HECATE
A
deusa Hecate ou Hécate (em grego antigo: Εκάτη, Hekátē) é mais
comumente dada como filha dos titãs Perses e
Astéria (Noite-Estrelada), mas como todos os
mitos mais antigos, as lendas não são muito claras, devido à escassez de
registros escritos e documentos, e em alguns mitos ela aparece como filha de
Tártaros e Nyx;
ou, mais raramente, de Zeus e Hera, o que não faz muito sentido, justamente por se
tratar de um mito tão antigo, provavelmente anterior aos deuses do Olimpo. Mas aparentemente não tão antigo
quanto os primeiros deuses ligados à criação, pois há fortes indícios que seu
culto não se iniciou na Grécia, mas depois foi incorporado aos mitos gregos,
portanto a versão mais aceita é a primeira: Perses e Astéria.
Hécate,
em grego, significa "a distante”, embora alguns atribuam a origem do nome à
palavra egípcia Hekat que significaria "Todo o poder", já que supostamente
Hécate teria se originado em mitos do sudoeste asiático e posteriormente
assimilada para a religião greco-romana.
Ela
enviava aos humanos os terrores noturnos e aparições de fantasmas e espectros.
Também era considerada a deusa da magia e da noite, mas somente em seus aspectos
mais terríveis e obscuros.
Era
associada a Ártemis, mas havia a diferença de
que Ártemis representava a luz lunar e o
esplendor da noite. Também era associada à deusa Perséfone, a rainha dos infernos, ou seja, o Tártaro, lugar onde Hécate vivia acompanhada por uma matilha de lobos. Os
gregos chamavam-na de A Megera dos Mortos.
Nos
mitos Hecate está sempre relacionada com
feitiços e obscuridade, portanto, os magos e bruxas da Antiga Grécia lhe faziam
oferendas com cachorros e cordeiros negros no final de cada lua nova.
Era
representada com três corpos e três cabeças, ou um corpo e três cabeças. Levava
sobre a testa o crescente lunar (tiara chamada de pollos), uma ou duas tochas
nas mãos e com serpentes enroladas em seu pescoço.
Era
uma deusa muito temida, pois se tratava de uma poderosa bruxa por quem até mesmo
os deuses do Olimpo tinham temor. Quando
aconteceu a fusão entre os mitos gregos com os da Antiga Roma, quando esta
dominou a Grécia, os romanos assimilaram Hécate a Trívia, deusa das encruzilhadas, embora a relação dada
entre ambas não seja tão perfeita como em outros casos da mitologia.
Hécate se uniu primeiramente com Fórcis e foi mãe do monstro Cila e depois com Aestes [ou Eetes], de quem gerou a feiticeira
Circe. Em outros mitos, Cila era uma ninfa que foi transformada por Circe num monstro marinho.
Suas
três faces simbolizam a virgem, a mãe e a senhora. Eram esses os aspectos que
podia assumir, cada um deles ligado a uma das três fases da lua (na antiguidade
grega só se atribuíam à lua três fases).
Hecate era associada tanto ao bem quanto ao mal. Na
forma de anciã, inspirava medo e terror, era tida como malévola, cruel e
inflexível, mas como donzela e mãe lhe eram atribuídas outras qualidades e lhe
chamavam “a mais amável”.
Nos
mitos, seu papel foi sempre secundário. Participou da Titanomaquia (a guerra entre os deuses olimpianos e os Titãs) como aliada de Zeus, embora dois dos Titãs fossem seus pais. Foi tão valiosa a sua ajuda,
que
Zeus não se poupou na recompensa e concedeu-lhe uma devida parte em todos os domínios, oferecendo-lhe poder sobre a terra, o céu e o mar e, até, sobre o submundo que a Deusa tornou a sua moradia. Era, portanto uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha. Os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias.
Hécate ajudou Deméter a procurar sua filha Perséfone quando esta foi raptada por
Zeus não se poupou na recompensa e concedeu-lhe uma devida parte em todos os domínios, oferecendo-lhe poder sobre a terra, o céu e o mar e, até, sobre o submundo que a Deusa tornou a sua moradia. Era, portanto uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha. Os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias.
Hécate ajudou Deméter a procurar sua filha Perséfone quando esta foi raptada por
Hades e combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, o cão de três cabeças que toma conta dos
portões do Tátaro e que faz companhia a ela no
mundo subterrâneo.
De Todos os animais que lhe eram consgrados, os cães eram os seus preferidos, daí o motivo dela enfrentar Hércules tentando proteger Cérbero.
Apesar de ter escolhido o Tártaro como sua moradia, durante a noite ela ainda sai do submundo e caminha pelo nosso mundo, fazendo-se acompanhar do seu séquito de fantasmas e anunciada pelo ladrar dos cães, os seus animais mais queridos. Por sua constante presença na Terra e por acreditarem que durante seus passeios noturnos ela podia ser vista por aqueles que viajavam durante a noite, ela era considerada, entre todos os deuses, a que vivia mais próxima dos homens, apesar do signifcado de seu nome [a distante].
Hecate era a mais antiga forma grega da Deusa Tríplice, uma divindade Noturna da vida e da morte. Possuía títulos como “Rainha do Mundo dos Espíritos”, “Deusa da Bruxaria”, Deusa da Lua Minguante, guardiã das encruzilhadas, senhora dos mortos e rainha da noite.
De Todos os animais que lhe eram consgrados, os cães eram os seus preferidos, daí o motivo dela enfrentar Hércules tentando proteger Cérbero.
Apesar de ter escolhido o Tártaro como sua moradia, durante a noite ela ainda sai do submundo e caminha pelo nosso mundo, fazendo-se acompanhar do seu séquito de fantasmas e anunciada pelo ladrar dos cães, os seus animais mais queridos. Por sua constante presença na Terra e por acreditarem que durante seus passeios noturnos ela podia ser vista por aqueles que viajavam durante a noite, ela era considerada, entre todos os deuses, a que vivia mais próxima dos homens, apesar do signifcado de seu nome [a distante].
Hecate era a mais antiga forma grega da Deusa Tríplice, uma divindade Noturna da vida e da morte. Possuía títulos como “Rainha do Mundo dos Espíritos”, “Deusa da Bruxaria”, Deusa da Lua Minguante, guardiã das encruzilhadas, senhora dos mortos e rainha da noite.
Ela
era homenageada com procissões em que se carregavam tochas e oferendas para as
conhecidas "ceias de Hécate".
Lendas
de Hécate eram contadas por todo o Mediterrâneo.
Especialmente para os trácios, Hécate era a
Deusa da Lua, das horas de escuridão e do submundo. Parteiras eram ligadas a
ela, pois os gregos e trácios acreditavam que ela controlava o nascimento, a
vida e a morte.
Segundo
essas lendas, Hecate era cultuada pelas guerreiras amazonas como a Deusa da Lua Nova, uma das
três faces da Lua, a regente do
Submundo,
e conduzia uma carruagem puxada por dragões. Era uma deusa caçadora que sabia de
seu papel no reino dos espíritos e todas as forças secretas da Natureza estavam
sob o seu controle. Todos os animais selvagens lhe eram consagrados e por isso
algumas vezes era representada com três cabeças de animais.
Outros
de seus símbolos eram a chave e o caldeirão. As mulheres que a cultuavam
normalmente tingiam as palmas de suas mãos e as solas dos pés com hena.
Seus
festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de
Aegina, no golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.
Um
de seus animais sagrados era a rã, um símbolo da concepção. Outro animal sagrado
era o cão.
Era
chamada de A Deusa das Transformações, pois regia várias passagens da vida, e
podia alterar formas e idades.
Hécate
era considerada como o terceiro aspecto da Lua, a Megera ou a Anciã (Portadora
da Sabedoria).
No
início, Hécate não era uma Deusa ruim. Após a queda do matriarcado, os gregos a
cultuavam como uma das rainhas do Submundo e governante da encruzilhada de três
caminhos.
É
uma Deusa que tem inúmeros atributos e provavelmente seja a menos compreendida
da mitologia grega.
Ela
não reina apenas sobre a bruxaria e a morte, mas também sobre o nascimento, o
renascimento e a renovação.
Em tudo o que se refere a essa deusa existe sempre a triplicidade, por isso ela possuia diferentes títulos e atributos. Como Perseis, a destruidora, ela inspirava medo e terror, no entanto, em seu aspecto de Atalos, a delicada, era vista como uma divindade doce e protetora, zelava pelos homens e livravá-os de roubos e assassínios, e ajudava as crianças a atravessar os perigosos anos da infância sem grandes problemas.
[Obs.: É historicamente provado e registrado que na antiguidade a mortandade infantil era muito grande, devido a diversos fatores, como por exemplo piores condições de vida, mas principalmente devido aos parcos recursos da medicina naquela época, o que fazia muitas crianças perecerem de diversas doenças antes de chegarem a idade adulta, por isso o período da infância era considerado um dos mais perigosos e difíceis de se atravessar.]
Como Skylakagetis, ela era a Senhora dos cães, sua protetora, e fazia-se sempre acompanhar por um enorme cão negro. No Passado esse cão havia sido Hécuba, esposa do Rei Príamo de Tróia, pai de Heitor e Alexandre (ou Páris para os gregos), mas também de Polidomus, que era filho mais novo de Hécuba e Príamo. Hécuba encontrou Polidomus esfaqueado, ainda bebê, pelo rei da Trácia, por casião da invasão de Tróia. Possuída pela dor e desesperp de ver o filho morto, Hécuba matou o assassino e atirou-se da torre, mas os Deuses tiveram pena dela e antes que tivesse atingido o chão transformaram-na num cão que Hécate imediatamente adotou e consevava sempre em sua companhia.
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Hécate era evocada pelos gregos para protegê-los dos perigos e das maldições, e para tanto havia na entrada de cada casa um altar em que lhe eram feitas libações. Havia também altares nos cruzamentos onde era costume deixar comida para os pobres, e todos os meses, na noite sem lua, os gregos, pelo menos os atenienses, celebravam esta deusa deixando uma oferta de comida para os pobres em frente à porta de suas casas.
Hécate, portanto, tinha um lado tão benéfico e generoso, quanto outro sombrio e assustador, mas foi provavelmente graças à campanha cristã em transformar os antigos deuses em demônios, que se acentuaram seus aspectos obscuros e a forma como esse mito é interpretado e visto nos dias de hoje.
Em tudo o que se refere a essa deusa existe sempre a triplicidade, por isso ela possuia diferentes títulos e atributos. Como Perseis, a destruidora, ela inspirava medo e terror, no entanto, em seu aspecto de Atalos, a delicada, era vista como uma divindade doce e protetora, zelava pelos homens e livravá-os de roubos e assassínios, e ajudava as crianças a atravessar os perigosos anos da infância sem grandes problemas.
[Obs.: É historicamente provado e registrado que na antiguidade a mortandade infantil era muito grande, devido a diversos fatores, como por exemplo piores condições de vida, mas principalmente devido aos parcos recursos da medicina naquela época, o que fazia muitas crianças perecerem de diversas doenças antes de chegarem a idade adulta, por isso o período da infância era considerado um dos mais perigosos e difíceis de se atravessar.]
Como Skylakagetis, ela era a Senhora dos cães, sua protetora, e fazia-se sempre acompanhar por um enorme cão negro. No Passado esse cão havia sido Hécuba, esposa do Rei Príamo de Tróia, pai de Heitor e Alexandre (ou Páris para os gregos), mas também de Polidomus, que era filho mais novo de Hécuba e Príamo. Hécuba encontrou Polidomus esfaqueado, ainda bebê, pelo rei da Trácia, por casião da invasão de Tróia. Possuída pela dor e desesperp de ver o filho morto, Hécuba matou o assassino e atirou-se da torre, mas os Deuses tiveram pena dela e antes que tivesse atingido o chão transformaram-na num cão que Hécate imediatamente adotou e consevava sempre em sua companhia.
Representação moderna de Hecate |
Hécate era evocada pelos gregos para protegê-los dos perigos e das maldições, e para tanto havia na entrada de cada casa um altar em que lhe eram feitas libações. Havia também altares nos cruzamentos onde era costume deixar comida para os pobres, e todos os meses, na noite sem lua, os gregos, pelo menos os atenienses, celebravam esta deusa deixando uma oferta de comida para os pobres em frente à porta de suas casas.
Hécate, portanto, tinha um lado tão benéfico e generoso, quanto outro sombrio e assustador, mas foi provavelmente graças à campanha cristã em transformar os antigos deuses em demônios, que se acentuaram seus aspectos obscuros e a forma como esse mito é interpretado e visto nos dias de hoje.
REPRESENTAÇÕES CLÁSSICAS DA DEUSA:
Nyx, a noite, foi a mãe de todos os Titãs, portanto, avó de Hécate, mas em alguns mitos aparece como sua mãe. |
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