domingo, 17 de fevereiro de 2013

DEUSA ARADIA



Aradia de Toscano, nasceu em 13 de agosto de 1313 em Volterra, Itália.


Diz à lenda que ela era filha de Deusa Lunar Diana, e que foi responsável pela perpetuação de seu culto.
A hipótese que vem sendo levantada por historiadores é a de que ela seria uma sacerdotisa de Diana que viveu por volta de 1.300 d.C.


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Tanto segundo a lenda quanto segundo os estudos históricos, ela viveu nos montes de Alban e florestas perto do lago Nemi, na Itália, junto aos escravos que haviam se libertado de seus senhores.


Aradia provavelmente é um título sacerdotal que significa "A Luminosa". O prefixo "Ar", significa "fogo". Portanto, ela pode representar o título dado a uma sacerdotisa central de um culto relacionado ao fogo e talvez, também, ao Sol.
Ali ela ensinou-lhes a Antiga Religião e pregava o amor pela liberdade. Sua forte presença e suas palavras cheias de amor trouxeram esperança para os camponeses que eram explorados pelos senhores feudais. Desta fora ela aumentou-lhes a auto-estima, deu-lhes o devido valor e ensinou-lhes a terem respeito por si próprios. Aradia colocou-os em harmonia com a natureza através de seus ritos sazonais e rituais da Lua Cheia.
A Igreja Católica a perseguiu como "Rainha das Bruxas" e colocou-a na prisão. Lá foi torturada e sentenciada à morte.

No dia da execução, não foi encontrada em sua cela. Tinha escapado milagrosamente e voltou a ensinar sua religião ao povo. Quando presa novamente pelos soldados, falou ao padre:
-"Você só traz a punição para àqueles que se livraram da Igreja e da escravidão. Estes símbolos e roupa de autoridade que veste, só servem para esconder a nudez que nos faz iguais. Você diz que serve a um deus, mas você serve somente a seus próprios medos e limitações".

Acabou presa desta vez, por heresia e traição. Sentenciada novamente à morte, outra vez escapou, retornando às montanhas.

Um dia comunicou a todos que partiria para o Leste. Entregou-lhes uns escritos que tinham por título: "A Carga da Deusa", onde descrevia minuciosamente todos os rituais. Antes de partir, instruiu seus seguidores para recordá-la compartilhando vinho e bolos nos cerimoniais sagrados. Prometeu, que todo aquele que clamasse por Diana, sua mãe, e por ela, receberiam muitas graças e seriam abençoados.
Após a partida de Aradia, os covens foram terrivelmente perseguidos e muitos deles dizimados pelos inquisidores. Eram eles: Tanarra, Fanarra e Janarra. Estes grupos são consultados ainda hoje como às Tradições da Tríade.

Em 1508, Bernardo Rategno, um inquisidor italiano, documentou um volumoso acréscimo no número de seitas de bruxaria começadas no ano de 1350. Correspondia exatamente com o período que Aradia encontrava-se na Itália, ensinando a Antiga Religião.
Aradia era a doutrinadora da Antiga Religião da Deusa e também a protetora das bruxas. Era uma deusa intelectualizada com a chama de uma Amazona em seu interior. É uma deusa associada com a Lua Cheia, apresentando o espírito de uma "Donzela", somada à habilidade e presteza herdada de sua mãe Diana e também a sabedoria de uma "Anciã".

Muito tempo depois, em meados do século XX, o antropólogo Charles Leland (1824-1903), em seus estudos sobre magia cigana, se interessou pela Stregheria. Ele conheceu uma strega chamada Madalena que o ajudou a encontrar o manuscrito com os poderes secretos das bruxas. Feita a tradução do "Aradia: Vangello della Strega", nascia um dos clássicos da Renascença da Bruxaria. Mas ali estão contidos, de forma simbólica e talvez cifrados, um pouco do que é o culto das bruxas na Itália - ou pelo menos das bruxas de uma determinada região que cultuam Aradia como sua ancestral.

Mas o nome de Aradia e a sua posição como uma grande bruxa foi popularizada por Raven Grimassi, na década de 1980, que também foi o escritor responsável por popularizar a Stregheria. Porém, a Bruxaria Italiana da obras de Grimassi não é a única, e nem todas as streghe (na Itália ou fora dela) cultuam Aradia.

Por serem relacionadas com o número 13, algumas streghe costumam homenageá-la no dia 13 de agosto, pois nessa época do ano eram feitas as principais comemorações à Diana em toda a Roma Antiga. Essas comemorações unem as homenagens à Diana e à sua filha na figura de Aradia. Há divergências sobre a data exata dessa comemoração, mas ela flutua, geralmente, entre o dia 11 e o dia 13 de agosto.

Porém, quem costuma cultuar Diana e Aradia, o faz nas Luas Cheias - costume que o Evangelho das Bruxas registra. A cor de Aradia é o vermelho e sua erva, a Verbena.
Aradia é um símbolo para as bruxas atuais. Através de seus ensinamentos nós nos transformamos e nos unimos ao céu, à terra, à lua e ao universo.


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