sexta-feira, 6 de setembro de 2013

DEUSA VIRGEM DA LUA

 
 
 
 
 
 


 
ÁRTEMIS -
 a deusa virgem da Lua
Ártemis, um das principais deusas gregas, equivalente à deusa romana Diana. Ela era a filha de Zeus e Leto, e a irmã gêmea do deus o Apolo. Era a maior caçadora dentre os deuses, pois era a deusa da caça e de animais selvagens, especialmente ursos. Ártemis também era a deusa de parto, da natureza e da colheita. Como a deusa da lua, ela foi identificada às vezes com as deusas Selene e Hécate.

Embora normalmente a amiga e protetora da juventude, especialmente das moças, Ártemis impediu os gregos de velejar a Tróia durante a guerra, até que eles sacrificassem uma virgem a ela. De acordo com algumas histórias, logo antes o sacrifício, ela salvou a vítima, Ifigênia. Tal como Apolo, Ártemis carregava um arco e setas, com os quais ela castigava os mortais que a contrariavam. Eis alguns de seus feitos mais cruéis: matou o gigante caçador Órion; condenou a ninfa Calisto (uma de suas seguidoras) à morte, por aceder aos encantos de Zeus; transformou Acteão (neto de Cadmo) em cervo, para que fosse devorado por sua própria matilha; e, ajudada por Apolo, matou todos os filhos de Níobe e Anfião, por ordem de Leto, a quem Níobe ofendera. Este último evento ocorreu da seguinte forma: Níobe, rainha de Tebas, sentia-se a mais feliz das mães, pois possuía sete filhos e sete filhas. Envaidecida por sua prole, interrompeu as celebrações em honra de Leto e seus filhos Apolo e Ártemis, afirmando ser mais digna de honrarias do que uma mera deusa que teve apenas dois filhos. Assim, o povo obedeceu, não completando os ritos em honra da deusa. Leto, indignada, dirigiu-se a seus filhos, dizendo que estes deveriam garantir a preservação do culto, ao que Apolo interrompeu, dizendo que nada mais precisava ser dito, que o castigo por tais ofensas não haveria de tardar.

Descendo dos céus, os dois irmão seguiram rumo ao local onde estavam os filhos de Níobe. Disparando suas setas, foram matando um a um dos rapazes. Ao chegar a vez do último, Ilioneus, este levantou os braços aos céus, em súplica – ao que Apolo teria atendido, se a flecha já não estivesse em pleno vôo. Níobe estava aterrorizada, chorando junto aos corpos de sues filhos. Anfíon, seu marido, não agüentando a dor, suicidou-se.

Níobe disse, então: “Oh, impiedosa Leto, regozija-te com a minha dor, mas saibas que, mesmo perdendo meus sete filhos, ainda sou mais rica que tu”. Mal acabar de dizer estas palavras, outra flecha foi lançada, ao que uma de suas filhas, que lamentava a tragédia, caiu morta. O mesmo aconteceu com as demais, até a desesperada Níobe encontrar-se só, em meio a sua família dizimada. Sentada entre os cadáveres, ficou imóvel – a cor fugira de sua face, e seu olhar estava inerte; transformara-se em pedra. Apesar disso, continuavam a rolar lágrimas de seu rosto. E assim continuou – uma rocha da qual escorre um riacho, a lembrança de uma dor atroz.

 


 


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