Deusa do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e Senhora. É sempre associada à morte e renascimento, fertilidade, regeneração, inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento. Seu consorte na cultura pagã é geralmente o deus Cernunnos (lê-se Quernunos) e juntos representam a dualidade da natureza. Deusa da lua, dos grãos, da natureza. Seu animal totem, a porca branca que devora cadáveres. As oferendas tradicionais são o ovo, a maçã, o azeite e os bolos. Mas a fragrância de um incenso especialmente escolhido e a chama delicada de uma vela negra também são recomendadas num ritual para essa deusa. Indispensável a presença do Caldeirão, explicado abaixo.
Cerridwen era esposa do gigante Tegid com quem teve dois filhos, uma linda donzela, Creirwy e outro era um rapaz feio, Avagdu – em determinadas fontes, Morfran. Como queria que o rapaz tivesse algo de seu, ela fez para ele uma poção mágica que o deixaria um homem muito sábio. Demorou um ano e um dia para terminar de fazer a poção, que se destinava a torná-lo inspirado e brilhante. Ela ordenou que Gwion, seu assistente, tomasse conta da poção e o advertiu para não bebê-la.
Acidentalmente, algumas gotas da poção espirraram na mão de Gwion, e ele levou a mão à boca. Instantaneamente, ele sabia tudo, até mesmo que Cerridwen tentaria mata-lo. Ele fugiu e ela foi atrás, no que se chama “Caçada Mágica”.
Gwyon transformou-se em uma lebre, e Cerridwen em um cão. Transformou-se então em um salmão, e ela em uma lontra. Por último, transforma-se em um grão de trigo, mas a Deusa em corpo de uma galinha o come. Nove meses mais tarde Cerridwen deu à luz em Taliesin, o maior dos Trovadores Celtas. Depois de tê-lo em seu seio, não conseguiu mais matá-lo. Ela então o coloca dentro de um saco de pele e introduzindo-o dentro de uma pequena barca, que fica a deriva sobre as ondas, sendo encontrado mais tarde por camponeses.
Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa do caos e da paz, da harmonia e da desarmonia. E então, quando a Lua não brilha no céu e a escuridão é nosso legado, devemos deitar oferendas a Ela, que também olha por nós em nossos momentos de trevas.
Cerridwen é uma deusa celta e seu culto era mais representativo no País de Gales. Era a "senhora do caldeirão" e representa a poção da vida e da morte. O caldeirão, seu maior símbolo representa a fertilidade e a regeneração, por isso também era deusa dos bosques e dos animais. Os rituais para essa deusa eram feitos na lua minguante.
As energias masculinas e femininas convergem na concepção e no momento da criação. É o bailado coreográfico destas energias que formam a base para o equilíbrio e a harmonia do nosso universo. A tradição Druida explica que todo o aspecto feminino tem um aspecto masculino complementar.
O caldeirão tem sua base mitológica na tradição celta. O vaso de prata era chamado de "Caldeirão de Regeneração". O sangue despejado dentro dele devia formar uma bebida regeneradora ou um banho. Também está registrado que o caldeirão deveria ferver até que produzisse "três gotas da graça da inspiração", desta forma é conhecido como o Caldeirão da Inspiração".
Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. A totalidade só é conquistada no momento que dissermos sim e dançarmos com a morte e o renascimento, Cerridwen diz a você que sempre receberá de volta o que der a ela, portanto entregue-se e renascerá.
A mais antiga forma da Deusa Tríplice, é ao mesmo tempo a Deusa da Fertilidade e da Morte, pois o mesmo poder que leva as almas para a morte, traz a vida. De seu ventre parte toda a vida e a vida provém da morte.
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