sexta-feira, 18 de setembro de 2015

OXUM

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OXUM


Orixá das águas doces, cachoeiras, grotas, seixos, fontes e rios.
 Deusa do Rio Dourado de Osogbô,de onde deriva seu nome,este rio está localizado na região da Nigéria.
 Dona de uma beleza única, vaidosa e amorosa, em seu Abêbé reflete o ouro do sol e a prata da lua e das estrelas faz seus adornos.
 Ela é tão delicada como o fluxo de um riacho entre as pedras, mas tão poderosa como a cachoeira.

Oxum é o amor, a grandeza espiritual e material, Mãe da criação, Yabá da feminilidade.
 Senhora do Ouro trabalha as águas gerando riquezas e fartura.
 Suas águas purificadoras banham e alimentam toda a natureza, fazendo com que o verde germine, e alimente todos os seres.
 Sem ela (água) não há vida.

Oxum foi a segunda mulher de Xangô, Deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.

A Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
 A maternidade é sua grande força tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar é a Oxum que se pede ajuda.
 Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres preside a menstruação, a gravidez e o parto.

Desempenha importante função nos ritos de iniciação que são a gestação e o nascimento.
 Orixá da maternidade ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
 Oxum mostrou que a menstruação em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino a possibilidade de gerar filhos.

Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo a fertilidade irá atuar no campo das idéias despertando a criatividade do ser humano que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o Orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra.
 É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa tudo dá.
 Tem o título de Yalodê entre os povos Iorubá aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.

Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas até que estas aprendam a falar.
É o Orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. 
Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos tudo para satisfazer sua vaidade. 
Na mitologia dos Orixás ela se apresenta com características específicas que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. 
O Orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas.
 Seu maior desejo é ser amada o que a faz correr grandes riscos assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade.
 Em suas aventuras este Orixá é tanto uma brava guerreira pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa.
 Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos Oxum é, sobretudo a deusa do amor.

Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum.
 No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua.
 Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos.
 Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada não é por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em Orixá.

A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio.
 E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer.
 Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer.
 Filha mimada Oxum é guardada por Orumilá que a cria.

Para Oxum então foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer.
 Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.
 Começa antes até na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto.
 Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.

Busca a ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra.


- Culto a Oxum:
Dia principal de culto: Sábado
Comemoração Anual: 08 de dezembro
Cores: Amarelo, ouro, rosa, azul claro
Símbolo: Leque com espelho (Abebé)
Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação: Ora Yêyê Ô!
Velas: branca, amarela e azul clara
Oxum é o Trono Natural irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. Ela é o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimensionais atuam sobre os seres e os estimula ou paralisa. Em seus aspectos positivos, ela estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção. Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.
"Eu vi Mamãe Oxum nas cachoeiras, sentada na beira de um rio;
Eu vi Mamãe Oxum nas cachoeiras, sentada na beira de um rio;
Colhendo lírio, lírio ê, colhendo lírio, lírio á, colhendo lírio para enfeitar nosso Congá;
Colhendo lírio, lírio ê, colhendo lírio, lírio á, colhendo lírio para enfeitar nosso Congá."

Pode-se afirmar, que Oxum representa um arquétipo predominantemente feminino. Ela remete aos mistérios da feminilidade. É o símbolo do poder feminino da fecundação e da continuidade da vida. Sem esse arquétipo, é impossível, como descrito no mito acima, levar a cabo qualquer empreendimento. Sem ele não há fertilidade, não há prosperidade. Pois não há gestação.Oxum é, então, a “mãe das mães”. Nos arcanos maiores do Tarot encontramos esse arquétipo no trunfo número 3, A Imperatriz. Que simboliza criatividade, sucesso, gestação, encanto, amabilidade e cortesia.Outro paralelo, enquanto deusa da fertilidade e da maternidade, pode ser feito com Deméter, a deusa grega da fecundidade da terra. Sua sensualidade, intuição, demonstra toda sabedoria feminina, toda manifestação criativa.A ela pertencem todas as manifestações criativas, sensuais e alegres. A dança, a música, toda forma de arte, a culinária e também a cura. Como deusa do amor, tem paralelos com Afrodite, Vênus, Ishtar, Astarte. Sendo também uma deusa alquímica, transformadora (ver post sobre Afrodite). Como senhora do ouro, simboliza o que é incorruptível. Os nossos valores, não apenas materiais, mas valores espirituais também.


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