O RETORNO DOS DRAGÕES
“O sol é amarelo ou dourado? Existem ou não os dragões? O sonho
acorda-me pela manha e embala-me. Vemos o mundo ou o interpretamos? Há
um lado de mim que quer pedir divórcio do real criado por imaginações
infames. Quero aproximar-me das crianças, beber da fonte da inocência.
Toda Biblia, desde o tempo que Adão comia amoras no paraíso, é um
apelo de Deus e do espírito divino para o arrependimento da malícia e
do falso conhecimento para a inocência original.
Assim gritaram Moisés, Elias , Davi, Jeremias e Jonas pelas montanhas
mais altas do mundo: ‘arrependam-se vossos pecados, lavai-vos com agua
pura’.
Esse é o primeiro princípio da grande obra. Arrepender-se. Purificar-se.
Deixar a arrogância da maça envenenada que traz o suor e o sangue. È
preciso abandonar o falso conhecimento, ir mais além do pensamento.
Viver no coração.
Viver no mundo das lendas.
Arrependido, seu corpo se tornará luminoso, seu olhar iluminado, seu
gesto santo. E anjos sussurrarão segredos de paz e harmonia. Depois é
preciso reaprender a olhar, a viver e a amar. Como as crianças, ver o
mundo todos os dias como da primeira vez que Adão viu os olhos no
Eden. E lá o sol era dourado. E havia os dragões. Perverso é o homem
que mata os sonhos. Se Papai Noel não existe, porque surge em todo
Natal? Delicioso paradoxo. Eu sempre recebo presentes de Deus: um
bem-te-vi na janela, uma frase solta no ar, uma imagem imortal, uma
metáfora solene. As pedras cantam Bach a capela em meu caminho, como
quando Jesus entrou em Jerusalém montado no burrinho. A conquista do
paraíso portanto é um trabalho digno da alma. A porta do amor sempre
esteve aberta. Por que fechaste? Por que endureces o coração? Veja o
homem, a mulher, a criança que vai ao seu lado. È um código de Deus
para ti. A quantos anos buscas as Igrejas e a Deus esqueceste? Deus
não cabe numa forma. O mundo é uma expansão de milagres. Toda letra
sem amor é morta; todo sem amor é vão. Não podes dar nada a ninguém,
somente devolver. O mundo, creia-me, é um tesouro que pisas com pés
distraídos.
Eu já vi um Buda esculpido na areia. Era vivo e eterno. Tens aquilo
que dás. Mais nada. Se negas, perde. O mundo é dadiva. Ponha a cabeça
no solo e sinta retornar a humildade. O perdão. A paz. Nada como um
coração puro, disse o Nazareno, enquanto caminhava no mundo.
Seres fabulosos esperam que abras seu coração a bondade. Não esperes
por amanha. A salvação é hoje.
Tudo está e já é.
Eu seria um homem incompleto sem meu dragão de estimação. E de uma vez
por todas, o sol não é amarelo, mas dourado. Espero Ter respondido a
pergunta de Hamlet.
Eu sou.
Como o vento, como o tempo, como os mitos. Frágil, forte, pleno de
escamas e asas.”
esteve aberta. Por que fechaste? Por que endureces o coração? Veja o
homem, a mulher, a criança que vai ao seu lado. È um código de Deus
para ti. A quantos anos buscas as Igrejas e a Deus esqueceste? Deus
não cabe numa forma. O mundo é uma expansão de milagres. Toda letra
sem amor é morta; todo sem amor é vão. Não podes dar nada a ninguém,
somente devolver. O mundo, creia-me, é um tesouro que pisas com pés
distraídos.
Eu já vi um Buda esculpido na areia. Era vivo e eterno. Tens aquilo
que dás. Mais nada. Se negas, perde. O mundo é dadiva. Ponha a cabeça
no solo e sinta retornar a humildade. O perdão. A paz. Nada como um
coração puro, disse o Nazareno, enquanto caminhava no mundo.
Seres fabulosos esperam que abras seu coração a bondade. Não esperes
por amanha. A salvação é hoje.
Tudo está e já é.
Eu seria um homem incompleto sem meu dragão de estimação. E de uma vez
por todas, o sol não é amarelo, mas dourado. Espero Ter respondido a
pergunta de Hamlet.
Eu sou.
Como o vento, como o tempo, como os mitos. Frágil, forte, pleno de
escamas e asas.”
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