forma de serpente, como a que persuadiu Adão a comer a fruta da árvore da Sabedoria. Dando a seu satã a forma do Deus de Chifres (notadamente de deuses agropastoris como Pã e Sileno, dotados de cascos de bode e pequenos cornos), os cristãos conseguiram iniciar um clima de terror e medo em relação aos praticantes da Antiga Religião, o que os forçou a praticarem seus ritos em segredo.
Mas a era mais triste da Arte ainda estava por vir: a Era das Fogueiras. A situação da igreja até o século XIII era caótica. Facções adversárias lutavam entre si, cada uma degladiando-se em favor de um dogma. Nos numerosos concílios realizados, ora uma das facções impunham sua visão, ora outra. Isso favorecia um desmoralizante "entra-e-sai" de dogmas, o que desacreditava a Igreja. Algumas destas facções também criticavam a corrupção e o jogo de poder dentro da classe sacerdotal, e levantavam dúvidas sobre o poder espiritual do papado. Foi então criado um instrumento de repressão: o Tribunal de Santa Inquisição consistia em um corpo investigatório ignorante, brutal e preconceituoso, dirigido pela ordem dos Dominicanos.
Sua função primordial era a de acabar com as facções que se opunham a Igreja (denominadas "heréticas"), através do extermínio sistemático de seus membros. Exemplos destas facções "heréticas" eram os cátaros, os gnósticos e os templários. Com o tempo, os cristãos perceberam outro uso para seu Tribunal. Ainda persistiam Cultos aos Deuses Antigos, e, graças a transformação do Deus de Chifres no Demônio dos Cristãos, eram acusados de delitos absurdos, como o canibalismo, a destruição de lavouras (acusar de tal crime uma Religião dedicada à manutenção da fertilidade das colheitas é, no mínimo, ridículo) e muitos outros. Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII.
Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do "crime de feitiçaria". Em 1486 foi publicado o Malleus Malleficarum ("Martelo das Feiticeiras"), escrito pelos dominicanos Kramer e Sprenger. O livro, absurdo e misógino, era um manual de reconhecimento e caça aos bruxos, e, principalmente, às bruxas (o livro trazia afirmações surpreendentes, como: "quando uma mulher pensa sozinha, pensa em malefícios"). A partir daí, a Igreja abandonou completamente a postura de ignorar a Bruxaria: pelo contrário, não acreditar na sua existência era considerada a maior das heresias. Iniciou-se então um período de duzentos anos de terror, conhecido entre os bruxos como "Era das Fogueiras".
Mas os bruxos (e também os hereges e inocentes: doentes mentais, homossexuais, pessoas invejadas por poderosos, mulheres velhas e/ou solitárias)não pereciam só em fogueiras: eram também enforcados e esmagados sob pedras. Isso quando não pereciam nas torturas, as quais são tão cruéis e sádicas que não merecem nem ser mencionadas. A Inquisição tornou-se uma válvula de escape para as neuroses da época: em época de forte repressão sexual, condenavam-se mulheres jovens, que eram despidas em frente a um grupo de "investigadores", tinham todo seu corpo revistado diversas vezes, a procura de uma suposta "marca do diabo" e, por fim, eram açoitadas, marcadas a ferro e violentadas. Terminavam condenadas e executadas como bruxas. Seu crime: serem mulheres jovens, belas e invejadas. Anciãs que moravam sozinhas, geralmente em companhia de alguns animais, como gatos (daí a lenda da ligação dos gatos com as bruxas), eram alvo de desconfiança e logo declaradas "feiticeiras", e assim, assassinadas. A maioria das vítimas dos tribunais de Inquisição não eram verdadeiros praticantes da Arte, mas muitos bruxos pereceram na mão dos cristãos. Aproximadamente nove milhões de crimes como este foram cometidos durante a Inquisição, ironicamente em nome de uma religião que se dizia "de amor". Nunca uma religião demonstrou tanta necessidade de exterminar seus antagonistas como o cristianismo.
A perseguição aos bruxos não se resumiu apenas aos países católicos: espalhou-se pela Europa protestante. Os protestantes não se guiavam pelo Malleus Malleficarum, mas davam razão à sua paranóia através do uso de uma citação do Antigo Testamento: "não deixarás que nenhum bruxo viva". Na Era das Fogueiras, os praticantes da Antiga Religião adotaram o único comportamento que lhes possibilitaria a sobrevivência: "foram para o subterrâneo", ou seja, mantiveram o máximo de discrição e segredo possível. A sabedoria pagã só era passada por tradição oral, e somente entre membros da mesma família ou vizinhos da mesma aldeia. Como técnica de proteção, os próprios bruxos ajudaram a desacreditar sua imagem, sustentando que a Bruxaria não passava de lenda, ou disseminando idéias de bruxos como figuras cômicas e caricatas, dignas de pena e riso. Por volta do final do século XVII, a perseguição aos bruxos foi diminuindo gradativamente, estando virtualmente extinta no século XVIII. A Bruxaria parecia, finalmente, ter morrido. Mas os grupos de bruxos ("covens") resistiam, escondidos nas sombras. Algo que surgiu nos primórdios da humanidade não morreria assim tão facilmente.
Crowley, Aleister_ Crowley nasceu em 1875, filho de um pastor de uma seita fundamentalista protestante, que também era dono de uma fábrica de cerveja. Seu pai morreu cedo, deixando boas lembranças no menino, mas sua mãe, segundo ele, era uma "estúpida criatura", e as brigas da adolescência logo fizeram com que sua mãe o chamasse de "Besta", apelido que adotou posteriormente e que lhe trouxe boa parte da fama. Na escola se mostrou brilhante e obediente, até que foi culpado injustamente de um pequeno delito e foi posto de castigo, a pão e água, o que piorou sua já fraca saúde. Decidiu ser um homem santo, e cometer o maior pecado, como em uma lenda dos Plymouth Brothers (culto de seu pai) que afirmava que o maior santo cometeria o maior pecado. Na Universidade Crowley finalmente se encontrou. Com muito dinheiro e livre da repressão da família, exerceu todas as atividades pelas quais ficou conhecido: alpinismo, poesia, enxadrismo, sexo e magia, e, dizem, foi excepcional em cada uma delas. Crowley travou contato com a Golden Dawn, uma ordem maçônica de prática ritualística e iniciatória que esteve em seu auge no fim do século passado, quando Crowley a freqüentou. Subiu rapidamente pelos graus da ordem, mas foi barrado por um grupo de pessoas que chegaram a afirmar que a "ordem não era um reformatório". Crowley era desconsiderado pelos intelectuais e desprezado pela burguesia, fato que o pode ter levado a suas inúmeras viagens e expedições de alpinismo.
Crowley pode parecer extremamente arrogante e narcisista em seus escritos, mas isso não parece ser verdade, se examinamos sua vida a fundo. Ele sempre buscou o reconhecimento e aprovação das pessoas, e quando notou que isso não era possível, mantendo sua crítica atroz aos absurdos do puritanismo inglês, ele resolveu aparecer fazendo escândalos, reais ou falsificados, ao estilo do estereotipo "falem mal, mas falem". A Golden Dawn recusou iniciação a Crowley, mas seu chefe, McGreggor Mathers não.
Seus trabalhos mágicos e estudos místicos o levaram as mais diversas partes do mundo, experimentando com todas as formas de catarse e intoxicação, que considerava como bases da religião.
A crença de que existe um grupo de iniciados secretos que carregam o conhecimento humano e são os verdadeiros "chefes" da terra é compartilhada no sentido estritamente literal por muitas pessoas e seitas. Crowley aceitou essa idéia de uma forma ou de outra até o fim da vida, mas empregou diversas interpretações para estas entidades, algumas baseadas na psicologia.
Mas, desiludido com a Golden Dawn, passou alguns meses afastado da magia, e pouco a pouco se reaproximou, trabalhando sozinho. Então numa viagem ao Cairo em 1904, recém casado, sua esposa começou a falar algumas coisas estranhas das quais ela não poderia ter conhecimento. Ela o mandou invocar o deus Hórus.
Dessa invocação surgiu um texto pequeno, de três capítulos, intenso e esquisito, ditado por um dos "ministros" da forma de Hórus conhecida por "Hoor-Paar-Kraat", Harpócrates, Hórus, a criança. Aiwass era o nome dessa entidade, depois reconhecida como o Sagrado Anjo Guardião do próprio Crowley. Com isso três coisas estão subentendidas: Aiwass era um dos "mestres" que regiam o presente Éon, dedicado ao Deus Hórus, seu mentor; era também uma entidade não totalmente separada de Crowley, embora devesse ser tratado como tal alguns poderiam dizer que ele era o self junguiano de Crowley, outros, maldosamente, que era sua Sombra; Crowley demorou cerca de 5 anos para acatar o que o texto dizia. Uma das profecias previa a morte de seu filho, que acabou por morrer mesmo, de doença desconhecida.
Quando finalmente aceitou o Livro da Lei estava em contato com um corpo germânico de iniciados, que em outro livro dele ("The Book of Lies") encontraram um segredo de magia sexual que pensavam ter o monopólio no ocidente. Nem Crowley havia entendido o que tinha escrito, mas aceitou mesmo assim um alta posição hierárquica na Ordem. Era a Ordo Templi Orientis, que até hoje detém os direitos sobre os textos de Crowley posteriores a 1910.
A O.T.O. existe até hoje. Além da O.T.O. que tinha bases maçônicas, Crowley criou um corpo próprio, designado como A.:.A.:.., esse corpo, muito mais velado, deveria servir como que "escola de treinamento" para os "mestres" da humanidade.
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