quinta-feira, 18 de junho de 2015

YEMANJÁ


Yemanjá




Deusa da nação de Egbé, nação esta Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá).
 No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás Iorubanos, enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a Nanã.
 Por isso à ela também pertence a fecundidade. É protetora dos pescadores e jangadeiros.
Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura extremamente simples.
 Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé. 

Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos. 

Para Yemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em parte por muitos ramos da Umbanda. 

Mesmo assim, não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho.
 É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
São extremamente concorridas suas festas.
 É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano.
 São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.
Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Yemanjá à função da maternidade, pode estabelecer-se uma boa distinção entre esse conceitos.
 As duas Orixás não rivalizam (Yemanjá praticamente não rivaliza com ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a colocaram contra Iansã e Obá).
 Cada uma domina a maternidade num momento diferente.
 A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a rainha das águas salgadas, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também de Deusa das Pérolas, é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento.
Numa Casa de Santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo.
 A necessidade de saber se aquele que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido.
 É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar. 


É ela que proporcionará boa pesca nos
 mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo do seu reino.
 É ela quem controla as marés, é a praia em ressaca, é a onda do mar, é o maremoto.
 Protege a vida marinha. Junta-se ao orixá Oxalá complementando-o como o Princípio Gerador Feminino. 

 
Características

CorCristal. (Em algumas casas: Branco, azul claro. também verde claro e rosa claro)
Fio de ContasContas e Missangas de cristal. Firmas cristal.
ErvasColônia, Pata de Vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite (Em algumas casas: aguapé, lágrima de nossa, araçá da praia, flor de laranjeira, guabiroba, jasmim, jasmim de cabo, jequitibá rosa, malva branca, marianinha - trapoeraba azul, musgo marinho, nenúfar, rosa branca, folha de leite)
SímboloLua minguante, ondas, peixes.
Pontos da NaturezaMar.
FloresRosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.
EssênciasJasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.
PedrasPérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa.
MetalPrata.
SaúdePsiquismo, Sistema Nervoso.
PlanetaLua.
Dia da SemanaSábado.
ElementoÁgua
ChakraFrontal
SaudaçãoOdô iyá, Odô Fiaba
BebidaÁgua Mineral ou Champanhe
AnimaisPeixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.
ComidasPeixe, Camarão, Canjica, Arroz, Manjar; Mamão.
Numero4
Data Comemorativa15 de agosto (Em algumas casas: 2 de fevereiro, em 8 de dezembro)
SincretismoNossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes
IncompatibilidadesPoeira, Sapo
QualidadesIemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté assabá, Assessu, Sobá, Tuman, Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure, Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá.

Atribuições

Essa força da natureza também tem papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que rege nossos lares, nossas casas.
 É ela que dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto.
 Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos.
 Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento, todas as comemorações familiares.
 É o sentido da união por laços consangüíneos ou não.


 


As Características Dos Filhos De Yemanjá

Pelo fato de Yemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um tipo muito maternal.
 Aquela que transmite a todos a bondade, confiança, grande conselheira.
 É mãe. Sempre tem os braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que a procuram
. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas.
 Tipo a grande mãe.
 Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os seus. 
O homem filho de Yemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor.
 Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando sente-se ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém.
 É sempre discreto e de muito bom gosto.
 Veste-se com muito capricho.
 É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como ajuntó o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical.
 Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi, aí sim, é pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância.
 O maior defeito do filho de Yemanjá é o ciúme.
 É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
 Apreciam o luxo, as jóias caras e os tecidos vistosos e bons perfumes. Entretanto, não possuem a mesma vaidade coquete de Oxum, sempre apresentando uma idade maior, mais responsáveis e decididos do que os filhos da Oxum.
 A força e a determinação fazem parte de suas características básicas, assim como o sentido de amizade, sempre cercada de algum formalismo.
 Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas ambiciosas nem obcecadas pela própria carreira, detendo-se mais no dia a dia, sem grandes planos para atividades a longo prazo.
 Pela importância que dá a retidão e à hierarquia, Yemanjá não tolera mentira e a traição.
 Assim sendo, seus filhos demoram a confiar em alguém, e quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro círculo de amigos, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. 
Não esquecem uma ofensa ou traição, sendo raramente esta mágoa esquecida. 
Um filho de Yemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais. Fisicamente, existe uma tendência para a formação de uma figura cheia de corpo, um olhar calmo, dotada de irresistível fascínio (o canto da sereia). Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Yemanjá se mostram mais diretos.
 São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo.
 Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano.
Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros.
 Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum Orixá.
 Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Gostam de testar as pessoas.

Cozinha ritualística

Canjica branca
Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.
Canjica Cozida
Refogada com azeite doce, cebola e camarão seco.
Manjar do Céu
Leite, maizena, leite de coco, açúcar
Sagu com leite de coco
Colocar o sagu de molho em água pura de modo a inchar, depois de inchado, retirar a água e levar ao fogo com leite de coco, de modo a fazer um mingau bem grosso, colocar em tigela de louça branca.

Lendas de Yemanjá

Yemanjá teve muitos problemas com os filhos.
 Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas.
 Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato.
 Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas Yemanjá, irritada, expulsou-o.
 Então ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Yemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar.
Yemanjá foi casada com Okere.
 Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Yemanjá se transformou num rio para correr mais depressa.
 Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que voltasse; como Yemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando sua passagem. Então Yemanjá pediu ajuda a Xangô; o orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Yemanjá pôde correr para o mar.

Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a a força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Yemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe.
 Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu “saiu no mundo” desaparecendo no horizonte.
 Caída ao chão, Yemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum.
 E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares.
 Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.
Por isso Yemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a maternidade e a fecundidade.

A DEUSA DA SEDA

Kinuhime 

japanese village-mount-fuji

Há um longo tempo, existia uma pitoresca aldeia japonesa famosa pelo cultivo da sericultura. 
Anualmente, durante a primavera, o local ficava lotado de trabalhadores que vinham de longe para a colheita dos casulos e o corte dos galhos das amoreiras. 
Consequentemente, nessa época, havia muitas festas na região. 
Entre os trabalhadores, destacava-se uma linda jovem chamada Kinu (seda)…

Kinuhime “O Conto”

KinuhimeNo pequeno vilarejo, as pessoas eram muito unidas e todos trabalhavam felizes e com grande entusiasmo. 
Os bichos-da-seda alimentavam-se das folhas de amoreiras cortadas e colocadas nos barracões pelos trabalhadores, fazendo seus casulos nos galhos.
Quando terminavam os trabalhos de colheita dos casulos, os trabalhadores voltavam para suas províncias de origem e a aldeia voltava a ser pacata e até solitária.

A família de sericultores que acolheram temporariamente a jovem Kinu, percebeu que, em todos os anos em que ela trabalhou na cultura da seda em suas terras, os casulos eram maiores e mais brancos, sendo considerados pelo comprador da produção melhores até que os da China.

No final da temporada daquele ano, os sericultores fizeram grandiosa festa em agradecimento a boa colheita e serviram um delicioso banquete.
 Durante a festividade, tentaram descobrir de que região do Japão Kinu teria vindo, mas foi em vão.
 Ela nada contou, esquivando-se com respostas educadas.
Assim, ninguém ficou sabendo de onde ela veio, sobre sua família, nem para onde retornaria após a temporada de trabalho.

Na hora da partida, a família que a acolhera naquele ano pediu encarecidamente que Kinu voltasse no ano seguinte. 
Ela, educada, despediu-se de todos e deixou a aldeia por uma estrada estreita.
 Para assegurar que ela voltaria na próxima temporada, alguns aldeões a seguiram sorrateiramente no meio da mata, na tentativa de descobrir sobre sua origem.

Porém, poucas horas depois de sair da aldeia, ela desapareceu de repente. O local onde ela sumira, era na beira de um lago.
 Os aldeões vasculharam toda margem, mas nada encontraram.
 Um dos rapazes observou que no lago havia um ovo branco de serpente, fora isso, nada havia de diferente.
japanese  legend
Na primavera seguinte, ela não apareceu, apesar de todos a esperarem ansiosamente.
 Alguns membros daquela família de sericultores viram várias vezes uma serpente branca andando na plantação de amora e próxima ao barracão da seda. Apesar da jovem Kinu não ter aparecido, mais uma vez os casulos colhidos naquele ano foram brancos e bonitos.

A família concluiu que aquela serpente branca que eles viram rondando a região, era Kinu. Misteriosamente transformada em serpente, ela estava protegendo os bichos-da-seda contra os ratos.
Baseado nessa crença, o povo da aldeia esculpiu uma estatueta com a forma da bela Kinu e a colocaram durante a primavera em um santuário Shintô, para que a partir de então, fosse reverenciada como a “deusa da seda”, protegendo sempre suas colheitas.

Após a temporada da seda, os aldeões, agradecidos, levaram a estatueta até um lago e a colocaram num pequeno barco, mandando-a de volta. 
Ainda hoje, em muitas aldeias de sericultores no Japão, esse ritual é praticado em reverência a “Kinuhime”, a zelosa deusa da seda.

A DEUSA DO SOL

Amaterasu 


 
Amaterasu_Goddess of the Sun_Japan

Amaterasu (Amaterasu-ōmikami) também conhecida como Ōhirume-no-muchi-no-kami, “Grande Deusa Augusta que ilumina o céu”, é a Deusa do Sol e do universo reverenciada pela religião Shinto. É a divindade japonesa que vela sobre os homens e os enche de benefícios, responsável por iluminar o mundo e assegurar a fertilidade dos campos de arroz. Na mitologia, Amaterasu nasceu do olho esquerdo de Izanagi. Principal divindade xintoísta, é representada empunhando um disco solar. 


Amaterasu ou Ama como ela é carinhosamente chamada, é um membro da realeza divina no Japão, a filha da divindade suprema, que se diz ser o criador do mundo.
 Ela tem dois irmãos o deus da tempestade “Susanoo”, e o deus da lua “Tsuki-yomi” , juntos, eles estão no comando dos céus. 
Sendo uma deusa do sol, Amaterasu ilumina o mundo a cada dia e garante o crescimento exuberante nos campos de arroz.
 Ela é também considerada uma tecelã muito hábil. 
Afirma-se que o Imperador do Japão é um descendente direto de Amaterasu.
 De acordo com os antigos escritos, o neto de Amaterasu, Ninigi no Mikoto, teria descido à terra e se tornado o primeiro soberano do Japão.
 Segundo o Kojiki, teria sido seu tataraneto, Jimmu Tennô, que se tornou o primeiro imperador.

Mihashira-no-uzu-no-miko”Os três filhos nobres”

Amaterasu3

Amaterasu_deusa do sol

Os contos de Amaterasu estão nos dois registros mais antigos da história japonesa, Kojiki e Nihon Shoki
Na mitologia japonesa, Amaterasu, a deusa do sol, é a irmã de Susanoo, o deus das tempestades e do mar, e de Tsukuyomi “Tsukuyomi-no-mikoto”, o deus da Lua e regente da noite.
 Foi escrito que Amaterasu pintou a paisagem com seus irmãos para criar o Japão antigo.
 De acordo com o Kojiki, os três irmãos nasceram de Izanagi, quando foi purificar-se após entrar em Yomi (Mundo dos mortos) e não conseguir salvar Izanami.

Amaterasu nasceu quando Izanagi lavou o seu olho esquerdo, Tsukuyomi nasceu da lavagem do olho direito e Susanoo da lavagem do nariz, os três são conhecidos como Mihashira-no-uzu-no-miko “Os três filhos nobres”. Izanagi orgulhoso com o nascimento de seus nobres filhos dividiu seu reino entre os três irmãos.
 Para Amaterasu entregou uma joia, um colar sagrado chamado Mikuratana no kami, a tornando deusa do Sol e dos Céus, enquanto para Tsukuyomi ele atribuiu a Lua, tornando-o deus da noite, e a Susanoo, ele entregou o comando dos oceanos.

Amaterasu vivia em uma gruta celestial na Planície do Alto Céu, sendo uma tecelã muito hábil, fazia as vestimentas divinas com delicadas sedas japonesas em companhia de suas criadas, que lhes teciam cotidianamente um quimono da cor do tempo.
 Todos os dias de manhã, ela saía para iluminar a Terra e garantir o crescimento exuberante dos campos de arroz.

Amaterasu, a poderosa deusa do sol do Japão, é a divindade mais conhecido da mitologia japonesa, assim como sua rivalidade com seus irmãos.

Amaterasu  e Tsukuyomi “o deus da Lua”

Separação do Dia e a Noite:

Para cuidar de seus enormes e exuberantes campos de arroz, Amaterasu sempre utilizava sementes fornecidas pela deusa dos alimentos, Uke-mochi, e um dia pediu para que seu irmão Tsukuyomi, o deus da Lua, verificasse suas plantações e o trabalho de Uke-mochi, enquanto ela se escondia em sua caverna.
 Sabendo da visita do deus, Uke-mochi resolveu preparar um imenso banquete: vomitou arroz cozido (felicidade em abundância), peixes e moluscos (sabedoria em abundância) e algas (alegria em abundância). Tsukuyomi não gostou nada do modo “criativo” que Uke-mochi preparou a refeição, e enojado matou a deusa.
A morte de Uke-mochi perturbou Amaterasu fazendo-a rotular Tsukuyomi como um deus mau e se dividiram, separando o dia da noite.

Amaterasu  e  Susanoo “o deus das tempestades” 

Os textos também contam sobre sua longa rivalidade com seu irmão mais novo, Susanoo, conhecido como “O Varão Impetuoso”, que aparece em vários contos.

Um de seus contos mais conhecidos fala que Izanagi, cansado do comportamento precipitado e impulsivo de seu herdeiro, Susanoo, o causador de tempestades e caos onde quer que fosse e de repetidas queixas sobre suas travessuras, o baniu ao Yomi, o Submundo. Susanoo, a contragosto, concordou, porém, antes de seu exílio pediu permissão para ir até a Planície do Alto Céu despedir-se de sua irmã mais velha, Amaterasu.

 Esse pedido, aparentemente inofensivo, foi concedido e Susanoo ascendeu ao Céu. Sua partida provocou uma grande agitação no mar e as colinas e montanhas gemeram em sons trovejantes.

Tais barulhos chegaram aos ouvidos de Amaterasu, percebendo que se tratava da aproximação de Susanoo, sabia que seu irmão imprevisível não tinha boas intenções em mente, e se preparou para a batalha.

Ela deu nós em seus longos cabelos e neles pendurou joias. Prendeu em seu pulso um bracelete de quinhentas pedras preciosas de Yasaka.

 Jogou nos ombros a aljava de mil flechas e outra de quinhentas lanças e cuidou de proteger os braços com finas e suaves almofadas de couro para que abrandassem o impacto das cordas do arco.
A Deusa empunhava duas esplendorosas espadas em ambas as mãos. Seus cabos eram cravejados de pedras preciosas que reluziam contrastando com os raios reluzentes da Deusa do Sol.

Sua armadura de guerra era tão linda quanto à própria Deusa, uma figura de aspecto temível e ao mesmo tempo cheio de esplendor.

 As duas em conjunto, “Deusa e Armadura”, fizeram chover o resplendor no Palácio dos Céus em flores de raios solares como a própria Deusa do Sol.
Toda essa elaborada preparação foi desnecessária, Susanoo adotou a postura de um penitente.

 “Desde o início,” disse ele, “Meu coração não é tão negro como pensam. Mas, em obediência aos nossos pais, eu estou prestes a partir para sempre ao Mundo Inferior. Como eu poderia suportar partir sem antes ver a minha irmã mais velha?
 Foi por isso que eu atravessei a pé nuvens e névoas, e vim para cá de tão longe.
 Estou surpreso que minha irmã mais velha tenha adotado essa postura tão severa”.
Amaterasu considerou essas observações com muita suspeita.
 A piedade filial de Susanoo e a sua crueldade não era tão simples de serem reconciliadas. 
Susanoo então propôs um desafio para provar sua sinceridade. Um desafio foi definido a respeito de quem poderia trazer à luz filhos divinos mais nobres, cada um deles pegou um objeto do outro e dele nasceu deuses e deusas. Amaterasu fez três mulheres da espada de Susanoo, enquanto Susanoo fez cinco homens a partir do colar de Amaterasu. Amaterasu reivindicou o título para os cinco homens feitos de seus pertences, portanto, as três mulheres foram atribuídos a Susanoo.
 Ambos os deuses se declararam vitoriosos, o teste provou a pureza do coração e a sinceridade de Susanoo em relação à sua irmã, mas o seu bom comportamento não durou por muito tempo.
Amaterasu tinha no Céu um grande número de campos de arroz, dos quais se orgulhava, juntamente com sua manada de potros malhados.
 Na primavera, a deusa havia plantado as sementes em seu estimado campo de arroz.
 Susanoo quebrou as divisões entre os lotes, e, no outono, soltou em sua plantação uma enorme quantidade dos preciosos potros malhados da irmã, destruindo boa parte dos arrozais.

Amaterasu

Um dia, quando ele viu sua irmã no sagrado Salão de Tecelagem, tecendo as vestimentas dos deuses, juntamente com suas criadas.
 Descontente, com tamanha paz e harmonia, não se conteve, fez um buraco no telhado e arremessou um cavalo celestial morto sobre os teares das criadas tecelãs.
 Assustadas, elas se atropelaram, e uma delas morreu, perfurada por sua própria lançadeira e outras se feriram gravemente.

 A deusa do Sol não apreciou a brincadeira, extremamente zangada, ela decidiu abandonar seu Reino no Céu. Então, levando consigo suas vestes resplandecentes desceu o céu azul, se escondeu dentro da Ama-no-Iwato (caverna de rocha celestial), prendendo-a firmemente com uma rocha e permaneceu em reclusão privando o mundo de sua esplendorosa luz.

 A alternância entre o dia e a noite passou a não mais existir.


ALMA MATER

romulo


Alma Mater significa Mãe Nutridora.
 Esse era um epíteto utilizado na antiguidade para se referir as Grandes Deusas, as mães divinas que nutriam seus filhos devotos à luz da sabedoria.
 A mitologia clássica está repleta de ações dessas Deusas no intuito de conduzir os seus rumo ao caminho do saber.
 A fusão mitológica grego-romana só veio a enriquecer ainda mais tão belas lendas.
 Da cornucópia mágica da vaca Alcméia que alimentou Zeus ainda bebê, passando pelos gêmeos Rômulo e Remo alimentados por uma Loba e chegando as sementes de romã que alimentaram a donzela Coré no reino de Hades o que temos são metáforas para o Alimento da Alma, o conhecimento, a sabedoria.

Alma Mater é por definição ensinamento, é nutrir aqueles que têm sede de aprendizado, saciar as almas que buscam a verdade, que tem fome da verdade.

Aqui no NSN, Alma Mater torna-se a voz das Deusas ecoando através das histórias de vida das Grandes Mulheres do Passado, que nutriram o nosso mundo com conhecimento, sabedoria, verdade, força e paixão.
 Mulheres que foram relegadas aos calabouços da História, ignoradas por sua condição feminina tão depreciada ainda nos dias de hoje.

 Que suas histórias tragam a tona o valoroso papel exercido pelas mulheres ao longo dos séculos, que ele não só seja reconhecido, mas que principalmente sirva de aprendizado para uma nova postura de respeito aos direitos feminino.

CIVILIZAÇÃO CELTA


     Habitavam as ilhas da Grã-Bretanha,vindos de diversas regiões da Europa, entre os séculos II e III A.C. Organizavam-se em tribos,como os Bretões(Grã-Bretanha),Gauleses(Gália),Escotos(Escócia),Eburões(Gália),Batavos(Países Baixos),Belgas(Bélgica),Gálatas(província romana da Galácia, no centro da atual Turquia),Trinobantes(Britânia pré-romana) e Calêdonios(Escôcia).

       Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas.
 Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais e sendo considerados os percussores do ferro na Europa.
 Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a provocar medo nos inimigos.

      No inicio a única tribo que se rotulava Celta era os gauleses,as outras tribos só começaram a ser chamados de celtas no século XVI d.c.Na percepção de estudiosos,a definição de Celta era;para os linguistas celtas eram os povos que falaram ou falam uma língua celta,e, por associação, são celtas as terras onde eles vivem.Segundo esta teoria, os povos celtas que deixaram de falar uma língua celta também deixaram de ser designados de celtas.
E para os arqueologos povos que partilham uma cultura material e um estilo de arte específico.
      A tribo ou clã,composto por famílias aparentadas que partilhavam um núcleo de terras agrícolas, mas que mantinham a posse individual do gado que apascentavam.A organização política era dividida em três classes: o rei e os nobres, os homens livres e os servos, artesãos, refugiados e escravos. Este último grupo não possuía direitos políticos.
 A esta estrutura secular, agregavam-se os sacerdotes (druidas), bardos(pessoa encarregada de transmitir as histórias, as lendas e poemas de forma oral) e ovados(videntes e realizavam sacrifícios muitas vezes humanos), todos com grande influência sobre a sociedade.
     Eram politeistas,ou seja,tinham vários Deuses,e cultuavam muito o natural e a natureza,tinham uma percepção de morte e vida muito avançada,que inclusive deu origem a maioria da triagem espirita como por exemplo avida após a morte.
No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa Brigida(Deusa tríplice do fogo: o fogo da inspiração, da ferraria, da poesia, da cura  da adivinhação,da agricultura,feitiçaria,amor))esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. 
As cerimônias e os rituais ficavam sob responsabilidade dos druidas, o sacerdote dos celtas,a Beltane ainda comemorada nos dias atuais, reconhecido nas comemorações da Festa da Primavera, mas que originalmente marcava o verão,é um festival da fertilidade, simbolizando a união entre as energias masculina e feminina, a fertlidade da Terra e os fogos do Deus Celta Bellenos, e toda sua energia e luz.Samhain o ano novo Celta,acredita-se que é dessa festa que veio a inspiração para o Halloween,pois acretiva-se que nesse dia as almas vizitariam seus familiares.

      Por serem de tribos distintas as vezes os deuses ganhava outro nome como Epona(Deusa dos cavalos), e a mesma Deusa Rhiannon, adorada em Gales.

      Com a dominação romana,tanto a religião como a cultura Celta se perdeu no tempo,exceto por poucas tribos que se isolaram em lugares remotos como a Irlanda os País de Gales, uma entidade sub-nacional do Reino Unido, a Cornualha (Reino Unido), a Gália (França, e norte da Itália), o norte de Portugal e a Galiza (noroeste da Espanha).

DEUSES ANTIGOS


Deuses e Deusas da morte

Anúbis:Deus egipcio da mumificação,funerais,da vida após a morte,protetor dos mortes e de suas tumbas.Filho de Néftis(que representa as terras áridas,as secas do deserto e a morte)e de seu irmão Seth(é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes),casado com Anput sua versão feminina,tiveram uma filha Kebechet(deificação do embalsamamento líquido).A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios.







Macha ou Dama Branca:Deusa celta,conhecida como Rainha dos mortos,simboliza a morte e a destrição,filha de Aed e da Deusa-mãe Emma,muitas vezes citada como uma das três faces de Morrigan(Deusa da vingança, a guerra e a morte no campo de batalha).








Morrigan:Deusa Celta da vingança, a guerra e a morte no campo de batalha,Associada ao corvo,premonições de destrição ou de uma vaca.Muito comparada com lilith e com as furias gregas,devido a sua figura terrivel.É com freqüência vista como uma divindade trinitária, embora as associações desta tríade variem: a mais freqüente dá-se de Morrígan com Badb(guerra) e com Macha(morte) - embora algumas vezes incluem-se Nemain(Deusa guerrira), Fea, Anann e outras.







Ament:Deusa da morte egipcia, que recebe os mortos nos portoes do submundo. Oferece aos mortos pao e vinho, antes que eles entrem pelos portoes que conduzem ao outro mundo.

Andjey: Deus egipcio da morte, responsavel pelo renascimento das almas no mundo pós-vida.






Azrael:É o Arcanjo da Morte islâmico. Ele também é o Anjo da Morte na tradição e folclore Judaíco-Cristã.





Barão Cimitiere:No Vodou haitiano, Baron Cimitière (Barão do cemitério) é um dos Guédé(é a família dos espíritos que encarnam os poderes de morte e fertilidade).Ele é considerado o guardião masculino do cemitério.
Barão Samedi:No Voodoo e Vodou haitiano,ele é um loa(são os espíritos da religião Vodou praticada no Haiti.) dos mortos.É usualmente descrito com um chapéu branco, terno preto, óculos escuros, e algodão tampando as narinas, semelhante a um cadáver vestido e preparado para o enterro no estilo haitiano. Ele tem a cara freqüentemente parecida a uma caveira branca e fala com uma voz nasal.Ele é o cabeça da Guédé família de Loa, ou um aspecto deles, ou possivelmente o seu pai espiritual.
Baron La Croix:No Vodou haitiano, Baron La Croix (Barão da Cruz), também grafado Lakwa, é um dos Guédé, um Loa dos mortos e sexualidade, juntamente com Baron Samedi e Baron Cimetière. Ele é o último suave e sofisticado espírito da Morte - muito culto e afável. Ele tem uma filosofia existencial sobre a morte, encontrar a razão da morte para ser tanto humor e absurdo. Baron La Croix é a expressão extrema da individualidade, e oferece-lhe a lembrança de se deleitar com os prazeres da vida. Viver feliz e viver bem, mesmo para os mais ricos e talentosos, ou o mais pobre e pessoas engenhosas não são poupados a derradeira experiência universal - a Morte.

Maman Brigitte:No Vodou,é uma loa morte, a esposa do Baron Samedi. Ela bebe o hot peppers e é simbolizada por um galo preto. Como Barão e o Guédé, ela usa a obscenidade. Ela protege lápides nos cemitérios, se forem devidamente assinalada com uma cruz.



Cizin:Deus Maia dos mortos e governate do submundo,possivelmente era uma divindade maléfica,pois era frequentemente relatado em guerras e sacrificios humanos,e também destruindo as árvores plantadas por Chac(Deus da chuva)  Cizin é muitas vezes representado na cerâmica e ilustrado nos códices sob a forma de um esqueleto de dança, segurando um cigarro. Ele também é conhecido por seu colarinho de morte, a característica mais importante das quais consiste de olhos sem corpos pendurados por cabos de seus nervos. Após a conquista espanhola, Cizin tornou-se fundiu com o diabo cristão.




Ereshkigal:Deusa Sumeria e Acadiana dos mortos,é filha de Anu(Senhor do céu)e Nammu(Deusa do mar)e irmã gêmea de Enki(Deus da água doce e conhecedor da vida e da morte).O seu nome significa "Senhora da Grande Habitação Inferior" ou ainda "Senhora dos Vastos Caminhos", tal nome indica que é a rainha do inferno, pois "vastos caminhos" tanto como "terras vastas" eram eufemismos para se falar do Inferno, terra cujos caminhos são infindáveis e sem rumo certo. Assim, Ereshkigal é a rainha de Kur-Nu-Gia "A Terra do Não Retorno".O motivo pelo qual Ereshkigal se tornou rainha do Inferno é de certo modo obscuro, alguns unem sua figura a de Ninlil, de modo que, após ter sido violentada, ela morre e então se torna a severa rainha do mundo inferior passando a se chamar então Ereshkigal. Outros textos antigos sugerem que por sua vontade ela abandonou o seio de Namu e partiu para descobrir o destino de Kur e outros irmãos que partiram para além do Mundo das coisas vivas, e lá chegando tornou-se a rainha dos deuses infernais.

Dis Pater:Deus Romano que governa o submundo ou o mundo dos mortos.



Hades:Filho de Cronos(tempo)e Reia(maternidade),é o Deus Grego que governa o submundo ou o mundo dos mortos. È tambem o Deus das riquezes.Casou-se com Perséfone(rainha do submundo)e seus filhos são:Mecária(Deusa da boa morte),Erínia ou fúrias(Eram Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável)),Melinoe(deusa dos fantasmas e também das oferendas e cerimonas fúnebres).





Itonde:É o Deus africano da morte e dos caçadores das profundesas da selva,sua alimentação baseia-se em ratos,e é descrito no épico de Lianja (livro que conta a história da África)como o primeiro homem a morrer,e possuiu um sino mágico,o clejo, pelo qual ele prevê quando a morte vai atacar.

Kala:Deusa hindu da morte e da destruição.
Kali:É uma das divindades mais "respeitadas" do Hinduísmo. A tradição inclui sacrifícios animais e antigamente humanos.Deusa da morte e da sexualidade, Kali - cujo nome, em sânscrito, significa "negra" - é a "esposa" do Deus Shiva, em algumas culturas, pois segundo os Vedas, pois Shiva é transformado em Kali, que seria um de seus lados, para trazer o fim, segundo o tântrismo é a divina "Mãe" ou Pai do universo, destruidora (o) de toda a maldade. É representada (o) como uma mulher exuberante, em uma parte da India em outra como Homem de pele escura, que traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte.Mas Kali não é uma deusa ou deus do mal pois, na verdade, o papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Os devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos.Não sei se kali e Kala é a mesma Deusa.

Mania:Deusa romana dos mortos, que é mãe dos fantasmas.

Morta:Deusa romana dos mortosm que cortava o fio da vida aos mortais, levando-os a partir para o submundo.Ela é responsável pela dor e morte que ocorre em uma sequência de quadros meia metade do tempo de sono. Seu pai é o deus da noite e sua mãe a deusa das trevas. Ela visita e avisa com antecedência da dor ou a morte prestes a ser suportado. 




Mors:na mitologia romana é a personificação da morte,Mors é filho de Nox (noite), e irmão do Somnus(sono). É geralmente representado como uma figura de um cadaver vestido num sudário e segurando uma ampulheta nua mao, e uma foice na outra.





Thanatos:Foi o daemon( são bons ou benevolente seres espíritos da natureza )personificação da morte. Ele foi uma figura menor na mitologia grega, muitas vezes referido mas raramente aparecendo em pessoa.Na mitologia romana é representado por Mors.
Atropos ou Aisa:Uma das três Moirai(Clotho , que girou o fio e Lachesis , que mediu o comprimento),era o mais velho dos três destinos, e era conhecido como o "inflexível" ou "inevitável". Era Atropos quem escolheu o mecanismo de morte e acabou com a vida de cada mortal, cortando os seus fios com o seu "tesouras abominava."

keres:Na mitologia grega eram do sexo feminino morte de espíritos.Eram filhas de Nyx , e, como tal, as irmãs do destino ( Moirai ), Doom ( Moros ) Morte e do Sono ( Thanatos e Hypnos ), lutas ( Eris ), Velhice ( Geras ), vingança divina ( Nemesis ), Charon , e outros personificações.Elas foram descritos como seres escuros com ranger de dentes e garras e com uma sede de sangue humano.



Ankou:É uma personificação da morte na mitologia Breton.O Ankou é o capanga de Morte (oberour ar maro) e ele também é conhecido como o observador do cemitério, eles disseram que ele protege o cemitério e as almas em torno dele por algum motivo desconhecido e ele recolhe as almas perdidas em sua terra. Os mortos do ano passado, em cada paróquia, torna-se o Ankou de sua paróquia para todo o ano seguinte. Quando houve, em um ano, mais mortes do que o habitual, se diz sobre o Ankou.Aparece como uma figura alta, abatido com um grande chapéu e longos cabelos brancos ou um esqueleto com uma cabeça giratória que vê todo mundo em todos os lugares. O Ankou dirige um vagão de morte ou um carrinho com um eixo rangendo. O carro ou vagão está empilhado de cadáveres e uma parada em uma cabine significa morte instantânea para quem está dentro.
Śmierć:Na lenda da Polônia tem uma aparência semelhante ao tradicional the Reaper Grim, mas em vez de um manto negro, a morte tem um manto branco. Além disso, devido à gramática, a Morte é uma mulher (a palavra śmierć é do sexo feminino), vistas principalmente como uma velha esquelética,

Pesta:É a morte na cultura da Noruega,tem esse nome por causa da Peste Negra,que significa "bruxa praga". Ela usava um capuz preto. Ela iria para uma cidade carregando ou ancinho ou uma vassoura. Se ela trouxe o ancinho, algumas pessoas poderiam sobreviver a praga, caso ela trouxe a vassoura no entanto, todos morreriam.

Giltinė Morte:Na mitologia Baltica é uma mulher velha, feia, com nariz comprido azul e uma língua venenosa mortal. A lenda diz que Giltinė era jovem, bonita e comunicativa, até que ela estava presa em um caixão durante sete anos. A deusa da morte era uma irmã da deusa da vida e do destino, Laima , simbolizando a relação entre o início e o fim.




Yama:Deus Hindu da morte,foi considerado como tendo sido o primeiro mortal que morreu e avistou o caminho para as moradas celestes, assim, em virtude da prioridade que ele se tornou o governante do falecido. Em algumas passagens, no entanto, ele já é considerado como o deus da morte. Nome de Yama pode ser interpretado como "gêmeo", e em alguns mitos ele é combinado com uma irmã gêmea Yami .




Yamaduts:no Hindu são mensageiros da morte.Yamaduts dizer às pessoas que estão mortas e ajudar a transportá-los para a vida após a morte.
Yanluo:Na mitologia Chinesa,é o deus da morte e do governante de Di Yu(submundo,inferno).Originou a partir de Yama no hinduísmo e foi adotada no panteão chinês e eventualmente se espalhou para o Japão como Enma-O e na  Coréia como Grande Rei Yŏmna. Ele é normalmente representado usando um gorro de juiz chinês e as tradicionais vestes chinesas em ambas as representações chinesas e japonesas.
Shinje:É o mesmo que yama e yanluo,so que no budismo tibetano.




Grim reaper ou Ceifero:É aquele famoso ser,de vestes preta,que em uma das mãos tem uma foice e geralmente na outra um livro,tem sua imagem ligada aos"Quatro cavaleiros do Apocalipse"(morte,fome.guerra e doença).existe um feitiço de mágia negra que é capaz de controlar-lo,esse feitiço é a base de ossos e sangue humano,se a pessoa que faz o feitiço perder o controle o ceifero se volta contra ele.




Naemia:Deusa romana que atende e cuida dos funerais.
Nideninna:Deusa Babilonica que tem o poder sobre o livro dos mortos.

Persefone: Deusa Grega da morte filha de Zeus e Deméter(deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano) , que se tornou esposa de Hades e rainha dos infernos.
Proserpina:Deusa Romana da morte, equivalente a Persefone na mitologia Grega era filha de Júpiter com Ceres. Tambem como Persefone foi raptada por Plutao, ( o correspondente a Hades na Grecia), e assim coroada pelo casamento enquanto «rainha dos infernos».
Tuchulcha:deusa etrsuca demoniaca que aguarda o submundo.
Plutao:Deus dos infernos ou do submundo, equivalente da Hades na Grecia.

A ERA DE KALI






Recentemente Kali saiu de sua casa nos poços de cremação para as cidades. Hoje ela é adorada por mais fiéis e é mais "respeitável" na sociedade. O Ocidente também a adotou. No processo a imagem de Kali também mudou. Alguns tentam negar seu frenesi. Alguns não estão tão dispostos a aceitar Kali como uma força destrutiva assustadora e perigosa. Eles passaram uma mão de tinta hippie sobre ela tentando fazer Kali algo mais benevolente. Mas eu acho que a sua popularidade brota justamente do seu aspecto muito assustador. Nosso mundo está um caos. Não só estamos vivendo na era de Kali (Kali Yuga), recentemente, a tecnologia nos tem jogado em um frenesi de atividade e progresso. Nós temos a bomba atômica. Temos armas nucleares. Nós temos AIDS. O mundo é um lugar muito assustador. Pode até não ser pior do que costumava ser, é apenas uma escala maior de terror agora. Sempre tivemos desnutrição mas hoje podemos ver as pessoas do outro lado do mundo morrendo de fome. Temos destruição em uma escala maior do que nunca. Kali personifica todos os nossos medos. Ela é a deusa do caos. Ela é a força incontrolável que ameaça destruir o mundo em sua dança frenética. Nós adoramos ela para tentar acalmá-la. Nos deitamos como Shiva. Queremos acalmá-la, para que ela não acabe com todos nós.
  


Lilith foi adotada pelo movimento feminista como a mulher poderosa por definição, a primeira feminista pois afinal foi a primeira a rejeitar o que lhe foi imposto. Seu nome é usado hoje em uma revista feminista de Israel.  Existe hoje a “Lilith Fair” uma feira feminista criada pela ativista Sara MacLaughlin. Sua presença não é mais usada para assustar as crianças e deixar as mães preocupadas. Conforme o avanço da medicina não precisamos mais de bodes expiatórios para justificar nossos medos e raivas como costumávamos fazer. Lilith é hoje vista também como uma figura ecológica de consciência da mãe natureza, e sendo associada com a serpente está mudando a imagem da mesma aos poucos também. A serpente de Lilith pode ter oferecido o fruto para Eva para ajudá-la. Torna-la consciênte de si mesmo, conhecedora do bem e do mal e capaz de pensar por si própria. Assim, Lilith até é usada hoje para reinventar o papel de Eva. Ambas são cada vez mais vistas de maneira positiva, seguindo as conquistas e crescimento do movimento feminista. Com a ascensão do poder feminino, instala-se o reino de Lilith. Ela pode ainda ser uma figura assustadora, mas não é mais vista como uma ameça a sociedade. Nós ignoramos a parte terrível e lembramos apenas que ela teve coragem de abandonar Adão, e tomar controle do seu próprio destino.

Nós queremos deusas em nossa época com quem possamos nos relacionar. Buscamos modelos hoje que mostrem que  as mulheres podem ter poder e parearem com os homens. Mas estes modelos não são comuns de se achar na antiguidade e assim precisam ser buscados com cuidado. Geralmente achamos estes modelos poderosos demais e tentamos diluí-los. Tentamos esquecer as partes que nos incomodam ou inventar algo para justificá-las. É justamente o limite dos nossos medos que as tornam tão desejáveis. Talvez em nossos tempos modernos, quando o caos reina, as deidades tenham mesmo que ser tão assustadoras quando nossa época.