terça-feira, 7 de julho de 2015

A ARANHA AVÓ


" Eu tenho tido vários nomes. 
Não importa como você me chame.
Me chame Mulher Aranha.
Escute, eu te contarei alguma coisa.
Porque você veio aqui de mãos vazias.
Seu espírito se tornou entrelaçado em coisas triviais.
Agora é tempo de tecer uma nova estória.
Vá para o deserto, sente sobre o sol e fique quieto.
Perceba as formas das coisas, um falcão caçando no céu,
uma montanha distante, as formas das sombras,
a cor das sombras, a forma das suas próprias sombras.
Respire profundamente todas as estórias que vivem aqui.
Estórias como linhas tecidas na terra.
Estórias que se envolvem em ossos velhos e cacos de cerâmica,
Estórias voando no vento, ou correndo sobre quatro pernas,
Estórias escritas nas rochas e fendas na terra
Como uma teia de aranha,
Cheia de luz.

Você diz que não consegue vê-la.
Bem, dê uma olhada ao redor!
Você não precisa escalar uma montanha para ver a teia!
Todos os seus serpenteantes rios e raízes retorcidas
Estão dentro de você!
Todas aquelas linhas
Saem direto de suas mãos
E direto de seus corações

Todas aquelas linhas que continuam sempre,
para o interior da Terra,
e para o interior de cada um,
e para o interior de todas as suas estórias,
para o interior de todos que você irá conhecer,
para o interior daqueles que vieram antes de você,
e para o interior dos que virão depois de você"
The Masks of the Goddess

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