quarta-feira, 6 de março de 2013

A GRANDE MÃE

 


 
 
 
 


A Deusa Mãe é associada à Mãe Terra; é representada como uma deusa geradora da vida, da natureza, águas, fertilidade e cultura; geralmente sendo a generosa personificação da Terra.
 Conhecidas como gadesh (sagrado) na maioria das civilizações pagãs, ou, a deusa criadora do Universo, que gerou a vida, a cultura, a agricultura, a linguagem e a escrita, resultando numa complexa estrutura teológica, tais como:
- Deusa Sarasvati (hindu), honrada como inventora do alfabeto original,
- Brigit (celta), honrada como deusa da linguagem,
- Deusa Nidaba (suméria) aquela que inicialmente inventou a escrita cuneiforme e a arte da escrita.
O termo "Deusa Mãe" refere-se a uma religião pagã universal de divindade feminina e seu culto remonta ao início da história humana, ainda durante a pré-história.
 O culto à Deusa ou Deusa Mãe foi observado inicialmente no Paleolítico e Neolítico, aonde foram encontradas estatuetas de culto, no reino da Frígia, onde ficou mais conhecida como Cibele, e daí propagou-se à civilizações grega, romana, egípcia e babilônia, consolidando-se, mais tarde, em um enorme panteão de deusas.
 A existência do culto em várias culturas não-frígias evidencia no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local desta divindade, a qual era identificada, entre os gregos, à deusa Réia.
Estudos apontam que a ascensão do patriarcado, iniciada com os hebreus na religião, fez com que a tradição de adoração à deusa, se tornasse um ameaça à consolidação do poder pelos homens.
Diversos autores modernos analisam a história da criação no "Gênesis", sob uma perspectiva não-cristã, na qual a Bíblia, é tão somente, uma narrativa alegórica sobre a divindade hebraica Yavé, suplantando a Deusa Mãe, representada pela árvore da vida e, a religião hebraica suplantando este culto. Isto fica evidente na passagem sobre a origem do pecado, em que o conhecimento proibido relaciona-se a sexo, sexualidade, e reprodução, especialmente o conhecimento de que os homens participam da reprodução e que a história descreve o processo pelo qual as sociedades matriarcais tradicionais, foram substituídas por sociedades patriarcais.
Há muitas discussões sobre várias religiões do Oriente Próximo, muitas das quais, representavam a Deusa Mãe na forma de uma serpente e outras, por uma simbologia de comunhão, realizada pelo ato de comer uma fruta de uma árvore proibida perto do altar dedicado à Deusa.
Esta deusa, primeira e única Deusa Criadora, também representava o Conhecimento, a Criatividade Humana, sexo, sexualidade, reprodução, novos ciclos e, ou destino.
São inúmeras as similaridades entre a história da criação no Enuma Elish (Babilonia) e a história da criação no Livro do Gênesis.
O Gênesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve a criação de seis deuses e um dia de descanso. Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz e acabando no Homem.
No contexto hinduísta, o culto à Deusa Mãe pode seguir-se até as origens da cultura védica, e talvez mais além. O Rig Veda chama o poder divino feminino Mahimata, um termo que significa literalmente ‘Mãe Terra’.
 Em alguns lugares, a literatura védica alude a ela como Viraj, a mãe universal, como Aditi, a Mãe dos Deuses, e como Ambhrini, a nascida do Oceano Primordial.
Atualmente, Devi, a deusa hindu e manifestação feminina do supremo é considerada em múltiplas formas, todas representando a força criativa do mundo, como Maya e Prakriti, a força que galvaniza a raíz divina da existência.. Não é, pois, meramente a terra. Todas as diversas entidades femininas hinduístas são consideradas como muitas facetas da mesma divinidade.
As religiões pagãs são, no ocidente, aquelas que mais focalizam os cultos em uma Deusa Mãe.
Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior é adorada sob a forma de duas divindades básicas: a Grande Mãe e o Deus Cornífero.
 Esse Casal Divino representa todos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos.
Como algumas tradições wiccanas seguem uma infinidade de Deusas e Deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses, são aspectos diferentes da Grande Deusa e do Grande Deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma Deusa e todos os deuses são um Deus (Dualidade cósmica).
 A Deusa Mãe é a geratriz de Todo o Universo e de tudo o que ele contém, daí a frase: Tudo vem da Deusa e tudo para ela retorna.
Uma conseqüência do culto à Deusa Mãe na Wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia.
 Além da Terra, outro símbolo muito importante da Deusa é a Lua, onde se manifesta de três maneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu aspecto de Deusa Mãe.
Uma questão que muitas vezes se levanta na Wicca é se, A Deusa é mais importante do que O Deus. O que se pode dizer é que é uma discussão inócua. A Deusa e O Deus são de igual importância na Wicca. Embora pareça haver mais enfoque à Deusa, as duas divindades básicas da Wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.
 
 
 
 
 
 
 
 

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