Flechas que trazem amor ao coração, deuses alados, irmãos que enamoram-se entre si, uma criança que mata uma serpente, entre outros, são histórias da mitologia greco-romana que trazem-nos à tona para um fantástico mundo cheio de ideias e imaginação. Já vimos que a mitologia grega tem uma grande influência em nosso idioma, e vamos ver agora que, todos estes signos, que insistem em explicar-nos através das estrelas como será nosso dia, tem sua própria estória. Isto explica o porquê do símbolo de Sargitário ser um centauro, ou até mesmo o que um escorpião estaria fazendo no céu.
Então vamos lá:
A história de Áries é encantadora! Tudo começa por causa de um casamento mal-sucedido.
O rei Atamante era casado com a deusa Nefele, e com ela gerou dois filhos: Hele e Frixo. Mais tarde, por motivos que desafiam a razão, Atamante separou-se da deusa(porque alguém iria separar-se de uma deusa?) e uniu-se a Ino.
A mortal Ino, enciumada do amor que Atamante tinha por seus filhos, foi consultar o Oráculo para procurar uma maneira de livrar-se das crianças. O Oráculo dissera para Ino fazer um sacrifício de Hele e Frixo à Nefele, a mãe deles. Esta deusa, assitindo a todos os acontecimentos, chamou secretamente as crianças e disse-lhes que esperassem cair do céu, no dia do sacrifício, um carneiro de ouro. A única exigência de Nefele era que as crianças não olhassem para baixo, caso contrário morreriam apavoradas.
Dito e feito, o carneiro chegara. Em seu voo, Hele olhou para baixo, e imersa em pavor caiu ao mar, que ficou chamado de Helesponto (hoje chama-se Dardanelos). Frixo chegou salvo à Cólquida, e sacrificou o carneiro à Zeus que, maravilhado com o presente, colocou-o entre as estrelas.
Esta história retrata-se a um mito em que Zeus teria transformado-se em um touro branco de grande esplendor e beleza para seduzir Europa, filha de Agenor (se você está se perguntando porque ele teve de se transformar em touro para seduzí-la saiba que eu não sei a resposta). Europa reparou que não era de fato um touro, pois este não tinha cauda, então entregou-se à ele. Orgulhoso do feito, colocou o touro entre as constelações. Mais tarde, sendo perseguidas pelo gigante Órion (filho de Poseidon), sete irmãs procuraram ajuda em Zeus, que colocou-as nas constelações também. Estas chamadas plêiades, são a cauda do touro.
Em uma das minhas favoritas estórias da mitologia estão Castor e Pólux. Irmão gêmeos filhos de Zeus e Leda que nasceram de um ovo, já que Zeus havia seduzido Leda na forma de um cisne. Estes irmãos apaixonaram-se por outras duas viajantes de estrada, chamadas Febe e Ilaira. Porém estas já eram noivas, decidindo então sequestrá-las irritaram seus noivos Idas e Linceu. Um fato importante é que Pólux era imortal, e Castor era um simples mortal mas os dois tinham enorme cuidado um para com o outro. Sendo ferido mortalmente pela lança de Idas, Pólux pede a Zeus que transfira sua imortalidade a seu irmão. Sem entender muito, Zeus atende ao pedido, contudo, no momento em que Castor passa a reviver, Pólux passa a morrer. Então Castor pede à Zeus devolver a imortalidade a Castor. Depois o feito acontecia novamente e, vendo que os irmãos queriam mesmo era ficar juntos, transformou-os na constelação de Gêmeos, onde para sempre ficariam juntos.
Uma constelação de enredo muito simples. Quem conhece a história dos Doze Trabalhos de Hércules sabe que seu segundo trabalho fora matar uma Hidra que assolava a região de Lerna. Contudo, esta hidra tinha sete cabeças, e sempre que se cortava uma, duas nasciam no local. Com a ajuda de seu amigo Iolaus, Héracles consegui livrar-se da Hidra. Pois, sempre que cortava uma cabeça, Iolaus cauterizava o local impedindo o nascimento das cabeças. A deusa Hera, esposa de Zeus, tinha ódio imenso por Héracles já que era fruto de um relacionamento adúltero de seu marido. Então mandou um enorme caranguejo impedir o feito. Mas Héracles pisoteou o caranguejo tão fortemente que deixou-o em estilhaços. Iolaus ateou fogo à Hidra e Héracles concluira seu segundo trabalho. Hera, cheia de dó do pobre caranguejo, recolheu-o e o colocou entre as estrelas na constelação chamada Câncer, já que esta palavra significa "caranguejo" em grego.
Outra estória de fácil compreensão: Héracles teria de matar um Leão invulnerável à armas que assombrava terrivelmente à região de Neméia. Deu no Leão um golpe desferido por sua clava que o deixou tonto apenas. Aproveitando-se da ocasião, Héracles enforcou-o até a morte e, Zeus orgulhoso do feito de seu filho, colocou o Leão entre as estrelas para que tivesse orgulho de Héracles sempre que olhasse às estrelas.
A historia de Astréia ilustra a origem desse signo. A virgem Astréia, filha de Zeus e Têmis, a deusa da justiça, costumava passear pela Terra ao lado de sua irmã Modéstia. Porém, certo dia, ao ver um homem pesando a mais a mercadoria de um freguês, Astréia fica indignada com tal injustiça e também com tanta guerra e violência que começou a se instaurar no mundo e pede a Zeus que as leve embora da Terra. Triste com tal decisão, Zeus coloca-a na constelação de virgem. Seu símbolo, a balança, é colocado na constelação de libra.
Esta é a minha constelação favorita, sua história me fascina. É um mito que está diretamente ligado a história do gigante Órion. Apesar da promessa de ser eternamente virgem e desprezar os homens, a deusa da noite e da lua Ártemis, certa vez se apaixonou por Órion, que era fiho do deus do mar Poseidon, e por isso ele tinha o dom de andar na supefície da água ou embaixo dela. Apolo, irmão gêmeo de Ártemis, enciumado, impediu o amor entre os dois mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, na companhia da irmã, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro na água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo do mar, fazendo-se substituir por espumas ensangüentadas. Era Orion, que ali nadava submergido, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu de seu pai, Zeus, que o escorpião fosse transformado em constelação. Em outros mitos é mais aceito o fato de que Órion brincava com o escorpião.
Durante seu quarto trabalho, Hércules visita um centauro amigo seu, chamado Folos. O centauro, uma criatura metade homem, metade cavalo, convida o herói a comer em sua caverna. Hércules percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, pois o vinho dos centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano bebendo deles. Porém, o bruto Hércules pega o vinho e o bebe. Vários centauros chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e o fato dele estar bebendo o vinho, e se armam contra o intruso. Quíron é o único que vem em defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, os centauros jogando pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando a mostra a terrível situação: dentre todos os mortos, Quíron também havia sido ferido. Mesmo sendo imortal e com todos os seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade para poder morrer em paz. Zeus atende ao pedido mas, ao invés de deixar seu corpo ser levado pro Hades, ele o coloca nas estrelas, na constelação de sagitário.
O deus da natureza, Pã, um ser metade homem, metade bode, estava, ao entardecer, tocando sua flauta às margens de um rio, quando surgiu o terrível monstro Tífon, que possuía centenas de braços e cabeças. Assustado, mergulhou no rio, pois Tífon odiava água, e transformou a parte submersa de seu corpo em peixe para se locomover, enquanto a outra metade continuou assemelhada ao corpo de uma cabra. Zeus considerou uma estratégia muito esperta e, como homenagem, transformou Pã na constelação de Capricórnio.
Ganimedes era um jovem de extrema beleza, filho dos reis de Tróia. Um dia quando pastoreava o rebanho de seu pai, Zeus o avistou e se apaixonou por ele, se transformou em águia, o raptou e o levou até o monte Olimpo para servir-lhe como copeiro e aguadeiro, o "garçom" dos deuses, substituindo a jovem Hebe que teve esta missão, porém um dia caiu e derramou a bebida sagrada dos deuses, e foi mandada embora. Zeus botou o seu amado nas estrelas, afinal, é Ganimedes quem simboliza o signo de Aquário com uma jarra derramando água, o fiel servidor dos deuses.
Afrodite, deusa do amor, e seu filho Eros (o Cupido) teriam se transformado em peixes para escapar do titã Tifon, que não suportava a água. Atena, deusa grega da sabedoria, criou a constelação para lembrar a fuga.
Então vamos lá:
Áries
A história de Áries é encantadora! Tudo começa por causa de um casamento mal-sucedido.
O rei Atamante era casado com a deusa Nefele, e com ela gerou dois filhos: Hele e Frixo. Mais tarde, por motivos que desafiam a razão, Atamante separou-se da deusa(porque alguém iria separar-se de uma deusa?) e uniu-se a Ino.
A mortal Ino, enciumada do amor que Atamante tinha por seus filhos, foi consultar o Oráculo para procurar uma maneira de livrar-se das crianças. O Oráculo dissera para Ino fazer um sacrifício de Hele e Frixo à Nefele, a mãe deles. Esta deusa, assitindo a todos os acontecimentos, chamou secretamente as crianças e disse-lhes que esperassem cair do céu, no dia do sacrifício, um carneiro de ouro. A única exigência de Nefele era que as crianças não olhassem para baixo, caso contrário morreriam apavoradas.
Dito e feito, o carneiro chegara. Em seu voo, Hele olhou para baixo, e imersa em pavor caiu ao mar, que ficou chamado de Helesponto (hoje chama-se Dardanelos). Frixo chegou salvo à Cólquida, e sacrificou o carneiro à Zeus que, maravilhado com o presente, colocou-o entre as estrelas.
Touro
Esta história retrata-se a um mito em que Zeus teria transformado-se em um touro branco de grande esplendor e beleza para seduzir Europa, filha de Agenor (se você está se perguntando porque ele teve de se transformar em touro para seduzí-la saiba que eu não sei a resposta). Europa reparou que não era de fato um touro, pois este não tinha cauda, então entregou-se à ele. Orgulhoso do feito, colocou o touro entre as constelações. Mais tarde, sendo perseguidas pelo gigante Órion (filho de Poseidon), sete irmãs procuraram ajuda em Zeus, que colocou-as nas constelações também. Estas chamadas plêiades, são a cauda do touro.
Gêmeos
Em uma das minhas favoritas estórias da mitologia estão Castor e Pólux. Irmão gêmeos filhos de Zeus e Leda que nasceram de um ovo, já que Zeus havia seduzido Leda na forma de um cisne. Estes irmãos apaixonaram-se por outras duas viajantes de estrada, chamadas Febe e Ilaira. Porém estas já eram noivas, decidindo então sequestrá-las irritaram seus noivos Idas e Linceu. Um fato importante é que Pólux era imortal, e Castor era um simples mortal mas os dois tinham enorme cuidado um para com o outro. Sendo ferido mortalmente pela lança de Idas, Pólux pede a Zeus que transfira sua imortalidade a seu irmão. Sem entender muito, Zeus atende ao pedido, contudo, no momento em que Castor passa a reviver, Pólux passa a morrer. Então Castor pede à Zeus devolver a imortalidade a Castor. Depois o feito acontecia novamente e, vendo que os irmãos queriam mesmo era ficar juntos, transformou-os na constelação de Gêmeos, onde para sempre ficariam juntos.
Câncer
Uma constelação de enredo muito simples. Quem conhece a história dos Doze Trabalhos de Hércules sabe que seu segundo trabalho fora matar uma Hidra que assolava a região de Lerna. Contudo, esta hidra tinha sete cabeças, e sempre que se cortava uma, duas nasciam no local. Com a ajuda de seu amigo Iolaus, Héracles consegui livrar-se da Hidra. Pois, sempre que cortava uma cabeça, Iolaus cauterizava o local impedindo o nascimento das cabeças. A deusa Hera, esposa de Zeus, tinha ódio imenso por Héracles já que era fruto de um relacionamento adúltero de seu marido. Então mandou um enorme caranguejo impedir o feito. Mas Héracles pisoteou o caranguejo tão fortemente que deixou-o em estilhaços. Iolaus ateou fogo à Hidra e Héracles concluira seu segundo trabalho. Hera, cheia de dó do pobre caranguejo, recolheu-o e o colocou entre as estrelas na constelação chamada Câncer, já que esta palavra significa "caranguejo" em grego.
Leão
Outra estória de fácil compreensão: Héracles teria de matar um Leão invulnerável à armas que assombrava terrivelmente à região de Neméia. Deu no Leão um golpe desferido por sua clava que o deixou tonto apenas. Aproveitando-se da ocasião, Héracles enforcou-o até a morte e, Zeus orgulhoso do feito de seu filho, colocou o Leão entre as estrelas para que tivesse orgulho de Héracles sempre que olhasse às estrelas.
Virgem e Libra
Escorpião
Esta é a minha constelação favorita, sua história me fascina. É um mito que está diretamente ligado a história do gigante Órion. Apesar da promessa de ser eternamente virgem e desprezar os homens, a deusa da noite e da lua Ártemis, certa vez se apaixonou por Órion, que era fiho do deus do mar Poseidon, e por isso ele tinha o dom de andar na supefície da água ou embaixo dela. Apolo, irmão gêmeo de Ártemis, enciumado, impediu o amor entre os dois mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, na companhia da irmã, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro na água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo do mar, fazendo-se substituir por espumas ensangüentadas. Era Orion, que ali nadava submergido, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu de seu pai, Zeus, que o escorpião fosse transformado em constelação. Em outros mitos é mais aceito o fato de que Órion brincava com o escorpião.
Sagitário
Durante seu quarto trabalho, Hércules visita um centauro amigo seu, chamado Folos. O centauro, uma criatura metade homem, metade cavalo, convida o herói a comer em sua caverna. Hércules percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, pois o vinho dos centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano bebendo deles. Porém, o bruto Hércules pega o vinho e o bebe. Vários centauros chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e o fato dele estar bebendo o vinho, e se armam contra o intruso. Quíron é o único que vem em defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, os centauros jogando pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando a mostra a terrível situação: dentre todos os mortos, Quíron também havia sido ferido. Mesmo sendo imortal e com todos os seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade para poder morrer em paz. Zeus atende ao pedido mas, ao invés de deixar seu corpo ser levado pro Hades, ele o coloca nas estrelas, na constelação de sagitário.
Capricórnio
O deus da natureza, Pã, um ser metade homem, metade bode, estava, ao entardecer, tocando sua flauta às margens de um rio, quando surgiu o terrível monstro Tífon, que possuía centenas de braços e cabeças. Assustado, mergulhou no rio, pois Tífon odiava água, e transformou a parte submersa de seu corpo em peixe para se locomover, enquanto a outra metade continuou assemelhada ao corpo de uma cabra. Zeus considerou uma estratégia muito esperta e, como homenagem, transformou Pã na constelação de Capricórnio.
Aquário
Ganimedes era um jovem de extrema beleza, filho dos reis de Tróia. Um dia quando pastoreava o rebanho de seu pai, Zeus o avistou e se apaixonou por ele, se transformou em águia, o raptou e o levou até o monte Olimpo para servir-lhe como copeiro e aguadeiro, o "garçom" dos deuses, substituindo a jovem Hebe que teve esta missão, porém um dia caiu e derramou a bebida sagrada dos deuses, e foi mandada embora. Zeus botou o seu amado nas estrelas, afinal, é Ganimedes quem simboliza o signo de Aquário com uma jarra derramando água, o fiel servidor dos deuses.
Peixes
Afrodite, deusa do amor, e seu filho Eros (o Cupido) teriam se transformado em peixes para escapar do titã Tifon, que não suportava a água. Atena, deusa grega da sabedoria, criou a constelação para lembrar a fuga.
As belas ilustrações do post são do artista japonês Kagaya Yutaka
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