quarta-feira, 6 de março de 2013

DEUSA ISHTAR

 

 


Ishtar é a deusa dos acádios ou Nammu, dos antecessores sumérios, cognata da deusa Asterote dos filisteus, de Isis dos egípcios, Inanna dos sumérios e da Astarte dos fenícios.
Mais tarde esta deusa foi assumida também na Mitologia Nórdica como Easter - a deusa da fertilidade e da primavera.
É irmã gêmea de Shamash e filha do importante deus Lua - Sin, e é representada pelo planeta Vênus.
Considerado uma das maravilhas do mundo, o Portão de Ishtar da Babilônia, foi transportado para um museu na Europa, o Museu Pergamon de Berlim.
 Uma réplica foi construída no Iraque.
A Ishtar eram destinados rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais relacionava-se a libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos.
Um resquício por trás desse antigo ritual talvez seja o dos ovos de Páscoa, embora não exista uma prova concreta associando os dois rituais.
 De qualquer forma, em muitas culturas o ovo é considerado um símbolo de fertilidade.



Ishtar personificava a força criadora e destruidora da vida, representada pelas fases da Lua, crescente e a cheia que favorecem o desenvolvimento e a expansão, a minguante e a negra que enfraquecem e finalizam os ciclos anteriores.
 Como Deusa da fertilidade ela dava o poder de reprodução e crescimento aos campos, aos animais e aos seres humanos.
 Foi nesta qualidade que se tornou a Deusa do Amor, que teria descido do planeta Vênus, acompanhada de seu séqüito de sacerdotisas Ishtaritu que ensinaram aos homens a sublime arte do êxtase: sensorial e espiritual.
Como rainha do céu era a regente das estrelas, pois ela mesma tinha vindo de uma estrela que brilhava no amanhecer e no entardecer e era o ponto central de seu culto.
 As constelações zodiacais eram conhecidas pelos antigos como o “cinturão de Ishtar” e era ela quem percorria o céu todas as noites em uma carruagem puxada por leões, controlando o movimento dos astros e as mudanças do tempo.
 Muitos eram os títulos que lhe foram atribuídos – “Mãe dos Deuses, A Brilhante, Criadora da Vida, Condutora da Humanidade, Guardiã das Leis e da Ordem, Luz do Céu, Senhora da Luta e da Vitória, Produtora de Sementes, Senhora das Montanhas, Rainha da Terra”.
As suas representações a mostram como a mãe que segura os seios fartos, a virgem guerreira, a insinuante sedutora, a sábia conselheira, a juíza imparcial. Mas Ishtar tinha também um aspecto escuro, que surgia quando ela descia ao mundo subterrâneo e uma época de terrível depressão e desespero caia sobre a terra.
 Na sua ausência, nada podia ser concebido, nenhum ser podia procriar, a Natureza inteira mergulhava na inércia e inação, chorando por sua volta.
 Era então chamada de “Mãe Terrível, Deusa da Tempestade e da Guerra, Destruidora da vida, Senhora dos Terrores Noturnos e dos Medos”.
Porém, era nessa manifestação que ela podia ensinar os mistérios, revelar as coisas ocultas, propiciar presságios e sonhos, permitir o uso da magia, o alcance da sabedoria e a compreensão dos ciclos da vida e da natureza.
Em suas formas variadas e mutantes Ishtar desempenha as múltiplas possibilidades da essência feminina, sendo a personificação do princípio feminino – seja o da natureza Yin, seja o da anima.
  Nas celebrações de lua cheia dedicada ao seu culto (chamadas Shapattu) as mulheres da Babilônia, Suméria, Anatólia, Mesopotâmia e Levante levavam oferendas de velas, flores, perfumes, mel e vinho para seus templos, cantavam-lhe hinos, dançavam em sua homenagem e invocavam suas bênçãos para suas vidas, suas famílias e sua comunidade.

 
 
 
 
 

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