quarta-feira, 25 de julho de 2012

A LUA AZUL

Lua Azul…

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Hoje, as 16h31m teremos a segunda lua cheia do mês…
A esse fenômeno que ocorre de tempos em tempos é dado o nome de Lua Azul ou Blue Moon em inglês…

Que tal saber um pouco mais sobre esse fenômeno? Acredita-se que o nome Lua Azul foi criado no século XVI, por algumas pessoas que ao observar a Lua, a viam azulada.
 O fato é que muitas discussões ocorreram até concluir-se que era totalmente impossível a Lua ser de fato azul.
Mas, tudo isso serviu para criar uma figura de linguagem que passou a representar o impossível ou algo muito difícil.
 Assim sendo, Lua Azul passou a ser definição dessa Lua que é rara e não acontece sempre…
Há um dizer popular publicado em um panfleto que dizia o seguinte:
 “If they say the moon is blue, we must believe that is true”
A tradução seria mais ou menos essa: “se eles dizem que a lua é azul, nós devemos acreditar que isso é verdade”.
Entre os Celtas, a Lua Azul era a terceira lua cheia que acontecia em um quarto do ano que houvesse quatro Luas Cheias.
 Normalmente, um quarto de ano tem apenas 3 luas cheias.
Complicou?
 Então vamos tentar explicar isso de forma mais simples: o quarto de ano tem início no Solstício que geralmente inicia entre os dias 21 ou 22 de março (aproximadamente) que é quando ocorre a mudança de estação. Nesse período, é comum acontecerem apenas 03 luas cheias, mas ocasionalmente acontece esse fenômeno raro chamado “Lua Azul” que segundo os Celtas permitia uma visão azulada da lua graças a pequenas partículas que se desprendem da atmosfera terrestre, algo semelhante ao fenômeno da “lua alaranjada” visto em algumas regiões do planeta.
 O fato é que a lua continua com seu brilho intenso e não muda de cor, o que muda é a nossa percepção visual da atmosfera…
A Lua Azul passou a ser a segunda lua cheia dentro de um mesmo mês em 1946 graças a um erro de publicação e mesmo depois que tal erro foi descoberto, a população manteve esta teoria por ser mais fácil a compreensão acerca desse fenômeno, do que a explicação original.
 E até os dias atuais a “Lua Azul” segue sendo a segunda lua cheia dentro de um mesmo mês…
A Lua
Fernando Pessoa 
(14-11-1931)

A Lua (dizem os Ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.

E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De… não sei se é desejar.

Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando…
A Lua (dizem os Ingleses)
É azul de quando em quando.
Uma curiosidade acerca dessa Lua é que com o surgimento do cristianismo, o culto a Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar que estava diretamente associada ao poder feminino e as Deusas.
 Assuntos esses perseguidos e totalmente proibidos na época. 
Mas não demorou para que a população criasse uma nova mística acerca dessa Lua.
 Como é um momento em que a Natureza se manifesta de forma intensa e o homem se vê na condição de animal, cujo instinto é totalmente atingido por essa “força natural” o amor passou a ser o real significado desse momento. Assim sendo, passou-se a acreditar que era o momento de revelações, quando o homem encontraria sua cara metade e grandes transformações aconteceriam em suas vidas.
Na Roma antiga dizia-se que o amor que despertava na Lua Azul era eterno e verdadeiro. Mas também havia aqueles que diziam que o amor surgido na Lua Azul era passageiro, fogo de palha, algo comum, que cessa antes mesmo de começar. Algo como sendo paixão: fogo na pele que alcança a alma e depois se perde…
A mística é enorme, os Celtas por exemplo saudavam a natureza que estava a sua volta e dentro deles.
 Era o momento dos povos pequenos (fadas, silfos, gnomos, duendes).
 Eles plantavam ervas, faziam oferendas de doces e dançavam a céu aberto. As mulheres celtas fugiam para o alto das colinas e uivavam para a Lua no céu e ao voltar, deitavam-se com os homens de sua tribo…
Segundo a “lenda”: durante 03 noites e 03 dias os homens se revezavam para satisfazê-las, pois mulheres insatisfeitas era sinal de péssima colheita.


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