AS CIGANAS
Todo espírito é meio-cigano!
Ao longo das muitas vidas, viaja muito.
Uma hora, é mulher; outra hora, homem... Eternamente viajando...
Quantas vezes dançou em volta de fogueiras?
Quantas vezes teve seu sono embalado pelos pais, enquanto ouvia
histórias sobre heróis e fadas?
Quantas vezes amou, brigou e entrou e saiu de corpos transitórios?
Quantos parceiros já teve?
Que riqueza é a reencarnação!
Poder ser homem ou mulher; alto ou baixo; branco ou negro; amarelo
ou vermelho; gordo ou magro. Tudo é possível!
A riqueza está na mudança, na possibilidade de ir e vir, sempre...
O espírito é o mesmo, mas a roupagem muda, como deve ser.
Os milênios passam, as vidas se sucedem, e as danças mudam!
Quem não aceita a reencarnação, é porque quer tudo igual, sempre formatado
de acordo com a própria intransigência.
No entanto, o idoso de hoje será a criança do futuro. E a criança de agora é
o velho de outrora! Atrás do véu dos sentidos e dos corpos, o mesmo espírito
Nos olhos - azuis, verdes, castanhos, claros ou negros -, o mesmo brilho do
eterno. Que maravilha, poder ser tudo, de todos os jeitos!
Poder aprender bastante, sendo muitos! E, ao mesmo tempo, sendo o mesmo!
Todo espírito é meio-cigano, pois viaja muito...
E dança em volta das fogueiras do infinito.
E a Mãe Divina - ou Pai Divino, se quiserem -, dança junto, dentro de cada
ser.
A vida jamais será do jeito que os homens desejam.
Cada dança é diferente das outras; cada momento é uma dádiva; cada vida, uma
grandeza! Mudam as vestimentas e os costumes.
Contudo, o dançarino é o mesmo pois é eterno!
Que todas as danças sejam lindas!
Que os dançarinos sejam muito felizes!
Comemorem a vida, de que jeito ela vier!
Ninguém é marionete!
Cada um é que faz a própria vida.
Cada escolha gera repercussões.
Cada ser é sagrado!
O amanhã é feito dos momentos presentes.
Cada um carrega o futuro dentro de si mesmo;
Suas contradições e, também, seus acertos.
Construção ou destruição?
Bênção ou maldição?
Cada um escolhe como quer ser e viver.
Cada um leva consigo mesmo a energia do que se projeta como
atitude no mundo
Cada um é responsável pelo que pensa e sente!
Cada um faz sua música se propagar nas ondas do mundo.
Na longa fieira das vidas seriadas, quem semear, colherá!
E, neste exato momento, cada um está fazendo o seu amanhã.
Que a semeadura seja linda, para que a colheita seja feliz!
Na vida, no amor e em qualquer coisa, cada um faz o seu próprio caminho.
Chamam isso de causa e efeito!
Mas, as ciganas chamam de liberdade de escolha.
No baralho da vida, cada um joga com as cartas que tem na mão.
Ás ou rei? Valete ou dama? Não importa!
O que vale é saber jogar direito com a mão que se apresenta.
As cartas são da vida e mudam de mão; mas os jogadores são os mesmos;
Só mudam a mesa e as jogadas.
Quem quiser conhecer o seu amanhã, que preste atenção no seu dia de hoje,
pois um é efeito do outro.
Recebido espiritualmente
por Wagner Borges
Ao longo das muitas vidas, viaja muito.
Uma hora, é mulher; outra hora, homem... Eternamente viajando...
Quantas vezes dançou em volta de fogueiras?
Quantas vezes teve seu sono embalado pelos pais, enquanto ouvia
histórias sobre heróis e fadas?
Quantas vezes amou, brigou e entrou e saiu de corpos transitórios?
Quantos parceiros já teve?
Que riqueza é a reencarnação!
Poder ser homem ou mulher; alto ou baixo; branco ou negro; amarelo
ou vermelho; gordo ou magro. Tudo é possível!
A riqueza está na mudança, na possibilidade de ir e vir, sempre...
O espírito é o mesmo, mas a roupagem muda, como deve ser.
Os milênios passam, as vidas se sucedem, e as danças mudam!
Quem não aceita a reencarnação, é porque quer tudo igual, sempre formatado
de acordo com a própria intransigência.
No entanto, o idoso de hoje será a criança do futuro. E a criança de agora é
o velho de outrora! Atrás do véu dos sentidos e dos corpos, o mesmo espírito
Nos olhos - azuis, verdes, castanhos, claros ou negros -, o mesmo brilho do
eterno. Que maravilha, poder ser tudo, de todos os jeitos!
Poder aprender bastante, sendo muitos! E, ao mesmo tempo, sendo o mesmo!
Todo espírito é meio-cigano, pois viaja muito...
E dança em volta das fogueiras do infinito.
E a Mãe Divina - ou Pai Divino, se quiserem -, dança junto, dentro de cada
ser.
A vida jamais será do jeito que os homens desejam.
Cada dança é diferente das outras; cada momento é uma dádiva; cada vida, uma
grandeza! Mudam as vestimentas e os costumes.
Contudo, o dançarino é o mesmo pois é eterno!
Que todas as danças sejam lindas!
Que os dançarinos sejam muito felizes!
Comemorem a vida, de que jeito ela vier!
Ninguém é marionete!
Cada um é que faz a própria vida.
Cada escolha gera repercussões.
Cada ser é sagrado!
O amanhã é feito dos momentos presentes.
Cada um carrega o futuro dentro de si mesmo;
Suas contradições e, também, seus acertos.
Construção ou destruição?
Bênção ou maldição?
Cada um escolhe como quer ser e viver.
Cada um leva consigo mesmo a energia do que se projeta como
atitude no mundo
Cada um é responsável pelo que pensa e sente!
Cada um faz sua música se propagar nas ondas do mundo.
Na longa fieira das vidas seriadas, quem semear, colherá!
E, neste exato momento, cada um está fazendo o seu amanhã.
Que a semeadura seja linda, para que a colheita seja feliz!
Na vida, no amor e em qualquer coisa, cada um faz o seu próprio caminho.
Chamam isso de causa e efeito!
Mas, as ciganas chamam de liberdade de escolha.
No baralho da vida, cada um joga com as cartas que tem na mão.
Ás ou rei? Valete ou dama? Não importa!
O que vale é saber jogar direito com a mão que se apresenta.
As cartas são da vida e mudam de mão; mas os jogadores são os mesmos;
Só mudam a mesa e as jogadas.
Quem quiser conhecer o seu amanhã, que preste atenção no seu dia de hoje,
pois um é efeito do outro.
Recebido espiritualmente
por Wagner Borges
QUANDO MORRE UM CIGANO
Os ciganos que morriam eram sempre homenageados e enterrados
próximos aos acampamentos.
Aos mortos ciganos exige-se um culto, razão especial do respeito aos seus pares e antepassados, que na ótica de seu povo sempre se manterão ao seu lado, apenas deixando o corpo e permanecendo a alma em defesa e amor aos ciganos.
Tanto que, ao morto cigano, existe a tradição de ser venerado.
Assim, nas datas em que se comemoram o sétimo dia, o quadragésimo dia, seis meses e um ano do falecimento de um cigano, são preparadas comidas em sua homenagem e ele tem o seu lugar reservado à mesa.
Muitos dos antigos, levavam comidas ao cemitério e comiam no local onde se encontrava o antepassado, na lápide.
E no momento em que estavam comento, ofertavam um dos pratos a algum gadje, como forma de homenageá-lo.
Os tipos de comidas eram: frangos, maçã, mortadela frita e alguns tipos de pães doce.
Não se deixava ossos nem sobras de comida, para que nenhum animal os consumisse.
POMANA significa lembrar, em memória de...
E usamos a palavra TALIERTÔ para referenciar- se in memoriam de algum ente querido e amado.
Atualmente , as cerimônias da pomana são realizadas em casa e dependendo da religião da familia, solicita-se missas tanto nas igrejas católicas como nas ortodoxas e outras.
Quanto às comidas, são normalmente feitas nos moldes antigos. Dependendo dos clãs e familias serão os tipos de comidas a ser oferecidos a alguém, como reverência e ritual.
E quando completar um ano do funeral, é preparada a comida que o familiar falecido mais apreciava e o sue lugar à mesa é preservado, como se ele ali estivesse, comendo e participando daquele momento, com naturalidade, em sua homenagem.
Esse é um momento de grande respeito e amor, que não é possivel extrair seus segredos e tradições, por se tratar de um ritual de elevada estima e amor.
Os costumes são encontrados ainda: contudo, o que nos importa é a auto-estima e a admiração aos que se foram do plano da carna e se mantêm em espirito.
Dessa forma, avalia-se com facilidade as dificuldades da união entre os ciganos e os
não ciganos, por causa da inexistencia de um passado especial na vida de cada um.
Todavia, o tempo traz consigo em qualquer classe, povo ou sociedade, o instrumento da variedade de costumes e a tendência natural da mistura entre os povos, grupos e sociedades em geral, devendo-se esperar que a tradição perpetue-se na medida de sua rara beleza e importancia, nos padrões de esforços que o tempo não vence e não venceu até os nossos dias, devendo ser respeitado em toda a sua extensão.
do livro:
ROM-UM POVO SEM FRONTEIRAS
autor : Nelson Pires Filho
próximos aos acampamentos.
Aos mortos ciganos exige-se um culto, razão especial do respeito aos seus pares e antepassados, que na ótica de seu povo sempre se manterão ao seu lado, apenas deixando o corpo e permanecendo a alma em defesa e amor aos ciganos.
Tanto que, ao morto cigano, existe a tradição de ser venerado.
Assim, nas datas em que se comemoram o sétimo dia, o quadragésimo dia, seis meses e um ano do falecimento de um cigano, são preparadas comidas em sua homenagem e ele tem o seu lugar reservado à mesa.
Muitos dos antigos, levavam comidas ao cemitério e comiam no local onde se encontrava o antepassado, na lápide.
E no momento em que estavam comento, ofertavam um dos pratos a algum gadje, como forma de homenageá-lo.
Os tipos de comidas eram: frangos, maçã, mortadela frita e alguns tipos de pães doce.
Não se deixava ossos nem sobras de comida, para que nenhum animal os consumisse.
POMANA significa lembrar, em memória de...
E usamos a palavra TALIERTÔ para referenciar- se in memoriam de algum ente querido e amado.
Atualmente , as cerimônias da pomana são realizadas em casa e dependendo da religião da familia, solicita-se missas tanto nas igrejas católicas como nas ortodoxas e outras.
Quanto às comidas, são normalmente feitas nos moldes antigos. Dependendo dos clãs e familias serão os tipos de comidas a ser oferecidos a alguém, como reverência e ritual.
E quando completar um ano do funeral, é preparada a comida que o familiar falecido mais apreciava e o sue lugar à mesa é preservado, como se ele ali estivesse, comendo e participando daquele momento, com naturalidade, em sua homenagem.
Esse é um momento de grande respeito e amor, que não é possivel extrair seus segredos e tradições, por se tratar de um ritual de elevada estima e amor.
Os costumes são encontrados ainda: contudo, o que nos importa é a auto-estima e a admiração aos que se foram do plano da carna e se mantêm em espirito.
Dessa forma, avalia-se com facilidade as dificuldades da união entre os ciganos e os
não ciganos, por causa da inexistencia de um passado especial na vida de cada um.
Todavia, o tempo traz consigo em qualquer classe, povo ou sociedade, o instrumento da variedade de costumes e a tendência natural da mistura entre os povos, grupos e sociedades em geral, devendo-se esperar que a tradição perpetue-se na medida de sua rara beleza e importancia, nos padrões de esforços que o tempo não vence e não venceu até os nossos dias, devendo ser respeitado em toda a sua extensão.
do livro:
ROM-UM POVO SEM FRONTEIRAS
autor : Nelson Pires Filho
CIGANA ROSITA
Esta cigana é de origem indiana, embora tenha vivido durante toda a sua vida entre França e principalmente na Espanha, local de nacionalidade de seu pai. De pele clara e cabelos muito negros, era de beleza impar.
Tendo veia muito artística logo se enveredou pelos caminhos da arte da dança. Uma dança sem par, misturando passos do tradicional katac indiano, danças mouras marroquinas e o tradicional flamenco espanhol.
Fazendo uma dança cigana cheia de movimentos, sapateados e véus, hipnotizadora e avassaladora. Logo que chegou a idade em que se desperta desejo aos homens, ela foi proibida de dançar em publico de gadjos, como fazia nas praças espanholas.
Como num prenuncio de que algo poderia acontecer. Assim foi.
Um dia em kumpania em orla espanhola, num lugarejo distante, dançava na praia para a luz da lua, quando um gadjo olhava e se encantava com os movimentos suaves que Rosita para a lua. Este homem ficou tão inebriado que passou a ir todas as noites na esperança de vê-la dançar. Ficava cada dia mais apaixonado por esta linda mulher que carregava a meninice dentro dela, dentro daquele corpo de mulher e alma de bailarina.
Um dia tomado de paixão, se aproximou e ela assustada fugiu. Ele ficou chateado, mas voltou em outro dia. E quando ela ia correr, ele a tomou pelo braço e impensadamente a beijou.
Ela sem saber porque correspondeu apaixonadamente. Ao se afastarem ele disse que a amava profundamente sem saber porque, mas sentia pulsar este sentimento com fosse o sangue das veias, como se fosse este amor, o combustível da vida. Ela sentia igual, mas era prometida e nada poderia fazer. Disse que ele se afastasse, que fosse embora.
Ele prometeu segui-la aonde quer que fosse, somente para vê-la.
Nisto se aproxima seu noivo e futuro dono de sua vida, ao perceber o ar enamorados deles, a arrastou violentamente e disse:
-Rosita, tu sabes que és minha, não sei o que aconteceu entre você e aquele homem, mas saibas que mesmo sem saber eu vou mata-lo.
Rosita ficou muito apreensiva e nada disse, não naquela hora, mas pelo susto, nada podia dizer. E assim foi, depois de algumas semanas quando o homem foi apreciar a linda dança da cigana prometida, seu noivo estava a espreita e logo num golpe de facas mortal o matou. Rosita de resignou ao saber, sofria calada, mas disse ao noivo quando este contou:
Sabes que estava errado e que eu nunca tive nada com aquele homem, mas apesar disso eu o amei, porque ele me deixava ser livre.
Eu serei tua prisioneira, mas o meu amor, o meu coração, tu nunca terás. E assim casou, teve filhos, mas só nos momentos de sua dança solitária se sentia liberta e amada pelo homem que morrera por sua causa, sem mesmo ter tido os desejados momentos de paixão com ela. O marido lhe proporcionava uma vida satisfatória em termos materiais, mas também não conseguia perdoar o fato de ela não lhe amar.
Sendo assim ela viveu para seus filhos e para sua arte, encantava a todos com o coração sangrando. Ela acabou falecendo de tristeza e desamor que havia dentro de sua casa.
No astral ela é mestra em fazer com que os amores verdadeiros venham poder se realizar, realiza feitiços enquanto dança e harmoniza a aura das pessoas. Em sua dança diferente consola os aflitos, as amigas, as mulheres e as mães.
Rosita que foi prisioneira durante toda a sua vida, faz com que as pessoas gozem a liberdade com seus sábios conselhos, com suas sabias mãos.
Seus olhos misteriosos, traduzem tudo, muitas vezes sem palavras, é amorosa, gentil, bonita, seu ditado favorito é:
- Eu fui prisioneira da vaidade e do desejo, hoje sou prisioneira da liberdade do amor.
Ela realiza feitiços que libertam os amores impossíveis, trazendo o entendimento para todos.
Tendo veia muito artística logo se enveredou pelos caminhos da arte da dança. Uma dança sem par, misturando passos do tradicional katac indiano, danças mouras marroquinas e o tradicional flamenco espanhol.
Fazendo uma dança cigana cheia de movimentos, sapateados e véus, hipnotizadora e avassaladora. Logo que chegou a idade em que se desperta desejo aos homens, ela foi proibida de dançar em publico de gadjos, como fazia nas praças espanholas.
Como num prenuncio de que algo poderia acontecer. Assim foi.
Um dia em kumpania em orla espanhola, num lugarejo distante, dançava na praia para a luz da lua, quando um gadjo olhava e se encantava com os movimentos suaves que Rosita para a lua. Este homem ficou tão inebriado que passou a ir todas as noites na esperança de vê-la dançar. Ficava cada dia mais apaixonado por esta linda mulher que carregava a meninice dentro dela, dentro daquele corpo de mulher e alma de bailarina.
Um dia tomado de paixão, se aproximou e ela assustada fugiu. Ele ficou chateado, mas voltou em outro dia. E quando ela ia correr, ele a tomou pelo braço e impensadamente a beijou.
Ela sem saber porque correspondeu apaixonadamente. Ao se afastarem ele disse que a amava profundamente sem saber porque, mas sentia pulsar este sentimento com fosse o sangue das veias, como se fosse este amor, o combustível da vida. Ela sentia igual, mas era prometida e nada poderia fazer. Disse que ele se afastasse, que fosse embora.
Ele prometeu segui-la aonde quer que fosse, somente para vê-la.
Nisto se aproxima seu noivo e futuro dono de sua vida, ao perceber o ar enamorados deles, a arrastou violentamente e disse:
-Rosita, tu sabes que és minha, não sei o que aconteceu entre você e aquele homem, mas saibas que mesmo sem saber eu vou mata-lo.
Rosita ficou muito apreensiva e nada disse, não naquela hora, mas pelo susto, nada podia dizer. E assim foi, depois de algumas semanas quando o homem foi apreciar a linda dança da cigana prometida, seu noivo estava a espreita e logo num golpe de facas mortal o matou. Rosita de resignou ao saber, sofria calada, mas disse ao noivo quando este contou:
Sabes que estava errado e que eu nunca tive nada com aquele homem, mas apesar disso eu o amei, porque ele me deixava ser livre.
Eu serei tua prisioneira, mas o meu amor, o meu coração, tu nunca terás. E assim casou, teve filhos, mas só nos momentos de sua dança solitária se sentia liberta e amada pelo homem que morrera por sua causa, sem mesmo ter tido os desejados momentos de paixão com ela. O marido lhe proporcionava uma vida satisfatória em termos materiais, mas também não conseguia perdoar o fato de ela não lhe amar.
Sendo assim ela viveu para seus filhos e para sua arte, encantava a todos com o coração sangrando. Ela acabou falecendo de tristeza e desamor que havia dentro de sua casa.
No astral ela é mestra em fazer com que os amores verdadeiros venham poder se realizar, realiza feitiços enquanto dança e harmoniza a aura das pessoas. Em sua dança diferente consola os aflitos, as amigas, as mulheres e as mães.
Rosita que foi prisioneira durante toda a sua vida, faz com que as pessoas gozem a liberdade com seus sábios conselhos, com suas sabias mãos.
Seus olhos misteriosos, traduzem tudo, muitas vezes sem palavras, é amorosa, gentil, bonita, seu ditado favorito é:
- Eu fui prisioneira da vaidade e do desejo, hoje sou prisioneira da liberdade do amor.
Ela realiza feitiços que libertam os amores impossíveis, trazendo o entendimento para todos.
OS ORÁCULOS E OS CIGANOS
Os ciganos têm a tradição de ler a sorte. Para isso usam seus dons e os aprendizados que foram passados pela oralidade de geração a geração.
A quiromancia (leitura das linhas das mãos) é habitual das mulheres ciganas, sendo aprendida desde criança. Usam também a cartomancia e podemos ver ciganos utilizando objetos simples do cotidiano que podem ser levados a qualquer local.
Outros oráculos utilizados pelos ciganos:
> Piromancia: leitura da sorte na chama da vela.
> Dadomancia: leitura da sorte nos dados.
> Acutomancia: previsões por meio de agulhas.
> Jogo de sementes: alguns ciganos homens costumam fazer analises por meio de caroços de frutas.
> Bola de cristal: utilizada geralmente por mulheres como clarividência. Elas se concentram e conseguem visualizar imagens do presente e futuro na bola de cristal.
> Cafeomancia: análise da borra de café.
> Jogo das patacas: jogado por homens e mulheres que utilizam as moedas como meio de prever e orientar.
> Cristalomancia: adivinhação por pedras preciosas (cristais).
> Ceromancia: análise feita por meio de cera quente, pingada sobre uma superfície seca ou com água.
A quiromancia (leitura das linhas das mãos) é habitual das mulheres ciganas, sendo aprendida desde criança. Usam também a cartomancia e podemos ver ciganos utilizando objetos simples do cotidiano que podem ser levados a qualquer local.
Outros oráculos utilizados pelos ciganos:
> Piromancia: leitura da sorte na chama da vela.
> Dadomancia: leitura da sorte nos dados.
> Acutomancia: previsões por meio de agulhas.
> Jogo de sementes: alguns ciganos homens costumam fazer analises por meio de caroços de frutas.
> Bola de cristal: utilizada geralmente por mulheres como clarividência. Elas se concentram e conseguem visualizar imagens do presente e futuro na bola de cristal.
> Cafeomancia: análise da borra de café.
> Jogo das patacas: jogado por homens e mulheres que utilizam as moedas como meio de prever e orientar.
> Cristalomancia: adivinhação por pedras preciosas (cristais).
> Ceromancia: análise feita por meio de cera quente, pingada sobre uma superfície seca ou com água.
COSTUMES CIGANOS
Os ciganos não representam um povo compacto e homogêneo, mesmo
pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fracionada no tempo, e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialetos diferentes.
As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente.
Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram.
Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. Sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua origem.
Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de vários grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns aspectos principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao menos em linhas gerais.
Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos.
No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas.
A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e conseqüente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores.
No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o trailer) e os objetos pertencentes ao defunto.
Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.
pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fracionada no tempo, e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialetos diferentes.
As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente.
Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram.
Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. Sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua origem.
Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de vários grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns aspectos principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao menos em linhas gerais.
Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos.
No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas.
A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e conseqüente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores.
No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o trailer) e os objetos pertencentes ao defunto.
Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.
O INCENSO NAS FALANGES CIGANAS
Alguns dos incensos e suas funções astrais:
• MADEIRA: para abrir os caminhos
• ALMISCAR: para favorecer os romances
• JASMIM: para o amor
• LOTUS: paz, tranqüilidade
• BENJOIM: para proteção e limpeza
• SANDALO: para estabelecer relação com o astral
• MIRRA: incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles e também usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço.
• LARANJA: para acalmar alguém ou ambiente.
Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia como fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser utilizado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso é um expediente sagrado e tem sido usado em rituais sagrados de toda espécie desde que o homem é homem.
Mantém um poder grande de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançando uma egrégora qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais, negativo e positivo, tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende.
É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem utilizados.
Pode parecer simples e de nenhuma gravidade, bem como aconselhado em outras egregoras como de bom agouro e condutor de sorte, limpeza e bom astral, em algumas vezes até como calmante ou nivelação energética de ambientes, contudo, seu uso como tudo no mundo deve ser feito com o critério necessário e mantida a relação correta com o que e quem se pretende atingir, na sua ardência e utilização, sem contar com as preferencias milenares já existentes em alguns casos, no mundo imaterial por uma avalanche de viventes e energias de tipos diversos.
O uso inadvertido ou pouco conhecido de determinados instrumentos destinados, regra geral a rituais, consagrações e outros tantos motivos, não é aconselhável. Fato que nos leva à necessidade de orientação, pesquisa e instrução à respeito. As coisas que por vezes nos parecem muito simples e que por qualquer motivo nos faz um aparente bem, mas que não esteja dentro de nosso domínio de conhecimento, requer maior atenção e aprendizado.
Quando se tratar de espírito cigano, com certeza ele indicará o incenso de sua preferencia ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar devera sempre ser o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento sugere-se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo de louvação espiritual.
Quando se pretender que alguma coisa , objeto ou ambiente seja bem energizado, ou mesmo se tratar de alguma consagração de algum instrumento utilizado por eles, e for feito sem a participação efetiva do cigano ou cigana e com a devida autorização, pode-se usar o incenso de ópio ou mesmo sândalo, se nenhum foi indicado. É interessante que se tenha sempre a mão esses incensos, no caso de algum cigano pedir para exercer qualquer vibração de energização em algum objeto qualquer que deseje dar ou mesmo prepara para alguém.
Os incensos e seus ingredientes específicos limpam, harmonizam, preparam e ajudam nos rituais mágicos elevando nossas preces ou pedidos ao plano superior.
A seguir, uma pequena tabela sugerindo incensos e suas finalidades:
Limpeza: Arruda, alecrim, palha de alho, guiné, benjoim, alfazema,mirra e cânfora.
Espiritualidade: Mirra, benjoim, rosas, violeta.
Calma: Alecrim, maçã, jasmim, cânfora, cipreste.
Energia: Canela, cravo, almíscar, folhas de louro.
Estudos: Alfazema, rosas, jasmim, lótus, hortelã, menta.
Meditação: Mirra, rosas, verbena, violeta, benjoim, sândalo.
Amor: Almíscar, rosas, ópium, sândalo, cravo, canela, absinto.
Afrodisíaco: madeira, patchouli.
Dinheiro: Âmbar.
Para atrair mais dinheiro, bons negócios, clientes e fartura, incensar a casa ou ambiente de trabalho com uma mistura de pó de café, açúcar e folhas de louro. Isto poderá ser feito em um recipiente improvisado, desde que seguro, ou poderá ser feito em um recipiente especial vendido em lojas de artigos religiosos.
• MADEIRA: para abrir os caminhos
• ALMISCAR: para favorecer os romances
• JASMIM: para o amor
• LOTUS: paz, tranqüilidade
• BENJOIM: para proteção e limpeza
• SANDALO: para estabelecer relação com o astral
• MIRRA: incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles e também usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço.
• LARANJA: para acalmar alguém ou ambiente.
Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia como fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser utilizado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso é um expediente sagrado e tem sido usado em rituais sagrados de toda espécie desde que o homem é homem.
Mantém um poder grande de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançando uma egrégora qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais, negativo e positivo, tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende.
É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem utilizados.
Pode parecer simples e de nenhuma gravidade, bem como aconselhado em outras egregoras como de bom agouro e condutor de sorte, limpeza e bom astral, em algumas vezes até como calmante ou nivelação energética de ambientes, contudo, seu uso como tudo no mundo deve ser feito com o critério necessário e mantida a relação correta com o que e quem se pretende atingir, na sua ardência e utilização, sem contar com as preferencias milenares já existentes em alguns casos, no mundo imaterial por uma avalanche de viventes e energias de tipos diversos.
O uso inadvertido ou pouco conhecido de determinados instrumentos destinados, regra geral a rituais, consagrações e outros tantos motivos, não é aconselhável. Fato que nos leva à necessidade de orientação, pesquisa e instrução à respeito. As coisas que por vezes nos parecem muito simples e que por qualquer motivo nos faz um aparente bem, mas que não esteja dentro de nosso domínio de conhecimento, requer maior atenção e aprendizado.
Quando se tratar de espírito cigano, com certeza ele indicará o incenso de sua preferencia ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar devera sempre ser o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento sugere-se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo de louvação espiritual.
Quando se pretender que alguma coisa , objeto ou ambiente seja bem energizado, ou mesmo se tratar de alguma consagração de algum instrumento utilizado por eles, e for feito sem a participação efetiva do cigano ou cigana e com a devida autorização, pode-se usar o incenso de ópio ou mesmo sândalo, se nenhum foi indicado. É interessante que se tenha sempre a mão esses incensos, no caso de algum cigano pedir para exercer qualquer vibração de energização em algum objeto qualquer que deseje dar ou mesmo prepara para alguém.
Os incensos e seus ingredientes específicos limpam, harmonizam, preparam e ajudam nos rituais mágicos elevando nossas preces ou pedidos ao plano superior.
A seguir, uma pequena tabela sugerindo incensos e suas finalidades:
Limpeza: Arruda, alecrim, palha de alho, guiné, benjoim, alfazema,mirra e cânfora.
Espiritualidade: Mirra, benjoim, rosas, violeta.
Calma: Alecrim, maçã, jasmim, cânfora, cipreste.
Energia: Canela, cravo, almíscar, folhas de louro.
Estudos: Alfazema, rosas, jasmim, lótus, hortelã, menta.
Meditação: Mirra, rosas, verbena, violeta, benjoim, sândalo.
Amor: Almíscar, rosas, ópium, sândalo, cravo, canela, absinto.
Afrodisíaco: madeira, patchouli.
Dinheiro: Âmbar.
Para atrair mais dinheiro, bons negócios, clientes e fartura, incensar a casa ou ambiente de trabalho com uma mistura de pó de café, açúcar e folhas de louro. Isto poderá ser feito em um recipiente improvisado, desde que seguro, ou poderá ser feito em um recipiente especial vendido em lojas de artigos religiosos.
RITUAIS CIGANOS
Para os ciganos, uma criança que nasce é uma esperança de conti-
nuidade da cultura cigana. A união entre duas pessoas representa o fortale-
cimento dos vínculos de amizade contra o mundo dos gadjés (não -ciga-
nos). Finalmente, cada velho que morre leva junto parte das tradições.
O nascimento, o casamento e a morte são, para os ciganos, as coisas
mais importantes da vida, fazendo desses acontecimentos grandes rituais,
onde não existe um calendário cíclico, mas sim o ano em que alguém nas-
ceu, casou ou morreu.
NASCIMENTO CIGANO
Motivo de festa. Além de dar continuidade às tradições ciganas,a
vida do pai muda, ganhando autoridade, responsabilidade e privilégios
iguais aos de qualquer adulto casado. Já a mulher, deixa de ser bori(nora)
e passa a ser mãe, o que dá mais autoridade à figura feminina.
Para comemorar, uma festa de dois ou três dias.
O batismo pode ser em uma ou mais religiões mas, o verdadeiro
batismo cigano é o nome, este sim deve ser planejado.
O ritual tem início na primeira mamada, quando a mãe sopra o
nome no ouvido da criança, sendo esse o primeiro nome que só será reve-
lado no dia do casamento. O segundo nome é dado durante a festa, para ser
conhecido somente pelos gadjés.
CASAMENTO CIGANO
Ao contrário do que se pensa, a sensualidade cigana de nada vale no
seu casamento. Na formação dos pares, o romantismo dá lugar à critérios
mais objetivos como a capacidade da noiva em ganhar dinheiro. A escolha
do par pertence ao pai, podendo também ser feita pelos filhos, que dificil-
mente o fazem em respeito ao mais velho. Nesse momento não há infideli-
dade, poligamia e nem homossexualismo. Agora quanto ao ritual, há vari-
ações de tribo para tribo, podendo o noivado durar de alguns dias a meses.
O pedido é feito à família da noiva pelo pai do pretendente que tam-
bém combina o valor do dote que será pago pela perda da moça. Já entre os
sintos, os noivos arquitetam uma fuga e mais tarde pedem aos pais que
reconheçam a união. Se a família concordar, eles voltam para uma festa de
cinco dias para que o público conheça o novo casal, mas, para essa chega-
da, a noiva recebe dois tapas que simbolizam o perdão. No decorrer da
festa alguém respeitado falará sobre a importância e responsabilidades do
casamento.
Nas demais tribos as festas duram três dias, armando-se duas ten-
das. O primeiro dia de festa é dedicado a preparação da comida, o segundo
à uma reunião na tenda da noiva e a distribuição de flores e, o terceiro dia,
o ponto alto da festa. Acompanhando o pai carregando uma bandeira ver-
melha, o noivo vai à tenda da noiva onde entra forçando a passagem, é
convidado a beber com os pais num dela diálogo pré-estabelecido e, en-
fim, a noiva é erguida em cima da mesa e entregue a ele. Ambos terão as
mãos unidas num lencinho vermelho onde um ancião faz votos de felicidade
Terminada a festa, mais duas cerimônias: a entrega do lenço a ser
usado na cabeça, que é o símbolo da aliança e a prova do lençol, que ao ser
usado entre os noivos, deverá ser apresentado ao público sujo de sangue
para provar a virgindade da moça.
Há também tribos que fogem desses rituais, como os Homs que
casam no ritual ortodoxo e os Caloms, que casam no ritual católico..
MORTE
Para o cigano, a alma de quem morre permanece na terra por mais
quarenta dias lembrando de tudo que lhe fizeram e vingando-se dos inimi-
gos. Para evitar essa ira, todos os parentes procuram manter-se próximos
sempre que há alguém doente na tribo sendo que, por mais que estejam
esperando a morte, quando esta acontece todos gritam, choram e desmai-
am.
O cigano deve morrer segurando uma vela nas mãos para chegar mais
rápido ao céu. Na visita ao morto leva-se licor, flores e velas, moderando a
tristeza pois, logo mais em outra sala, aguarda um banquete onde será
celebrado as alegrias do falecido tentando "alegrá-lo".
nuidade da cultura cigana. A união entre duas pessoas representa o fortale-
cimento dos vínculos de amizade contra o mundo dos gadjés (não -ciga-
nos). Finalmente, cada velho que morre leva junto parte das tradições.
O nascimento, o casamento e a morte são, para os ciganos, as coisas
mais importantes da vida, fazendo desses acontecimentos grandes rituais,
onde não existe um calendário cíclico, mas sim o ano em que alguém nas-
ceu, casou ou morreu.
NASCIMENTO CIGANO
Motivo de festa. Além de dar continuidade às tradições ciganas,a
vida do pai muda, ganhando autoridade, responsabilidade e privilégios
iguais aos de qualquer adulto casado. Já a mulher, deixa de ser bori(nora)
e passa a ser mãe, o que dá mais autoridade à figura feminina.
Para comemorar, uma festa de dois ou três dias.
O batismo pode ser em uma ou mais religiões mas, o verdadeiro
batismo cigano é o nome, este sim deve ser planejado.
O ritual tem início na primeira mamada, quando a mãe sopra o
nome no ouvido da criança, sendo esse o primeiro nome que só será reve-
lado no dia do casamento. O segundo nome é dado durante a festa, para ser
conhecido somente pelos gadjés.
CASAMENTO CIGANO
Ao contrário do que se pensa, a sensualidade cigana de nada vale no
seu casamento. Na formação dos pares, o romantismo dá lugar à critérios
mais objetivos como a capacidade da noiva em ganhar dinheiro. A escolha
do par pertence ao pai, podendo também ser feita pelos filhos, que dificil-
mente o fazem em respeito ao mais velho. Nesse momento não há infideli-
dade, poligamia e nem homossexualismo. Agora quanto ao ritual, há vari-
ações de tribo para tribo, podendo o noivado durar de alguns dias a meses.
O pedido é feito à família da noiva pelo pai do pretendente que tam-
bém combina o valor do dote que será pago pela perda da moça. Já entre os
sintos, os noivos arquitetam uma fuga e mais tarde pedem aos pais que
reconheçam a união. Se a família concordar, eles voltam para uma festa de
cinco dias para que o público conheça o novo casal, mas, para essa chega-
da, a noiva recebe dois tapas que simbolizam o perdão. No decorrer da
festa alguém respeitado falará sobre a importância e responsabilidades do
casamento.
Nas demais tribos as festas duram três dias, armando-se duas ten-
das. O primeiro dia de festa é dedicado a preparação da comida, o segundo
à uma reunião na tenda da noiva e a distribuição de flores e, o terceiro dia,
o ponto alto da festa. Acompanhando o pai carregando uma bandeira ver-
melha, o noivo vai à tenda da noiva onde entra forçando a passagem, é
convidado a beber com os pais num dela diálogo pré-estabelecido e, en-
fim, a noiva é erguida em cima da mesa e entregue a ele. Ambos terão as
mãos unidas num lencinho vermelho onde um ancião faz votos de felicidade
Terminada a festa, mais duas cerimônias: a entrega do lenço a ser
usado na cabeça, que é o símbolo da aliança e a prova do lençol, que ao ser
usado entre os noivos, deverá ser apresentado ao público sujo de sangue
para provar a virgindade da moça.
Há também tribos que fogem desses rituais, como os Homs que
casam no ritual ortodoxo e os Caloms, que casam no ritual católico..
MORTE
Para o cigano, a alma de quem morre permanece na terra por mais
quarenta dias lembrando de tudo que lhe fizeram e vingando-se dos inimi-
gos. Para evitar essa ira, todos os parentes procuram manter-se próximos
sempre que há alguém doente na tribo sendo que, por mais que estejam
esperando a morte, quando esta acontece todos gritam, choram e desmai-
am.
O cigano deve morrer segurando uma vela nas mãos para chegar mais
rápido ao céu. Na visita ao morto leva-se licor, flores e velas, moderando a
tristeza pois, logo mais em outra sala, aguarda um banquete onde será
celebrado as alegrias do falecido tentando "alegrá-lo".
A LIBERDADE VIGIADA DAS MULHERES CIGANAS
A realidade prosaica no dia-a-dia das ciganas desmente a imagem exaltada que dela fazem os gadjé.
Vendedora de ilusões, profetiza de sonhos, leitora da sorte, ela não precisa das cartas para prever o próprio destino.
Na tradição cigana, cabe à mulher o papel de guardiã do patrimônio cultural e transmissora dos valores sociais do grupo.
O homem é símbolo da autoridade e guia. Na prática, isso significou, para a mulher, uma liberdade estritamente vigiada.
A juventude de uma cigana acaba aos 16 anos, idade em que geralmente se casam. Aos 12 anos, muitas famílias preferem tirar as filhas da escola, por temer que elas se percam na má companhia dos gadjé.
A virgindade está entre as primeiras virtudes de uma jovem.
No Brasil, uma noiva cigana virgem pode custar até o preço de um automóvel, em moedas de ouro. Trata-se de uma quantia simbólica, embora este dote constitua um motivo de exaustivas discussões entre os parentes.
Em muitas famílias, são os pais que ainda decidem os casamentos. Alguns consultam a opinião dos filhos, outros não. Entre os jovens, está se tornando cada vez mais comum o costume manouche de casamento por fuga.
Depois de uma semana, o casal retorna ao grupo e passa a viver com a família do marido enquanto os mais velhos decidem o valor do dote. Esse período pode ser difícil para a mulher. Ela só é considerada realmente casada depois do nascimento do primeiro filho.
Como em todos os povos, entre os ciganos nem todos os indivíduos são iguais.
Algumas famílias são ricas, outras pobres. Algumas andam a pé, outras de avião. Carroças puxadas por cavalos são coisas de museu.
Explica-se:
embora ainda sejam considerados pelo menos seminômades, o estilo de vida dos ciganos foi afetado pelo progresso do mundo gadjé.
Hoje viajam em caravanas de carros modernos, caminhões e trailers.
Vendedora de ilusões, profetiza de sonhos, leitora da sorte, ela não precisa das cartas para prever o próprio destino.
Na tradição cigana, cabe à mulher o papel de guardiã do patrimônio cultural e transmissora dos valores sociais do grupo.
O homem é símbolo da autoridade e guia. Na prática, isso significou, para a mulher, uma liberdade estritamente vigiada.
A juventude de uma cigana acaba aos 16 anos, idade em que geralmente se casam. Aos 12 anos, muitas famílias preferem tirar as filhas da escola, por temer que elas se percam na má companhia dos gadjé.
A virgindade está entre as primeiras virtudes de uma jovem.
No Brasil, uma noiva cigana virgem pode custar até o preço de um automóvel, em moedas de ouro. Trata-se de uma quantia simbólica, embora este dote constitua um motivo de exaustivas discussões entre os parentes.
Em muitas famílias, são os pais que ainda decidem os casamentos. Alguns consultam a opinião dos filhos, outros não. Entre os jovens, está se tornando cada vez mais comum o costume manouche de casamento por fuga.
Depois de uma semana, o casal retorna ao grupo e passa a viver com a família do marido enquanto os mais velhos decidem o valor do dote. Esse período pode ser difícil para a mulher. Ela só é considerada realmente casada depois do nascimento do primeiro filho.
Como em todos os povos, entre os ciganos nem todos os indivíduos são iguais.
Algumas famílias são ricas, outras pobres. Algumas andam a pé, outras de avião. Carroças puxadas por cavalos são coisas de museu.
Explica-se:
embora ainda sejam considerados pelo menos seminômades, o estilo de vida dos ciganos foi afetado pelo progresso do mundo gadjé.
Hoje viajam em caravanas de carros modernos, caminhões e trailers.
A MUSICA E A DANÇA CIGANA
Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa.
A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana.
A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol.
Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.
Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana.
Liszt e Beethoven buscaram na música cigana inspiração para muitas de suas obras.
Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas.
Há exemplos na literatura, na poesia e na música de Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo.
No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de acompanhamento.
Essa música é repetida várias vezes enquanto as moças ciganas dançam.
A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana.
A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol.
Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.
Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana.
Liszt e Beethoven buscaram na música cigana inspiração para muitas de suas obras.
Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas.
Há exemplos na literatura, na poesia e na música de Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo.
No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de acompanhamento.
Essa música é repetida várias vezes enquanto as moças ciganas dançam.
CIGANA SARITA
“...Ela conheceu muito de Deus, mesmo não sabendo o que é fé, no entanto, ela amou!
Um dia em Andaluzia, havia um cigano; o nome dele era Omar, tinha seus músculos muito fortes, seu rosto marcado por uma certa dureza, mas ninguém sabia fazer sinos como aquele cigano.
Ele trabalhava o bronze, de tal forma, que era capaz de extrair sonoridades de sinos muito pequenos ou gigantescos e vinha, de longe, o clero, para encomendar sinos para Omar, o sineiro cigano.
Omar vivia com seu bando radicado em Andaluzia e tinha todos eles amigos gratos, porque o dinheiro que ele recebia do clero, e ele cobrava regiamente, como eles cobravam suas missas, seus batizados.
Ele repartia com todos os ciganos, não deixando faltar nada, e era amado por todos.
Mas desde que o sol nascia até o anoitecer, o barulho insistente dele trabalhando o bronze era ouvido e respeitado, mas havia uma jovenzinha cigana, que ele tinha por ela um especial carinho, seu nome era Sarita.
Ela sempre estava por ali a rondar Omar e falava para ele:
Porque você faz sinos?
Porque dizem que os sinos chamam as pessoas para Deus, para mim, sino é sino, é um instrumento que emite som. Mas eu prefiro o banjo..
E Sarita ria, dizendo:
Eu prefiro o bandônion
É? Tem muita gente aqui que não gosta de barulho, mas não reclama, porque você ajuda a todos nós.
Sarita, você é esperta demais, ele suportam meu barulho porque são preguiçosos e não querem trabalhar, porque eu trabalho sem cessar. Ele falava
E Sarita olhava Omar e desde quando ela era pequena o rosto dele era o mesmo, não mudava, parecia passar o tempo, seus cabelos ainda eram negros.
Omar não envelhece diazia a sua mãe. Ele trabalha e trabalha com alegria.
E ela continuava a perguntar, pois ela tinha uma curiosidade enorme:
Omar o que que os padres fazem com os sinos?
Chamam as pessoas para as missas....
E o que eles fazem nas missas?
Dizem que rezam, rezam para Deus.
Só isso?!
Não! Eles também batem os sinos quando as pessoas morrem.
Quando as pessoas morrem?!
É! E quando fazem festas dos santos também batem os sinos.
Ué! Então eles batem os sinos para tudo? Eles compram tantos sinos, veio um padre aqui e comprou seis sinos do mesmo tamanho, você ficou trabalhando tanto tempo; um sino só não chegava?
Aquele padre queria um carrilhão, foi o que eu fiz, seis sinos que tocam de uma vez só!
Ai! Mas que barulhão Omar! Será que Deus só escuta quando bate o sino?
Não! Deus escuta àqueles que choram, Deus escuta àqueles que sabem sorrir, Deus escuta àqueles que dançam, Deus escuta àqueles que trabalham, não é preciso bater o sino para que Deus nos escute, guarde isso Sarita com você.
Você não podia fazer um sino para mim?
Vou fazer um sino bem pequenino e vou colocar nele dois corações: o meu e o seu ele falou.
Ela ficou toda feliz!..
Ele parou com todas as encomendas e não se ouviu no bando aquele barulhão infernal, que na verdade, era celestial, e foi fazer naquele dia o sino para sua pequena Sarita.
Quando eu vou tocar o sino, Omar? Falou Sarita.
Quando você quiser! Toque quando você quiser! Se você quiser falar com Deus, toque o sino, se você estiver alegre, toque o sino, se você estiver triste, toque o sino.
Ah! Eu queria muito... muito... ver o seu carrilhão tocar numa igreja.
Quando eu for ao centro de Andaluzia, vou te levar a uma igreja para você ver de longe onde ficam os sinos que eu faço.
E assim ele fez: levando Sarita pela mão, comprou para as jovens gitanas muitas águas de cheiro e mostrou para ela a igreja.
Esperaram chegar as dezoito horas, chegariam um pouco tarde no bando, lá no acampamento, mas ela teve a alegria de ouvir o sino tocar.
Que barulho! Disse ela.
As pessoas iam chegando, carruagens iam parando e todos olhavam para ela e para aquele homem, vestido apenas com uma minúscula jaqueta de couro.
Omar, olha o rosto dessas pessoas, olha que cara feia eles têm, as mulheres são bonitas, mas olham com a cara tão feia!
Será que Deus vai gostar?!.. falou ela.
Sarita, não sei, de Deus entendo pouco, de sinos entendo muito, não sei! Pode, às vezes, atrás de uma cara feia, ter uma grande dor e pode, às vezes, atrás de um sorriso, ter um mar de pranto, são coisas da vida e você é muito pequena para entender de viver. Vamos voltar?
E ela, com a sua saia rodada, foi saltitante pelas ruas, dando rodas, sendo olhada pelas pessoas do povo, porque na igreja só podiam entrar luxuosamente vestidos. Ela pegou a carroça e foi cheia de felicidade contar as coisas que tinha visto. Era uma gitana Andaluz.
Para baixo e para cima ela andava com o sino na mão, olhando para o céu pensando:
“Onde será que Deus se esconde?! Como será a face de Deus? O que será que tem dentro das igejas? Porque Deus só escuta, quando é chamado com os sinos?...”E ela batia o seu sininho todo o dia e olhava para fora de sua barraca dizendo:
Será que Deus me escutou?...
Um dia Omar começou o seu trabalho e já eram duas horas da tarde, o sol já tinha se posto a pino e já estava dobrando no firmamento e Sarita não chegou e ele foi até a tenda e perguntou:
Cadê Sarita?
Queima em febre, não sei o que fazer! Disse a mãe dela.
Tem que fazer alguma coisa1.. falou ele
Já dei todas as nossas ervas, a febre não cessa e não é só a febre, ela delira e já não tem mais, no seu corpo que definha, qualquer líquido. Ela toma e vomita.
Ele colocou-a numa manta e falou:
Vou procurar um doutor.
Chegou no centro onde os doutores atendiam, bem surtido com uma sacola de couro com moedas de ouro e pediu a um doutor que olhasse a pequena Sarita.
O que ela tem? Disse o médico.
Febre!
E explicou as reações orgânicas da menina, os problemas de vômitos intestinais.
Vocês vão ter a peste onde vocês moram. Ela está com cólera, vai durar pouco tempo; seu corpo é muito jovem para agüentar, disse ele.
Mas não é possível doutor!
Vá! Vá! E leve a menina, leve-a, não queremos saber de nenhum cigano no centro da cidade, já vou comunicar às autoridades para que vocês fiquem de quarentena, até morrer o último dos ciganos.
Ele voltou com Sarita. Velou três sois e três noites e ela morreu...
Arranjara um local, porque eram obrigados a pôr fogo no corpo dos ciganos que morriam, mas ele arranjou um lugar, enterrou aquele corpinho e enquanto eles carregavam Sarita ele ia à frente batendo o sininho que ele fez.
Como nos campanários, com dois pedaços de bronze e um suporte, um lugar para dependurar o sino.
Ficou dois dias plantando flores, qualquer flor que encontrasse, ele levava para aquele lugar e enfeitava de flores e quando o vento batia... o vento que não tem preconceito, o vento que não escolhe por onde passar e passa sem medo em qualquer lugar, que não vê raça, que não vê guerra nem paz, o vento de Deus, batia o sininho que cimbalava:
“adeus Sarita! Adeus Sarita!”
Mais cinco pessoas da mesma família de Sarita partiram, mas, como se esperava, não houve um grande surto de cólera, porque Omar, além de ser um grande sineiro, era um homem observador, experiente e vivido e isolou as pessoas e tratou aqueles que estavam com cólera e seu corpo forte como bronze não se contaminou e o vento tocava o sininho:
Adeus Sarita! Adeus Sarita!
Um dia em Andaluzia, havia um cigano; o nome dele era Omar, tinha seus músculos muito fortes, seu rosto marcado por uma certa dureza, mas ninguém sabia fazer sinos como aquele cigano.
Ele trabalhava o bronze, de tal forma, que era capaz de extrair sonoridades de sinos muito pequenos ou gigantescos e vinha, de longe, o clero, para encomendar sinos para Omar, o sineiro cigano.
Omar vivia com seu bando radicado em Andaluzia e tinha todos eles amigos gratos, porque o dinheiro que ele recebia do clero, e ele cobrava regiamente, como eles cobravam suas missas, seus batizados.
Ele repartia com todos os ciganos, não deixando faltar nada, e era amado por todos.
Mas desde que o sol nascia até o anoitecer, o barulho insistente dele trabalhando o bronze era ouvido e respeitado, mas havia uma jovenzinha cigana, que ele tinha por ela um especial carinho, seu nome era Sarita.
Ela sempre estava por ali a rondar Omar e falava para ele:
Porque você faz sinos?
Porque dizem que os sinos chamam as pessoas para Deus, para mim, sino é sino, é um instrumento que emite som. Mas eu prefiro o banjo..
E Sarita ria, dizendo:
Eu prefiro o bandônion
É? Tem muita gente aqui que não gosta de barulho, mas não reclama, porque você ajuda a todos nós.
Sarita, você é esperta demais, ele suportam meu barulho porque são preguiçosos e não querem trabalhar, porque eu trabalho sem cessar. Ele falava
E Sarita olhava Omar e desde quando ela era pequena o rosto dele era o mesmo, não mudava, parecia passar o tempo, seus cabelos ainda eram negros.
Omar não envelhece diazia a sua mãe. Ele trabalha e trabalha com alegria.
E ela continuava a perguntar, pois ela tinha uma curiosidade enorme:
Omar o que que os padres fazem com os sinos?
Chamam as pessoas para as missas....
E o que eles fazem nas missas?
Dizem que rezam, rezam para Deus.
Só isso?!
Não! Eles também batem os sinos quando as pessoas morrem.
Quando as pessoas morrem?!
É! E quando fazem festas dos santos também batem os sinos.
Ué! Então eles batem os sinos para tudo? Eles compram tantos sinos, veio um padre aqui e comprou seis sinos do mesmo tamanho, você ficou trabalhando tanto tempo; um sino só não chegava?
Aquele padre queria um carrilhão, foi o que eu fiz, seis sinos que tocam de uma vez só!
Ai! Mas que barulhão Omar! Será que Deus só escuta quando bate o sino?
Não! Deus escuta àqueles que choram, Deus escuta àqueles que sabem sorrir, Deus escuta àqueles que dançam, Deus escuta àqueles que trabalham, não é preciso bater o sino para que Deus nos escute, guarde isso Sarita com você.
Você não podia fazer um sino para mim?
Vou fazer um sino bem pequenino e vou colocar nele dois corações: o meu e o seu ele falou.
Ela ficou toda feliz!..
Ele parou com todas as encomendas e não se ouviu no bando aquele barulhão infernal, que na verdade, era celestial, e foi fazer naquele dia o sino para sua pequena Sarita.
Quando eu vou tocar o sino, Omar? Falou Sarita.
Quando você quiser! Toque quando você quiser! Se você quiser falar com Deus, toque o sino, se você estiver alegre, toque o sino, se você estiver triste, toque o sino.
Ah! Eu queria muito... muito... ver o seu carrilhão tocar numa igreja.
Quando eu for ao centro de Andaluzia, vou te levar a uma igreja para você ver de longe onde ficam os sinos que eu faço.
E assim ele fez: levando Sarita pela mão, comprou para as jovens gitanas muitas águas de cheiro e mostrou para ela a igreja.
Esperaram chegar as dezoito horas, chegariam um pouco tarde no bando, lá no acampamento, mas ela teve a alegria de ouvir o sino tocar.
Que barulho! Disse ela.
As pessoas iam chegando, carruagens iam parando e todos olhavam para ela e para aquele homem, vestido apenas com uma minúscula jaqueta de couro.
Omar, olha o rosto dessas pessoas, olha que cara feia eles têm, as mulheres são bonitas, mas olham com a cara tão feia!
Será que Deus vai gostar?!.. falou ela.
Sarita, não sei, de Deus entendo pouco, de sinos entendo muito, não sei! Pode, às vezes, atrás de uma cara feia, ter uma grande dor e pode, às vezes, atrás de um sorriso, ter um mar de pranto, são coisas da vida e você é muito pequena para entender de viver. Vamos voltar?
E ela, com a sua saia rodada, foi saltitante pelas ruas, dando rodas, sendo olhada pelas pessoas do povo, porque na igreja só podiam entrar luxuosamente vestidos. Ela pegou a carroça e foi cheia de felicidade contar as coisas que tinha visto. Era uma gitana Andaluz.
Para baixo e para cima ela andava com o sino na mão, olhando para o céu pensando:
“Onde será que Deus se esconde?! Como será a face de Deus? O que será que tem dentro das igejas? Porque Deus só escuta, quando é chamado com os sinos?...”E ela batia o seu sininho todo o dia e olhava para fora de sua barraca dizendo:
Será que Deus me escutou?...
Um dia Omar começou o seu trabalho e já eram duas horas da tarde, o sol já tinha se posto a pino e já estava dobrando no firmamento e Sarita não chegou e ele foi até a tenda e perguntou:
Cadê Sarita?
Queima em febre, não sei o que fazer! Disse a mãe dela.
Tem que fazer alguma coisa1.. falou ele
Já dei todas as nossas ervas, a febre não cessa e não é só a febre, ela delira e já não tem mais, no seu corpo que definha, qualquer líquido. Ela toma e vomita.
Ele colocou-a numa manta e falou:
Vou procurar um doutor.
Chegou no centro onde os doutores atendiam, bem surtido com uma sacola de couro com moedas de ouro e pediu a um doutor que olhasse a pequena Sarita.
O que ela tem? Disse o médico.
Febre!
E explicou as reações orgânicas da menina, os problemas de vômitos intestinais.
Vocês vão ter a peste onde vocês moram. Ela está com cólera, vai durar pouco tempo; seu corpo é muito jovem para agüentar, disse ele.
Mas não é possível doutor!
Vá! Vá! E leve a menina, leve-a, não queremos saber de nenhum cigano no centro da cidade, já vou comunicar às autoridades para que vocês fiquem de quarentena, até morrer o último dos ciganos.
Ele voltou com Sarita. Velou três sois e três noites e ela morreu...
Arranjara um local, porque eram obrigados a pôr fogo no corpo dos ciganos que morriam, mas ele arranjou um lugar, enterrou aquele corpinho e enquanto eles carregavam Sarita ele ia à frente batendo o sininho que ele fez.
Como nos campanários, com dois pedaços de bronze e um suporte, um lugar para dependurar o sino.
Ficou dois dias plantando flores, qualquer flor que encontrasse, ele levava para aquele lugar e enfeitava de flores e quando o vento batia... o vento que não tem preconceito, o vento que não escolhe por onde passar e passa sem medo em qualquer lugar, que não vê raça, que não vê guerra nem paz, o vento de Deus, batia o sininho que cimbalava:
“adeus Sarita! Adeus Sarita!”
Mais cinco pessoas da mesma família de Sarita partiram, mas, como se esperava, não houve um grande surto de cólera, porque Omar, além de ser um grande sineiro, era um homem observador, experiente e vivido e isolou as pessoas e tratou aqueles que estavam com cólera e seu corpo forte como bronze não se contaminou e o vento tocava o sininho:
Adeus Sarita! Adeus Sarita!
FILOSOFIA CIGANA
FELICIDADE
Um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá e a magia de uma cigana. Somos os verdadeiros boêmios da vida.
ORGULHO
É saber que nunca participamos de guerras, que nunca nos armamos para matar nossos semelhantes. Somos os menestréis da paz.
AMOR
Amar é vivermos em comunidade, é repartir nosso pão, nossas alegrias e até mesmo nossas aflições.
LEALDADE
É não abandonar nossos irmãos quando mais precisam. É nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida.
RIQUEZA
É termos o suficiente para seguirmos pela estrada da vida.
NOBREZA
É fazermos de cada humilhação um incentivo ao perdão.
HUMILDADE
Não importar-se em ser súdico ou nobre, importar-se apenas em saber servir.
Um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá e a magia de uma cigana. Somos os verdadeiros boêmios da vida.
ORGULHO
É saber que nunca participamos de guerras, que nunca nos armamos para matar nossos semelhantes. Somos os menestréis da paz.
AMOR
Amar é vivermos em comunidade, é repartir nosso pão, nossas alegrias e até mesmo nossas aflições.
LEALDADE
É não abandonar nossos irmãos quando mais precisam. É nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida.
RIQUEZA
É termos o suficiente para seguirmos pela estrada da vida.
NOBREZA
É fazermos de cada humilhação um incentivo ao perdão.
HUMILDADE
Não importar-se em ser súdico ou nobre, importar-se apenas em saber servir.
NARGUILÊ
Uma das tradições mais antigas dos ciganos na Turquia é o narguilé (hookah ou shisha, como é conhecido no Egito), que homens e mulheres têm imenso prazer em fumar.
O narguilé iniciou toda uma nova cultura que durou por muitos e muitos anos. Até hoje o narguilé oferece divertimento a uma diferente casta de fumantes.
O utensílio original veio da Índia, primitivo e feito com a casca do coco. Sua popularidade se estendeu até o Irã e, de lá, para o resto do mundo Árabe.
O narguilé consiste de quatro peças: AGIZLIK (bocal), LÜLE (topo do narguilé), MARPUÇ, (o cano), e GÖVDE (corpo do cachimbo, que é preenchido com água).
Todas as peças eram produzidas por artesãos. O jarro de vidro onde se coloca a água, geralmente era decorado com motivos florais, sendo alguns feitos em prata e outros em cristal; Os bocais de âmbar, não continham germes.
Nem todos os tabacos eram qualificados para o uso no narguilé e apenas o escuro, importado do Irã, encontrava preferência entre os usuários do narguilé.
Este tabaco era lavado muitas vezes antes do uso e era extremamente forte. Só se usava carvão feito de carvalho sobre esse tabaco.
Alguns fumantes profissionais usavam certas frutas como cerejas ou uvas no seu "goude", apenas para apreciar o movimento que elas criavam na água.
Outras pessoas apreciavam adicionar suco, romãs, ou óleo de rosas para dar sabor a sua água.
O narguilé iniciou toda uma nova cultura que durou por muitos e muitos anos. Até hoje o narguilé oferece divertimento a uma diferente casta de fumantes.
O utensílio original veio da Índia, primitivo e feito com a casca do coco. Sua popularidade se estendeu até o Irã e, de lá, para o resto do mundo Árabe.
O narguilé consiste de quatro peças: AGIZLIK (bocal), LÜLE (topo do narguilé), MARPUÇ, (o cano), e GÖVDE (corpo do cachimbo, que é preenchido com água).
Todas as peças eram produzidas por artesãos. O jarro de vidro onde se coloca a água, geralmente era decorado com motivos florais, sendo alguns feitos em prata e outros em cristal; Os bocais de âmbar, não continham germes.
Nem todos os tabacos eram qualificados para o uso no narguilé e apenas o escuro, importado do Irã, encontrava preferência entre os usuários do narguilé.
Este tabaco era lavado muitas vezes antes do uso e era extremamente forte. Só se usava carvão feito de carvalho sobre esse tabaco.
Alguns fumantes profissionais usavam certas frutas como cerejas ou uvas no seu "goude", apenas para apreciar o movimento que elas criavam na água.
Outras pessoas apreciavam adicionar suco, romãs, ou óleo de rosas para dar sabor a sua água.
CIGANA DARA
A Cigana Dara, foi uma pessoa que necessitou lutar muito para alcançar seus objetivos, porem com a experiencia astral de sua vida pregressa, ela considera cada empecilho um desafio a ser superado.
Sempre diz que é do mundo, pois seu acervo de magia é tao grande quanto o seu coração.
Ela teve uma vida muito dificultosa. Dara, quando ainda no astral, queria, implorava por voltar a terra.
Tinha muito a fazer por aqui. Sentia falta de tudo aqui.
Retorna numa família em que a magia era tão normal quanto abrir os olhos. Começa a vivencia como cigana.
E assim nasce Dara. Sua familia era sabedora de muitas magias, de como manipular os elementos, magias brancas, negras, impostas, naturais, de círculos........
As mulheres eram magas, algumas vezes virtuosas, mas na maioria das vezes... vaidosas, o que comprometia toda a manipulação, quase sempre deixando a parte negra falar mais alto.
Morava com sua família numa kumpania, que ficava numa sesmaria portuguesa, local ermo que foi recebido para ser cultivado, porem o cultivo lá eram somente de ervas mágicas, e feitiços diversos.
Nem mesmo a Igreja ou o Reinado se dispunham a incomoda-las diante do pavor que distribuíam gratuitamente. Elas viviam afastadas, mas eram procuradas por discretas seges fechadas, para encomendar feitiços para os mais abastados.
E assim na base do ganho de muito dinheiro, sobreviviam em sociedade fechada e oculta. Em outras vivencias tinha ela deixado para trás muitos débitos astrais.
Assim de posse de muitas informações da magia seguia em seu caminhar, aprisionando espíritos incautos, impuros, sedentos, viciosos e perdidos.
Ela conhecia orações malignas, que servia tanto para encastoar pedras quanto para atingir pessoas que estivessem longe.
Um dia um padre de má índole tanto enredou Dara com seu charme e virilidade, ela em plena idade procriadora (17 anos apenas) se entregou.
Com o passar dos meses, o fruto de seu ventre nasceu, sob a lua da Sexta Feira Santa.
Na época que seu filho nasceu foi instaurada a Santa Inquisição e os Tribunais do Santo Oficio estavam mais ativos do que nunca.
Duas irmãs já tinham sido levadas à fogueira.
Este padre a propunha então proteção. Desde que ela fizesse com suas magias que ele chegasse ao poder. Trato feito.
Esperou-se então a Lua Cheia e em reunião decidiram que armas mágicas utilizar. Fizeram uma reunião, onde usaram a força do menino, expondo-o na mesa, onde era feita a magia.
Assim posto, digo feito, em 9 luas, o padre chegou a ser designado para auxiliar, as mais altas autoridades do clero, com lugar de destaque. Deixando para trás muitos outros sacerdotes preparados.
Pela primeira vez o desespero tomava conta de Dara, e como castigo do pai eterno, ela começou a ter muitos sonhos com o filho que havia parido.
Aos poucos todas as irmãs, foram capturadas pela Santa Madre Igreja, restando Dara se esconder como bicho até conseguir ter com o eclesiástico.
Estando com ele cobrou-lhe a proteção, ele apenas riu e a expulsou.
Ao sair, foi denunciada e logo presa pelo Tribunal foi levada à fogueira, retornando mais uma vez ao astral, tendo falhado na missão, que era manipular os elementos para sanar os sofrimentos alheios.
Por isso hoje no astral, Dara, encanta a quem a ve trabalhar, usando os elementos numa linha pura e cheia de amor, tentando sanar os sofrimentos das pessoas.
Seu ditado favorito é:
Toda moeda tem dois lados.
Sempre diz que é do mundo, pois seu acervo de magia é tao grande quanto o seu coração.
Ela teve uma vida muito dificultosa. Dara, quando ainda no astral, queria, implorava por voltar a terra.
Tinha muito a fazer por aqui. Sentia falta de tudo aqui.
Retorna numa família em que a magia era tão normal quanto abrir os olhos. Começa a vivencia como cigana.
E assim nasce Dara. Sua familia era sabedora de muitas magias, de como manipular os elementos, magias brancas, negras, impostas, naturais, de círculos........
As mulheres eram magas, algumas vezes virtuosas, mas na maioria das vezes... vaidosas, o que comprometia toda a manipulação, quase sempre deixando a parte negra falar mais alto.
Morava com sua família numa kumpania, que ficava numa sesmaria portuguesa, local ermo que foi recebido para ser cultivado, porem o cultivo lá eram somente de ervas mágicas, e feitiços diversos.
Nem mesmo a Igreja ou o Reinado se dispunham a incomoda-las diante do pavor que distribuíam gratuitamente. Elas viviam afastadas, mas eram procuradas por discretas seges fechadas, para encomendar feitiços para os mais abastados.
E assim na base do ganho de muito dinheiro, sobreviviam em sociedade fechada e oculta. Em outras vivencias tinha ela deixado para trás muitos débitos astrais.
Assim de posse de muitas informações da magia seguia em seu caminhar, aprisionando espíritos incautos, impuros, sedentos, viciosos e perdidos.
Ela conhecia orações malignas, que servia tanto para encastoar pedras quanto para atingir pessoas que estivessem longe.
Um dia um padre de má índole tanto enredou Dara com seu charme e virilidade, ela em plena idade procriadora (17 anos apenas) se entregou.
Com o passar dos meses, o fruto de seu ventre nasceu, sob a lua da Sexta Feira Santa.
Na época que seu filho nasceu foi instaurada a Santa Inquisição e os Tribunais do Santo Oficio estavam mais ativos do que nunca.
Duas irmãs já tinham sido levadas à fogueira.
Este padre a propunha então proteção. Desde que ela fizesse com suas magias que ele chegasse ao poder. Trato feito.
Esperou-se então a Lua Cheia e em reunião decidiram que armas mágicas utilizar. Fizeram uma reunião, onde usaram a força do menino, expondo-o na mesa, onde era feita a magia.
Assim posto, digo feito, em 9 luas, o padre chegou a ser designado para auxiliar, as mais altas autoridades do clero, com lugar de destaque. Deixando para trás muitos outros sacerdotes preparados.
Pela primeira vez o desespero tomava conta de Dara, e como castigo do pai eterno, ela começou a ter muitos sonhos com o filho que havia parido.
Aos poucos todas as irmãs, foram capturadas pela Santa Madre Igreja, restando Dara se esconder como bicho até conseguir ter com o eclesiástico.
Estando com ele cobrou-lhe a proteção, ele apenas riu e a expulsou.
Ao sair, foi denunciada e logo presa pelo Tribunal foi levada à fogueira, retornando mais uma vez ao astral, tendo falhado na missão, que era manipular os elementos para sanar os sofrimentos alheios.
Por isso hoje no astral, Dara, encanta a quem a ve trabalhar, usando os elementos numa linha pura e cheia de amor, tentando sanar os sofrimentos das pessoas.
Seu ditado favorito é:
Toda moeda tem dois lados.
CIGANOS DO ORIENTE
O Povo do Oriente. São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar.
São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual.
Alguns deles não demonstram muito sentimento, mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tendem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.
São extremamente práticos não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.
Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional.
Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados.
Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.
São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais..
São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual.
Alguns deles não demonstram muito sentimento, mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tendem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.
São extremamente práticos não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.
Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional.
Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados.
Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.
São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais..
CIGANO DE ALMA
Povo muito sábio
Quando abordamos a Cultura e a Magia dos Ciganos, logo vem a lembrança de um Povo muito sábio, que utiliza a magia do universo e a sua própria com maestria e precisão,impressiona ndo as pessoas que recorrem pedindo ajuda. Nas Tsaras, as Ciganas socorrem muita gente sofrida, e usam como bálsamo a Arte da Magia Cigana, dos Mestres Ciganos Espirituais, que aliadas, às Forças da Natureza, alentam os necessitados, fazendo sobreviver, mesmo na mudança dos tempos, a Força do Povo Cigano Cultural e Espiritual, devido a sua grande beleza e utilidade.
Mas falar somente isto é pouco.
O Povo Cigano (Diáspora e Espiritual), tem suas próprias diretrizes de vida, a Cultura ensinada pelos nossos ancestrais, é seguida sem desvirtuações pela Raça.
A Hierarquia dos Clãs, é passada de pai para filho, garantindo assim a existência original de nosso povo.
A Cultura do Povo das Estradas, tão cheia de segredos e ritos estranhos, hoje, na busca de entendimento e crescimento espiritual, passa a ser divulgada a olhos não ciganos (porém ciganos de alma) com amor.
Nós, ciganos nos valemos da sabedoria dos mistérios das artes, de nossa forte estrutura, de nossa intuição, observação e psicologia, para receber estes irmãos com um ensinamento puro sobre a nossa cultura e nossa vida.
Para que se dê este aprendizado, somente vivenciando o que é ser cigano, para saber, todas as nuances em totalidade, porém sem excessos e enfeites.
Viver entre ciganos, viver como cigano, é demonstrar forte preocupação com a Espiritualidade, porque para nós, dentro de nossa liturgia impar, vivendo como ciganos, é que vamos aprender quem são os Mestres da Magia Cigana, como se trabalha espiritualmente com dedicação, responsabilidade, tratando com procedimentos distintos a Vida Cigana Espiritual.
Os grandes Mestres Ciganos Espirituais, são espíritos ciganos que viveram entre nós em outros tempos, que ainda em sua vida terrena, já eram grandes paranormais, e buscavam através do entendimento com o mundo espiritual atenuar as dores, e trazer alento aos necessitados, são eles os Grandes Mestres da Magia.
Que nos trazem ensinamentos armazenados durante toda a existência do espírito.
Os Mestres, tem permissão para volitar desde as zonas umbralinas até as mais sublimadas camadas espirituais, trabalhando incessantemente em seu domínio como ajudando em qualquer outro que seja preciso.
Os doze Mestres Espirituais, tem sua organização astral, e cada um tem um domínio, que ajudam a cuidar e elucidar como também resolver os problemas nos mais diversos setores.
Os Mestres Ciganos de Luz, são:
Cigana Sulamita, Cigana Carmem, Cigana Madalena, Cigana Esmeralda, Cigano Juan, Cigano Artêmio, Cigano Wladimir (o Rei dos Ciganos), Cigano Manolo, Cigano Sandro, Cigana Natasha, Cigana Yasmim e Cigano Ramiro.
Para tanto amigos, para realmente conhecer esta Diáspora e Espiritualidade Cigana, aprender sobre a Cultura e Magia, se preparar dignamente para o trabalho astral, é preciso ser com verdade, um Cigano de Alma, e isto só acontece, quando vivemos, nem que por pouco tempo, entre ciganos e sobretudo verdadeiramente como ciganos.
O Povo Cigano, revela hoje ao mundo gadjê, muitos segredos que enriquecem a espiritualidade e o estudo da cultura. Recebendo-os com amor em nossa Kumpania.
Os Ciganos de Alma ao estarem, de posse destas informações, e as tratando com responsabilidade e seriedade, serão agraciados astralmente e conseguirão despertar naturalmente seus portais psíquicos e intuitivos.
Conseguirão trabalhar dentro de uma Linhagem Cigana Espiritual, séria, digna e benéfica.
Quando abordamos a Cultura e a Magia dos Ciganos, logo vem a lembrança de um Povo muito sábio, que utiliza a magia do universo e a sua própria com maestria e precisão,impressiona ndo as pessoas que recorrem pedindo ajuda. Nas Tsaras, as Ciganas socorrem muita gente sofrida, e usam como bálsamo a Arte da Magia Cigana, dos Mestres Ciganos Espirituais, que aliadas, às Forças da Natureza, alentam os necessitados, fazendo sobreviver, mesmo na mudança dos tempos, a Força do Povo Cigano Cultural e Espiritual, devido a sua grande beleza e utilidade.
Mas falar somente isto é pouco.
O Povo Cigano (Diáspora e Espiritual), tem suas próprias diretrizes de vida, a Cultura ensinada pelos nossos ancestrais, é seguida sem desvirtuações pela Raça.
A Hierarquia dos Clãs, é passada de pai para filho, garantindo assim a existência original de nosso povo.
A Cultura do Povo das Estradas, tão cheia de segredos e ritos estranhos, hoje, na busca de entendimento e crescimento espiritual, passa a ser divulgada a olhos não ciganos (porém ciganos de alma) com amor.
Nós, ciganos nos valemos da sabedoria dos mistérios das artes, de nossa forte estrutura, de nossa intuição, observação e psicologia, para receber estes irmãos com um ensinamento puro sobre a nossa cultura e nossa vida.
Para que se dê este aprendizado, somente vivenciando o que é ser cigano, para saber, todas as nuances em totalidade, porém sem excessos e enfeites.
Viver entre ciganos, viver como cigano, é demonstrar forte preocupação com a Espiritualidade, porque para nós, dentro de nossa liturgia impar, vivendo como ciganos, é que vamos aprender quem são os Mestres da Magia Cigana, como se trabalha espiritualmente com dedicação, responsabilidade, tratando com procedimentos distintos a Vida Cigana Espiritual.
Os grandes Mestres Ciganos Espirituais, são espíritos ciganos que viveram entre nós em outros tempos, que ainda em sua vida terrena, já eram grandes paranormais, e buscavam através do entendimento com o mundo espiritual atenuar as dores, e trazer alento aos necessitados, são eles os Grandes Mestres da Magia.
Que nos trazem ensinamentos armazenados durante toda a existência do espírito.
Os Mestres, tem permissão para volitar desde as zonas umbralinas até as mais sublimadas camadas espirituais, trabalhando incessantemente em seu domínio como ajudando em qualquer outro que seja preciso.
Os doze Mestres Espirituais, tem sua organização astral, e cada um tem um domínio, que ajudam a cuidar e elucidar como também resolver os problemas nos mais diversos setores.
Os Mestres Ciganos de Luz, são:
Cigana Sulamita, Cigana Carmem, Cigana Madalena, Cigana Esmeralda, Cigano Juan, Cigano Artêmio, Cigano Wladimir (o Rei dos Ciganos), Cigano Manolo, Cigano Sandro, Cigana Natasha, Cigana Yasmim e Cigano Ramiro.
Para tanto amigos, para realmente conhecer esta Diáspora e Espiritualidade Cigana, aprender sobre a Cultura e Magia, se preparar dignamente para o trabalho astral, é preciso ser com verdade, um Cigano de Alma, e isto só acontece, quando vivemos, nem que por pouco tempo, entre ciganos e sobretudo verdadeiramente como ciganos.
O Povo Cigano, revela hoje ao mundo gadjê, muitos segredos que enriquecem a espiritualidade e o estudo da cultura. Recebendo-os com amor em nossa Kumpania.
Os Ciganos de Alma ao estarem, de posse destas informações, e as tratando com responsabilidade e seriedade, serão agraciados astralmente e conseguirão despertar naturalmente seus portais psíquicos e intuitivos.
Conseguirão trabalhar dentro de uma Linhagem Cigana Espiritual, séria, digna e benéfica.
A BOLA DE CRISTAL
O Cristal é um elemento presente na vida da Terra e é natural que sua magia tenha encantado os homens que a utilizam como instrumento de cura, beleza, decoração, meditação e ligação com a espiritualidade.
São muitas as formas do cristal e uma delas é especialmente utilizada como um dos mais fascinantes oráculos cigano, a Bola de Cristal.
A leitura da Bola de Cristal é uma das formas singulares que promove a aproximação com a força da natureza através dos símbolos que se desenham no cristal.
As visões se transformam em mensagens que trazem ao consulente respostas sobre distintos aspectos de sua vida como amor, trabalho, família e previsões.
Há uma preparação especial para realizar a leitura que vai desde a limpeza e energização do cristal até a decoração do ambiente conectando os elementos com a energia do consulente e do intérprete que chamamos de terapeuta holístico.
As imagens são interpretadas pela intuição e clarividência do terapeuta que atua como canal para transmissão das mensagens sagradas e reveladoras que a Bola de Cristal potencializa.
É uma leitura inesquecível que auxilia o autoconhecimento e orienta sobre as soluções e caminhos da sua vida.
Permita-se conhecer o espelho mágico da Bola de Cristal.
São muitas as formas do cristal e uma delas é especialmente utilizada como um dos mais fascinantes oráculos cigano, a Bola de Cristal.
A leitura da Bola de Cristal é uma das formas singulares que promove a aproximação com a força da natureza através dos símbolos que se desenham no cristal.
As visões se transformam em mensagens que trazem ao consulente respostas sobre distintos aspectos de sua vida como amor, trabalho, família e previsões.
Há uma preparação especial para realizar a leitura que vai desde a limpeza e energização do cristal até a decoração do ambiente conectando os elementos com a energia do consulente e do intérprete que chamamos de terapeuta holístico.
As imagens são interpretadas pela intuição e clarividência do terapeuta que atua como canal para transmissão das mensagens sagradas e reveladoras que a Bola de Cristal potencializa.
É uma leitura inesquecível que auxilia o autoconhecimento e orienta sobre as soluções e caminhos da sua vida.
Permita-se conhecer o espelho mágico da Bola de Cristal.
CIGANA ROSITA
Esta cigana é de origem indiana, embora tenha vivido durante toda a sua vida entre França e principalmente na Espanha, local de nacionalidade de seu pai.
De pele clara e cabelos muito negros, era de beleza impar.
Tendo veia muito artística logo se enveredou pelos caminhos da arte da dança. Uma dança sem par, misturando passos do tradicional katac indiano, danças mouras marroquinas e o tradicional flamenco espanhol.
Fazendo uma dança cigana cheia de movimentos, sapateados e véus, hipnotizadora e avassaladora. Logo que chegou a idade em que se desperta desejo aos homens, ela foi proibida de dançar em publico de gadjos, como fazia nas praças espanholas.
Como num prenuncio de que algo poderia acontecer. Assim foi.
Um dia em kumpania em orla espanhola, num lugarejo distante, dançava na praia para a luz da lua, quando um gadjo olhava e se encantava com os movimentos suaves que Rosita para a lua. Este homem ficou tão inebriado que passou a ir todas as noites na esperança de vê-la dançar. Ficava cada dia mais apaixonado por esta linda mulher que carregava a meninice dentro dela, dentro daquele corpo de mulher e alma de bailarina. Um dia tomado de paixão, se aproximou e ela assustada fugiu. Ele ficou chateado, mas voltou em outro dia. E quando ela ia correr, ele a tomou pelo braço e impensadamente a beijou.
Ela sem saber porque correspondeu apaixonadamente. Ao se afastarem ele disse que a amava profundamente sem saber porque, mas sentia pulsar este sentimento com fosse o sangue das veias, como se fosse este amor, o combustível da vida. Ela sentia igual, mas era prometida e nada poderia fazer. Disse que ele se afastasse, que fosse embora.
Ele prometeu segui-la aonde quer que fosse, somente para vê-la. Nisto se aproxima seu noivo e futuro dono de sua vida, ao perceber o ar enamorados deles, a arrastou violentamente e disse: Rosita, tu sabes que és minha, não sei o que aconteceu entre você e aquele homem, mas saibas que mesmo sem saber eu vou mata-lo.
Rosita ficou muito apreensiva e nada disse, não naquela hora, mas pelo susto, nada podia dizer. E assim foi, depois de algumas semanas quando o homem foi apreciar a linda dança da cigana prometida, seu noivo estava a espreita e logo num golpe de facas mortal o matou.
Rosita de resignou ao saber, sofria calada, mas disse ao noivo quando este contou: Sabes que estava errado e que eu nunca tive nada com aquele homem, mas apesar disso eu o amei, porque ele me deixava ser livre.
Eu serei tua prisioneira, mas o meu amor, o meu coração, tu nunca terás. E assim casou, teve filhos, mas só nos momentos de sua dança solitária se sentia liberta e amada pelo homem que morrera por sua causa, sem mesmo ter tido os desejados momentos de paixão com ela.
O marido lhe proporcionava uma vida satisfatória em termos materiais, mas também não conseguia perdoar o fato de ela não lhe amar. Sendo assim ela viveu para seus filhos e para sua arte, encantava a todos com o coração sangrando. Ela acabou falecendo de tristeza e desamor que havia dentro de sua casa.
No astral ela é mestra em fazer com que os amores verdadeiros venham poder se realizar, realiza feitiços enquanto dança e harmoniza a aura das pessoas. Em sua dança diferente consola os aflitos, as amigas, as mulheres e as mães. Rosita que foi prisioneira durante toda a sua vida, faz com que as pessoas gozem a liberdade com seus sábios conselhos, com suas sabias mãos.
Seus olhos misteriosos, traduzem tudo, muitas vezes sem palavras, é amorosa, gentil, bonita, seu ditado favorito é:
Eu fui prisioneira da vaidade e do desejo, hoje sou prisioneira da liberdade do amor.
Ela realiza feitiços que libertam os amores impossíveis, trazendo o entendimento para todos.
De pele clara e cabelos muito negros, era de beleza impar.
Tendo veia muito artística logo se enveredou pelos caminhos da arte da dança. Uma dança sem par, misturando passos do tradicional katac indiano, danças mouras marroquinas e o tradicional flamenco espanhol.
Fazendo uma dança cigana cheia de movimentos, sapateados e véus, hipnotizadora e avassaladora. Logo que chegou a idade em que se desperta desejo aos homens, ela foi proibida de dançar em publico de gadjos, como fazia nas praças espanholas.
Como num prenuncio de que algo poderia acontecer. Assim foi.
Um dia em kumpania em orla espanhola, num lugarejo distante, dançava na praia para a luz da lua, quando um gadjo olhava e se encantava com os movimentos suaves que Rosita para a lua. Este homem ficou tão inebriado que passou a ir todas as noites na esperança de vê-la dançar. Ficava cada dia mais apaixonado por esta linda mulher que carregava a meninice dentro dela, dentro daquele corpo de mulher e alma de bailarina. Um dia tomado de paixão, se aproximou e ela assustada fugiu. Ele ficou chateado, mas voltou em outro dia. E quando ela ia correr, ele a tomou pelo braço e impensadamente a beijou.
Ela sem saber porque correspondeu apaixonadamente. Ao se afastarem ele disse que a amava profundamente sem saber porque, mas sentia pulsar este sentimento com fosse o sangue das veias, como se fosse este amor, o combustível da vida. Ela sentia igual, mas era prometida e nada poderia fazer. Disse que ele se afastasse, que fosse embora.
Ele prometeu segui-la aonde quer que fosse, somente para vê-la. Nisto se aproxima seu noivo e futuro dono de sua vida, ao perceber o ar enamorados deles, a arrastou violentamente e disse: Rosita, tu sabes que és minha, não sei o que aconteceu entre você e aquele homem, mas saibas que mesmo sem saber eu vou mata-lo.
Rosita ficou muito apreensiva e nada disse, não naquela hora, mas pelo susto, nada podia dizer. E assim foi, depois de algumas semanas quando o homem foi apreciar a linda dança da cigana prometida, seu noivo estava a espreita e logo num golpe de facas mortal o matou.
Rosita de resignou ao saber, sofria calada, mas disse ao noivo quando este contou: Sabes que estava errado e que eu nunca tive nada com aquele homem, mas apesar disso eu o amei, porque ele me deixava ser livre.
Eu serei tua prisioneira, mas o meu amor, o meu coração, tu nunca terás. E assim casou, teve filhos, mas só nos momentos de sua dança solitária se sentia liberta e amada pelo homem que morrera por sua causa, sem mesmo ter tido os desejados momentos de paixão com ela.
O marido lhe proporcionava uma vida satisfatória em termos materiais, mas também não conseguia perdoar o fato de ela não lhe amar. Sendo assim ela viveu para seus filhos e para sua arte, encantava a todos com o coração sangrando. Ela acabou falecendo de tristeza e desamor que havia dentro de sua casa.
No astral ela é mestra em fazer com que os amores verdadeiros venham poder se realizar, realiza feitiços enquanto dança e harmoniza a aura das pessoas. Em sua dança diferente consola os aflitos, as amigas, as mulheres e as mães. Rosita que foi prisioneira durante toda a sua vida, faz com que as pessoas gozem a liberdade com seus sábios conselhos, com suas sabias mãos.
Seus olhos misteriosos, traduzem tudo, muitas vezes sem palavras, é amorosa, gentil, bonita, seu ditado favorito é:
Eu fui prisioneira da vaidade e do desejo, hoje sou prisioneira da liberdade do amor.
Ela realiza feitiços que libertam os amores impossíveis, trazendo o entendimento para todos.
NÓS,CIGANOS
“Eles se movem como o sol e a lua. São nômades. Ou, antes, são como as ondas.
Estão em toda parte. Chegam e partem rápido. Parece o vento.
Num momento estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres.
Não, não é o vento. São os Filhos-do-Vento!" (Trecho de um poema persa, cerca de 200 a 400 A.C., descrevendo o povo nômade que viera da região de Gujarat, Índia.)...
Nós ciganos somos um povo único.
Nenhuma outra raça recebeu do Criador tantos dons maravilhosos juntos: a musicalidade, a facilidade de pintar, fazer poesias e contar histórias, a habilidade manual do artesanato com metais e com materiais da natureza; a possibilidade de vislumbrar o futuro nas linhas das mãos e nas diversas outras mancias; a harmonia dos gestos e a expressão das emoções na dança, nas artes cênicas e circenses.
Nenhum outro povo soube entender tão bem os animais e ensiná-los.
Nenhum outro povo traz consigo esse poder de se adaptar às situações novas e arriscadas e extrair delas lições de sobrevivência.
Nenhum outro povo sofreu tanto e foi tão espezinhado e perseguido em nome de seu ideal de liberdade!
Nenhum outro povo é tão alegre e vibrante, tão sentimental e tão apaixonado pela vida...
Em nós guardamos as emoções mais fortes, mais ardentes, mais humanas!
Somos pura arte, pura emoção!
O pianista espanhol de origem Calon, David Peña Dorantes, diz em uma entrevista ao Euronews, falando da música cigana:
(...) “Uma música que faz vibrar qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, de qualquer cultura. Isso tem tanta força que qualquer ser humano do mundo o capta e o faz vibrar, como campainhas, numa catedral.
É mesmo assim, a música flamenca, a minha música daqui, da Andaluzia.
Com um cigano do norte de França ou dos países do Leste, temos em comum a alma, sobretudo. As formas são diferentes, mas a alma é a mesma.
A alma musical, poética dos ciganos, essa sensibilidade que nos distingue, que nos dá força para vencer obstáculos, discriminação, sofrimento, é a nossa marca, a nossa herança, o nosso orgulho ancestral!
E como nos diz SPATZO no final de seu poema “LIBERDADE”:
“A nossa é uma vida simples, primitiva.
Basta-nos ter o céu por telhado,
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções, quando estamos tristes”
Na música expressamos melhor o que nos vai n’alma: a tristeza ou a alegria.
Nossos sentimentos são intensos e naturais como os fenômenos da natureza: fortes como os ventos das tempestades, puros como as águas, ardentes como as chamas de nossas fogueiras, delicados e sensuais como a maciez das pétalas perfumadas das rosas...
Somos orientais e, como tal, amamos os prazeres da vida, vivendo intensamente cada segundo sem pensar no futuro, pois ele pertence a Deus, pertence ao Anankê, ao Destino.
Amamos a paz e, nunca fizemos guerras!Disso nos orgulhamos.
Somos ponte, traço de união entre Oriente e Ocidente.
Mesmo que os gadjês desconheçam ou ignorem propositadamente, somos a solda que uniu etnias, crenças e culturas do mundo inteiro nas nossas intermináveis andanças.
Um pouco de nós está escondido em cada ser humano: o sonho de liberdade, a busca eterna da Beleza, a expressão das emoções, das palavras e dos gestos, livres de medos ou preconceitos, a alegria inocente e espontânea.
Devemos ser gratos à Dhiel (Deus) pela abundância de dons que herdamos. Isto nos faz os seres mais ricos e os mais felizes, embora tenhamos sofrido perseguições, discriminação, miséria e morte ao longo dos tempos, por culpa da ignorância e do preconceito.
Nossa missão neste mundo é uma linda e dignificante missão: a de levar a alegria e a beleza a todos os lugares.
Somos os menestréis (poetas e cantores andarilhos da Idade Média) da vida.
Somos, é verdade, plenamente humanos, com defeitos e qualidades, iguais a todos os outros homens deste planeta, sejam de que raça for.
Esta humanidade nos iguala, nos faz companheiros da mesma caravana, da mesma viagem no Vurdón do Tempo.
Faz-nos gente. Torna-nos a todos irmãos e com o mesmo direito à felicidade.
Conta uma lenda que Deus chamou os seres humanos e distribuiu as profissões: artesãos, pintores, decoradores, médicos, professores, engenheiros etc.
E o último a chegar foi o cigano, com palhas nos cabelos. Ele acabava de sair de um celeiro onde estava dormindo, porque, como de hábito, é preguiçoso.
E perguntou a Deus:
”Então, e eu, o que é que me dás?”
Deus disse: “Não tenho mais nada para ti... Chegaste tarde demais”.
Então o cigano foi saindo desapontado, mas Deus, com a sua bondade infinita, disse:
“Espera um momento! Afinal tenho algo para ti...”
E deu-lhe um violino.
Estão em toda parte. Chegam e partem rápido. Parece o vento.
Num momento estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres.
Não, não é o vento. São os Filhos-do-Vento!" (Trecho de um poema persa, cerca de 200 a 400 A.C., descrevendo o povo nômade que viera da região de Gujarat, Índia.)...
Nós ciganos somos um povo único.
Nenhuma outra raça recebeu do Criador tantos dons maravilhosos juntos: a musicalidade, a facilidade de pintar, fazer poesias e contar histórias, a habilidade manual do artesanato com metais e com materiais da natureza; a possibilidade de vislumbrar o futuro nas linhas das mãos e nas diversas outras mancias; a harmonia dos gestos e a expressão das emoções na dança, nas artes cênicas e circenses.
Nenhum outro povo soube entender tão bem os animais e ensiná-los.
Nenhum outro povo traz consigo esse poder de se adaptar às situações novas e arriscadas e extrair delas lições de sobrevivência.
Nenhum outro povo sofreu tanto e foi tão espezinhado e perseguido em nome de seu ideal de liberdade!
Nenhum outro povo é tão alegre e vibrante, tão sentimental e tão apaixonado pela vida...
Em nós guardamos as emoções mais fortes, mais ardentes, mais humanas!
Somos pura arte, pura emoção!
O pianista espanhol de origem Calon, David Peña Dorantes, diz em uma entrevista ao Euronews, falando da música cigana:
(...) “Uma música que faz vibrar qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, de qualquer cultura. Isso tem tanta força que qualquer ser humano do mundo o capta e o faz vibrar, como campainhas, numa catedral.
É mesmo assim, a música flamenca, a minha música daqui, da Andaluzia.
Com um cigano do norte de França ou dos países do Leste, temos em comum a alma, sobretudo. As formas são diferentes, mas a alma é a mesma.
A alma musical, poética dos ciganos, essa sensibilidade que nos distingue, que nos dá força para vencer obstáculos, discriminação, sofrimento, é a nossa marca, a nossa herança, o nosso orgulho ancestral!
E como nos diz SPATZO no final de seu poema “LIBERDADE”:
“A nossa é uma vida simples, primitiva.
Basta-nos ter o céu por telhado,
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções, quando estamos tristes”
Na música expressamos melhor o que nos vai n’alma: a tristeza ou a alegria.
Nossos sentimentos são intensos e naturais como os fenômenos da natureza: fortes como os ventos das tempestades, puros como as águas, ardentes como as chamas de nossas fogueiras, delicados e sensuais como a maciez das pétalas perfumadas das rosas...
Somos orientais e, como tal, amamos os prazeres da vida, vivendo intensamente cada segundo sem pensar no futuro, pois ele pertence a Deus, pertence ao Anankê, ao Destino.
Amamos a paz e, nunca fizemos guerras!Disso nos orgulhamos.
Somos ponte, traço de união entre Oriente e Ocidente.
Mesmo que os gadjês desconheçam ou ignorem propositadamente, somos a solda que uniu etnias, crenças e culturas do mundo inteiro nas nossas intermináveis andanças.
Um pouco de nós está escondido em cada ser humano: o sonho de liberdade, a busca eterna da Beleza, a expressão das emoções, das palavras e dos gestos, livres de medos ou preconceitos, a alegria inocente e espontânea.
Devemos ser gratos à Dhiel (Deus) pela abundância de dons que herdamos. Isto nos faz os seres mais ricos e os mais felizes, embora tenhamos sofrido perseguições, discriminação, miséria e morte ao longo dos tempos, por culpa da ignorância e do preconceito.
Nossa missão neste mundo é uma linda e dignificante missão: a de levar a alegria e a beleza a todos os lugares.
Somos os menestréis (poetas e cantores andarilhos da Idade Média) da vida.
Somos, é verdade, plenamente humanos, com defeitos e qualidades, iguais a todos os outros homens deste planeta, sejam de que raça for.
Esta humanidade nos iguala, nos faz companheiros da mesma caravana, da mesma viagem no Vurdón do Tempo.
Faz-nos gente. Torna-nos a todos irmãos e com o mesmo direito à felicidade.
Conta uma lenda que Deus chamou os seres humanos e distribuiu as profissões: artesãos, pintores, decoradores, médicos, professores, engenheiros etc.
E o último a chegar foi o cigano, com palhas nos cabelos. Ele acabava de sair de um celeiro onde estava dormindo, porque, como de hábito, é preguiçoso.
E perguntou a Deus:
”Então, e eu, o que é que me dás?”
Deus disse: “Não tenho mais nada para ti... Chegaste tarde demais”.
Então o cigano foi saindo desapontado, mas Deus, com a sua bondade infinita, disse:
“Espera um momento! Afinal tenho algo para ti...”
E deu-lhe um violino.